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terça-feira, 1 de maio de 2018

INSETOS: AME-OS OU DEIXE-OS

Como não amar os insetos? Tá bom, não é bem assim, já que quase todo mundo odeia ou tem medo da maioria desses bichinhos. Mas ninguém pode negar que eles são interessantes e têm características incríveis. Podem parecer estranhos e horripilantes, às vezes bonito; que dá vontade de levar pra casa. 



Existem inúmeras espécies diferentes. Nem todos fazem mal para nós, mas alguns podem até matar. Muitos são assassinos habilidosos de fazer inveja aos seriais killers como “Jack o estripador”, “Gilles de Rais”, “Condesa Sangrenta”. E a mais famosa e exótica espiã, a libélula “Mata Hari”. 
Se você, assim como a maioria das pessoas, já desejou que todos os insetos desaparecessem da face da Terra, saiba que a sua vida e a de outros seres vivos complexos seria muito pior sem eles! Alguns bichinhos são pra lá de irritantes mesmo, e outros tantos tocam o terror. Também existem aqueles que são venenosos e os que transmitem doenças e há aqueles fofinhos. 
Você se lembra do conceito de cadeia alimentar? Então, os seres vivos cuja dieta se baseia principalmente em insetos — como inúmeras espécies de pássaros, répteis e anfíbios — morreriam, e os animais que se alimentam deles morreriam também com o tempo. E isso continuaria acontecendo até que as espécies no topo da cadeia, como os grandes mamíferos (e os humanos inclusive), fossem afetadas. Ocorreria um efeito dominó. Sem os insetos para ajudar na decomposição de vegetais e animais mortos que fertilizam o solo, as plantas contariam com menos nutrientes dos que elas precisam para crescer e poderiam acabar morrendo. Ademais, muitos insetos cavoucam o solo, criando cavidades de ar que promovem a oxigenação da terra, e as raízes das plantas não conseguiriam ter acesso a todo o oxigênio de que elas necessitam.

“Eu não vim pra explicar. Vim para confundir”.
Se você pensar que há aproximadamente 9 milhões de espécies animais diferentes no planeta, as somente 1,5 milhão catalogadas pelos cientistas parecem pouco. Mas, pensando sobre isso, dois dados são realmente incríveis: os insetos correspondem a dois terços desse 1,5 milhão, e, dos 9 milhões, quase 90% (eu disse 90%!) são desses pequenos invertebrados. Suas características, como tamanho reduzido, facilidade de reprodução, baixo consumo de energia e auxílio das asas, entre outras, permitem o constante crescimento da população. Será mesmo que são os humanos que mandam aqui? 

“Bazinga”! Besouro é o cara.
Mais de 40% dos insetos são besouros, pelo menos se considerarmos os catalogados, o que totaliza mais de 380 mil espécies e o maior grupo de criaturas da biodiversidade. A grande incidência de besouros no mundo, semelhantemente a outros grupos de insetos, se dá pela versatilidade de seu estilo de vida, o que garante que suas variedades não sejam extintas. Mamíferos e anfíbios, por exemplo, são mais suscetíveis a essa situação. 

”Sabe de nada inocente”. As formigas que comandam.
O planeta é delas, não adianta discutir. Os biólogos Bert Hölldobler e E. O. Wilson estimaram que 10 quatrilhões (é melhor não tentar contar os zeros nem colocar esse número na calculadora, pois provavelmente você não vai conseguir =/) vivem no planeta. Isso, levando-se em conta uma população de 7,3 bilhões de pessoas, representa aproximadamente 1,4 milhão de formigas por ser humano na Terra. Vamos respeitá-las! 

“É tudo culpa da Rita”. Onde quer que eu vá.
Você pode encontrar insetos pelo mundo todo, ou quase todo. Isso porque na Antártida a presença desses bichos é bem escassa. A única espécie de inseto verdadeira no continente de gelo é pequena Belgica antarctica, que possui entre 2 e 5 milímetros. Para sobreviver ao meio tão gelado, entre diversas adaptações, essa variedade consegue suportar o congelamento com seus fluidos corporais e absorver o máximo de luz solar possível, por meio de sua carcaça preta escura, para se manter aquecida. 

“Qual foi do bagulho”? Se odiar estes pequenos seres, vá viver no oceano. 
Se você realmente odeia os insetos e quer ir para um lugar onde se livre deles, a única saída é desenvolver guelras e nadadeiras e procurar abrigo no oceano. Não se sabe ao certo o porquê, mas acredita-se que não haja insetos nos oceanos em virtude de o ambiente não ser favorável, principalmente pela falta de recursos e plantas para a alimentação. Há outra teoria que diz que os crustáceos, uma espécie de primos dos insetos, tomaram conta dos oceanos “expulsando os insetos para fora” ao longo dos anos da evolução. 

“Eu sou chique, bem”! Os anciãos de Gaia.
Os insetos estão há muito mais tempo do que nós na Terra. Aliás, há bem mais tempo até que os dinossauros, já que surgiram neste mundo há aproximadamente 400 milhões de anos, de acordo com o fóssil de inseto mais antigo encontrado. Os grandes répteis, estima-se, iniciaram sua passagem por este planeta 170 milhões de anos depois dos pequenos invertebrados, que são apontados como os primeiros seres vivos a começar a transição dos oceanos para a terra. 

“Ai, como eu tô bandida”. Super Visão. 
Imagine se você pudesse ter uma visão de 360 graus. É no mínimo interessante pensar numa situação em que você perceba praticamente tudo que ocorre à sua volta. Bem, é isso que quase acontece com as libélulas, pois elas têm quase uma visão total de seu entorno. Mas como isso ocorre com as libélulas e algumas outras espécies de insetos? Elas possuem olhos compostos formados por várias unidades individuais chamadas omatídeos. A libélula, por exemplo, apresenta cerca de 30 mil unidades como essa em seu globo ocular, fazendo com que ela seja a espécie com o olho composto mais impressionante que a ciência já viu. Alguns insetos possuem um olho extra. Isso mesmo, é um terceiro olho que fica acima da linha dos principais, onde seria o equivalente à “testa” dos bichos. Estudos recentes mostram que algumas espécies utilizam esse órgão para identificar e distinguir luzes. 

“Vem cá, eu te conheço”? Vida curta.
Alguns vivem nem 24 horas, outros insetos possuem uma vida maior na forma de larvas ou casulos do que como um reprodutor adulto, e a maioria leva alguns dias ou semanas nessa fase, outros nem se alimentam na fase adulta, só tem a função de perpetuar a espécie. Porém, em algumas espécies de formigas, abelhas e vespas, a rainha chega a viver várias décadas. De acordo com uma pesquisa de 2013, a formiga-vermelha rainha chega a viver 30 anos. 

“Deite que vou lhe usar"! Herdeiros pra dar e vender. 
A rainha de uma espécie de cupim encontrada na Ásia e na África, certa vez, foi estudada por um entomologista que constatou que ela botava ovos a cada 2 segundos. Sabe quanto isso resulta em um dia? Aproximadamente 43 mil unidades soltas. Que fôlego, não? No mais, a maioria das “rainhas comuns”, se é que podemos chamar assim, bota de 6 a 7 mil ovos por dia – o que também não é pouco, diga-se de passagem…


“Que a força esteja com você”. Campeões olímpicos 
Enquanto um homem não consegue saltar uma altura maior que uma vez a sua própria estatura, uma espécie de cigarra com o nome Philaneus spumarius atinge mais de 100 vezes a própria altura (cerca de 70 centímetros) com um salto. A constatação é do jornal Nature e foi relatada por um cientista em 2003, sendo o recorde entre os pulos de insetos. Sim, o besouro-do-esterco é a espécie de inseto mais forte que se conhece. O bicho consegue carregar um peso 1.141 vezes maior que o seu próprio, segundo reportado por alguns cientistas em 2010. 

"Vamos, Tesouro, não se misture com essa gentalha"! 
Nem louva-a-deus, nem libélula. O terrível, abominável, sanguinário, o Genghis Khan do mundo dos insetos é o Besouro-tigre, o inseto mais rápido e feroz do mundo. Por seus hábitos predatórios, é muito rápido e feroz ao atacar uma presa. O animal consegue atingir velocidades de até 8 Km/h, que corresponde a 120 vezes o comprimento do seu corpo em um segundo. É tanta velocidade que o animal não consegue captar rapidamente a luz suficiente para formação de uma imagem, ficando cego durante perseguição de sua presa. As antenas do animal funcionam como detectores de obstáculos para evitar colisões. Durante suas caçadas, o besouro-tigre faz pequenas pausas para poder se localizar. O besouro-tigre é tão voraz, que mesmo no estado de larva, briga com diversas presas. 

2 comentários:

  1. Não sei pra que existe estas pestes.insetos deve ser obra de satanás.

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    Respostas
    1. Basicamente, eles precisam existem, caso contrário, acontece muita merda no planeta. :v

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