O Acidente em Mariana originado pelo rompimento da barragem de Fundão foi desastre industrial de maior impacto ambiental da história brasileira além de ser o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos. Dois anos depois a sua população ainda sofre, e ainda não se sabe o grau dos impactos ambientais.
No dia 05/11/2015, o rompimento da barragem de Fundão liberou uma enxurrada de lama, devastando um lugarejo denominado Bento Rodrigues, distrito de Mariana/MG. Causou 19 mortes entre moradores e funcionários da mineradora, deixando enorme número de vitimas. Após dois anos desta tragédia, ainda não se sebe exatamente a gravidade das consequências ambientais.
CAUSAS
Foi uma sucessão de eventos
- Um estudo internacional confirmou que havia lama no ponto de ruptura, indicando que a ombreira esquerda fora construída em uma área de mistura de areia e lama.
- Problemas de drenagem
- Liquefação
- Acumulo de lama
- Pequenos abalos sísmicos
CONSEQUÊNCIAS
- 643 km de rios, córregos e nascentes foram cobertos pela lama de rejeito de ferro
- 1469 hectares de vegetação destruída
- 600 famílias desabrigadas
- 251 edificações destruídas
- 19 mortes humanas
- Incontáveis mortes de animais
PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS
Foram 62x106 de m3 de uma lama formada por uma mistura de óxido de ferro, equivalente a 25 mil piscinas olímpicas. A mistura não era tóxica, porém devastadora.
A lama que encobriu a região secou e criou uma camada grossa sobre o solo. Por não conter matéria orgânica este solo fica infértil. Além disto, nada poderá ser construído na região devido a instabilidade decorrente do processo de secagem total.
A lama atingiu o rio Gualaxo do Norte, afluente do rio Carmo, que por sua vez deságua no rio Doce, que desemboca no Oceano Atlântico. Além da morte de milhares de peixe, outros milhares organismos morreram. O cursos dos rios foram alterados, nascentes foram soterradas, e cadeias alimentares completamente destruídas na região.
A lama engoliu tudo que viu pela frente, a vegetação foi devastada, boa parte da mata ciliar morreu, o minério modificou o pH do solo, causando uma destruição química e impossibilitando que uma nova vegetação cresça.
Além do rio, a lama percorreu com força em direção ao Oceano Atlântico, chegando ao Espirito Santo e ameaçando o sul da Bahia. O rejeito do minério juntamente com a lama, atingiram diretamente corais e micro-organismos e consequentemente desestabilizando a reprodução dos mesmos.
A população ficou sem abastecimento de água potável por conta da contaminação dos rios locais. Muitas famílias desabrigadas. A região mais afetada é impossível ser habitável novamente. Habitantes locais perderam seu sustento; a pesca e o plantio. Dezenove pessoas perderam a vida.
Muitas perguntas ainda sem respostas... Muitas ações no papel... Muitas consequências por vir... O governo como sempre, cruza os braços, as empresas (VALE, SAMARCO, BHP) continuam arrecadando bilhões e deixando ruínas por onde passa. E a população segue num ritmo de tristeza e desilusão, com suas vidas alteradas por este grande desastre previsto pela incompetência técnica e corrupção que assola em nosso país.
PARA SABER MAIS...
https://bibocaambiental.blogspot.com.br/2017/09/cade-o-rio-que-estava-aqui-samarco.html
https://bibocaambiental.blogspot.com.br/2017/06/bio-orbis-do-caos-lama-tragedia-sem-fim.html
PARA SABER MAIS...
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