
A natureza fez delas excelentes caçadoras, graças à plumagem e à visão e audição privilegiadas. Os mesmos atributos que garantem sua segurança. De olhar profundo e penetrante, as corujas parecem ameaçadoras e, embora inofensivas, são cercadas por lendas e superstições.
Todas
elas têm a mesma aparência: cabeça e olhos grandes, bico curvo, plumagem macia
que às vezes chega até os dedos dos pés, rabo curto, garras afiadas e as fêmeas
são um pouco maiores que os machos. Alguns acreditam que elas trazem sorte, mas geralmente estão
associadas com mau agouro. Não é por acaso que todo filme de terror que se
preze sempre tem uma coruja piando como se anunciasse a tragédia que,
invariavelmente, está por vir. Predadoras noturnas, as corujas pertencem à
ordem dos estrigiformes e são divididas em duas famílias: titonídeos e
estrigídeos. Brancas, acinzentadas ou avermelhadas, as corujas não têm
dimorfismo sexual das cores, ou seja, na mesma espécie tanto machos quanto
fêmeas podem ter a mesma cor. O tamanho varia entre 12 e 70 centímetros, e a
envergadura das asas pode chegar a quase 2 metros. Caçadoras por excelência,
essas aves se valem, principalmente, da visão, da audição e da plumagem,
três verdadeiros prodígios da evolução. Por serem enormes, os olhos se destacam
e, ao contrário dos olhos humanos, enxergam perfeitamente num noite escura,
porque têm grande capacidade de dilatar a pupila, captando a maior quantidade
de luz possível.
Por
isso mesmo, os cientistas deduziram que as corujas não enxergam cores, ou, pelo
menos, não têm uma visão desenvolvida das cores. O que não é nenhuma
desvantagem, já que ela é um bicho especialmente adaptado à escuridão. Por
outro lado, a disposição frontal dos olhos diminui o ângulo de observação,
prejudicando a visão global. Mas a natureza compensou tal
limitação com uma solução no mínimo curiosa: graças à versatilidade das
vértebras do pescoço, as corujas são capazes de virar a cabeça num ângulo de
270 graus e assim conseguem olhar em todas as direções. Os ouvidos,
diferentemente do que se pode imaginar, nada têm a ver com os tufos de penas
que mais parecem orelhas ou chifres na cabeça de algumas espécies. Na verdade, eles
estão bem escondidos debaixo de finíssimas plumas que lembram uma máscara — os
chamados discos faciais. Essas penas concentram os sons e os transmitem ao
ouvido externo —pequenas aberturas situadas na parte lateral da
cabeça.Corujas e os Mitos que a cercam
fonte: revista superinteressante/ avesderapinabrasil.com
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