Patrimônio histórico, artístico e cultural, funcionou até 1965, sendo a primeira usina a gerar energia para Itabira e uma das primeiras de Minas Gerais. O complexo arquitetônico, em estilo inglês, é composto por três construções. Infelizmente esquecido pelo poder público.
HISTÓRIA
No início do século XX, Itabira ganhava sua primeira usina hidrelétrica, a segunda em todo o estado de Minas Gerais. A Usina Hidrelétrica Ribeirão São José, hoje patrimônio artístico e cultural de Itabira. A construção data de 1915, com capacidade de 22 Hp ( sigla de horsepower, unidade de potência do sistema inglês. ), funcionou até 1965, quando a Companhia Energética de Minas Gerais –CEMIG- iniciou suas atividades em Itabira.
O complexo arquitetônico é em estilo inglês e composto por três construções: a casa de máquinas, a casa de administração e a residência do administrador, todas em ruínas. As telhas são de lâminas de ardósia. O maquinário, de fabricação alemã, da companhia Siemens Schuckert veio do Rio de Janeiro em carro de boi até Itabira. Foi à primeira usina a gerar energia para a cidade, e foi também, uma das primeiras usinas hidrelétricas de Minas Gerais. Localizada na estrada de Itabira á Nova Era, dista 22 Km da sede do município. Naquela época, toda a energia gerada pela Usina do Ribeirão São José era direcionada à central de distribuição, no Centro da cidade, na casa onde funciona atualmente o Centro de Artesanato, próximo à Catedral.
PARQUE NATURAL MUNICIPAL RIBEIRÃO SÃO JOSÉ
Além da beleza abandonada, natureza, cachoeiras e nascentes fazem parte do que hoje é o Parque Natural Municipal Ribeirão São José. A usina fica na região do Engenho e o acesso é pela MGC-120. Após a rodovia, alguns minutinhos de carro por uma estrada de chão batido e pronto. Durante toda a extensão do caminho, placas indicam o rumo que o visitante deve seguir. Infelizmente o complexo está desgastado pelo tempo e sem estrutura turística. A falta de manutenção transformou as construções em um monte de entulhos, exceto a casa de máquinas, que está menos destruída.
Há um projeto conceitual elaborado pela Prefeitura de Itabira em parceria com a Vale para restaurar o o complexo e construir um novo espaço de cultura e lazer. A ideia inicial era de transformar todo o complexo em um parque temático de energias alternativas, estruturado com espaços de convivência, lanchonetes, além de áreas destinadas à prática de esportes. Seria um parque autossustentável, talvez gerando a própria energia necessária através da usina. O projeto, no entanto, permanece engavetado.
No inicio surgiu a ideia de fazer pelo menos o básico, que seria a reforma do prédio da usina, montar a portaria e começar a estruturar o local. Mas o desinteresse político obrigou a prefeitura a paralisar e engavetar o andamento do projeto. O município busca parcerias, com a mineradora Vale, a Universidade Federal de Itajubá, já que o campus Itabira tem cursos relacionados às propostas do parque, como Engenharia Ambiental, Elétrica e de Materiais.
O objetivo do projeto é transformar a área da usina em um centro experimental de educação ambiental, entretenimento e cultura, com foco no tema energia. O projeto prevê a construção de uma portaria/guarita, estacionamentos, alojamento e administração. Inclui ainda a criação de um museu de energia, abrigado no prédio onde era a casa do administrador. O parque abrigaria também um sistema primário para tratamento de água, a usina hidrelétrica, museu das ciências, placas de aquecimento solar, célula de hidrogênio e gerador eólico. Por fim, a criação de um mirante, um comércio artesanal, centro de convivência, praça, playground e trilhas.
A ideia do projeto é interessante, mas precisa sair do papel. A restauração do complexo e a transformação da área necessitam de investimentos. Para que tudo isso funcione é necessário o interesse político. Que no andar da carruagem é difícil de acontecer.
http://defender.org.br/tag/hidreletrica
turismo.itabira.mg.gov.br
www.portalturismobrasil.com.br/
camara e prefeitura de itabira so quer encher os bolsos
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