POR ONDE ANDA A JOANINHA VERMELHA?

As joaninhas vermelhas com pintinhas pretas andam sumidas. São besouros da família Coccinellidae, Alimenta-se de pulgões, mas também é um grande predador de ovos e larvas novas de lepidópteros.

Quando era criança os jardins e praças eram apinhados de borboletas, joaninhas, grilos, paquinhas, tatuzinhos, vaga-lumes, cigarras, louva-deus e libélulas.  Hoje observo que esses pequeninos seres estão cada vez mais escassos. Tecnicamente eles não sumiram, e nem estão em extinção, o que ocorreu é que devido a diferente climatização atual, alguns insetos tende a ir viver em locais menos quentes, longe de poluição sonora, climática, aérea, do solo, das águas. Vários insetos que  fez parte da infância de muitos, infelizmente devido aos problemas ocasionados por nós mesmos, tende a diminuir até um dia existir poucos mesmo a ponto de sua sobrevivência estar comprometida devido ao fator clima ter mudado.

O caso da Joaninha Vermelha

A área nativa de incidência da Harmonia axyridis, se estende do sul da Sibéria, na Rússia, passando pela Coreia e Japão, e vai até a China.

Estima-se que a joaninha asiática entrou no país pelo Paraná em 2002 e, cinco anos depois do primeiro registro, já respondia por 90% das joaninhas estudadas no Estado.  Há algum tempo as joaninhas que os moradores de grandes centros urbanos no Brasil têm visto na cidade estão diferentes. Elas têm cor mais alaranjada, são maiores e têm as bolinhas com contorno pouco definido. Cada vez mais são vistas dentro das casas – e não apenas nos vasinhos de plantas, onde costumavam aparecer, se alimentando de pulgões e de outras pragas que dão dor de cabeças aos donos de hortas urbanas. Elas não são as joaninhas que costumavam viver por aqui, mas uma espécie invasora asiática que entrou no país de forma acidental pela região Sul no início dos anos 2000 e que tem se proliferado de forma rápida, desalojando as espécies nativas por onde passa. O primeiro registro da presença da Harmonia axyridis no Brasil foi feito pela bióloga Lúcia Massutti de Almeida, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2002. Elas foram vistas em Curitiba e, cinco anos depois, já eram mais de 90% entre oito espécies de joaninhas pesquisadas no Paraná, incluindo a Cycloneda sanguinea, uma das mais comuns no país.

Em um estudo publicado em 2009 elas foram encontradas em 38 espécies de plantas nas regiões de coleta, alimentando-se de 20 espécies de afídeos – insetos que vivem da seiva das plantas, como os pulgões, e que são o principal elemento da dieta das joaninhas.

Os padrões de coloração são bastante variados; há desde as mais beges até as muito escuras, quase pretas. Após testes, confirmou-se que ela é um predador mais voraz, mais agressivo. Quando em ambiente com escassez de alimentos, as larvas chegam a praticar canibalismo, comendo os ovos. A joaninha asiática tem se adaptado bem no continente porque, além de ter uma capacidade aguçada para localizar populações de afídeos, é capaz de comer uma grande variedade de frutas, pólen e alguns alimentos que não são consumidos pelas demais espécies de Coccinellidae, a família das joaninhas. O principal impacto negativo de sua proliferação é o desalojamento das espécies nativas – ou seja, a redução da diversidade de joaninhas. A Harmonia axyridis continua sendo um eficiente controlador de pragas na agricultura e, apesar de se aventurar dentro da casa dos brasileiros, não chega a causar desconforto.

Para saber mais
https://bibocaambiental.blogspot.com/2016/09/joaninha.html