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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

AMAZÔNIA TEM RIOS DE TRÊS CORES DISTINTAS

Um dos locais que mais encanta os turistas que vão para a Amazônia é o ponto onde se encontram as águas barrentas do Rio Solimões com as águas escuras e transparentes do Rio Negro. A poucos quilômetros de Manaus, têm-se a impressão que dois mares – um de tinta branca e outro de tinta negra – teimam em não se misturar.



 ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE ELES
O que pouca gente sabe, porém, é que a região é repleta de encontros entre rios de cores diferentes, e que o tom da água pode definir as espécies de peixes e de plantas que vivem por ali. Segundo o pesquisador Bruce Forsberg, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), há três tipos básicos de rios na Amazônia: os rios de águas brancas, águas negras e águas claras.

Águas brancas (Rio Juruá)
Os rios de água branca, como o Solimões, são os que nascem em lugares muito montanhosos. “Tem que ter relevo na cabeceira. O Juruá e o Purus, por exemplo, têm cabeceira nos Andes.  A coloração barrenta da água vêm da terra que esses rios arrancam das montanhas quando descem. A coloração “suja” da água não significa que ela não seja apreciada pelos peixes. Junto com o barro, muitos nutrientes ajudam plantas a crescerem no leito do rio, alimentando os animais aquáticos. “Os bagres migradores, por exemplo, desovam na cabeceiras dos Andes. Eles vivem nos rios de água branca. O rio Juruá é um rio que nasce no Peru e que banha os estados do Acre e Amazonas, no Brasil.

Águas negras (Rio Negro)
Já nos rios de água negra ocorre o inverso. Eles nascem em locais baixos, e não levam sedimentos. “Eles passam por áreas com solos encharcados e áreas alagáveis. Isso tem muito na bacia do Rio Negro. São áreas que têm muito material orgânico. Alguns animais são exclusivos desses tipos de águas. “O [peixe] cardinal, por exemplo, só é encontrado no Rio Negro.” Quem mora na Amazônia – e principalmente quem viajou para lá – percebe um fenômeno interessante nos rios de água negras: eles têm menos pernilongos. Segundo o pesquisador do INPA, isso ocorre porque as águas têm menos nutrientes, e não fazem muito o gosto dos insetos. O rio Negro é  o mais extenso rio de água negra do mundo, e o segundo maior em volume de água — atrás somente do Amazonas, o qual ajuda a formar. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica.

Águas claras (Rio Xingu)
Em menor número, mas muito apreciados por suas belas praias, são os rios de águas claras. Eles nascem em locais de pouco relevo, e passam por poucos locais alagáveis. Isso faz com que a água seja límpida. É o caso do Rio Tapajós e do Xingu. O rio Xingu nasce em Mato Grosso, ao norte da região do planalto Central, na união entre as serras do Roncador e Formosa


ENCONTRO DAS ÁGUAS 
Na Amazônia, é possível observar vários encontros entre rios com águas de coloração diferente. 

Além da famosa confluência do Rio Negro e Rio Solimões ( Negro com Branco)


Também se pode ver o encontro do Tapajós com o Amazonas (claro com branco)

Dependendo da época do ano, podem ser necessárias centenas de quilômetros para que as águas se misturem totalmente. Isso ocorre porque os rios são calmos e muito grandes. Um afluente pequeno se mistura poucos quilômetros rio abaixo.



Referências bibliográficas
Globo Amazônia
Wikipedia 

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