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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

TATU

Poucos sabem, mas os tatus têm atribuições importantes na natureza. Este mamífero onívoro, tem função ecológica de peso, pois é capaz de se alimentar de insetos, contribuindo para o equilíbrio de populações de formigas e cupins.




Características

Nativos do continente sul americano, os tatus habitam as savanas, cerrados, matas ciliares e florestas molhadas. Mamífero  com armadura que cobre o corpo. Os membros são curtos e fortes, com grandes unhas nas extremidades adaptadas para escavar, o tórax e o abdômen são robustos e atarracados e a cabeça é pequena. O tamanho das espécies varia, indo do menor tatu, o tatu-fada-rosa (Chlamyphorus truncatus) que alcança no máximo 15 cm de comprimento e 120 gramas de peso, até o imponente tatu-canastra (Priodontes maximus), que pode ultrapassar um metro de comprimento e pesar mais de 60 kg.  Grande parte das espécies possui hábitos noturnos. Ficam na toca durante o dia, saindo a noite a procura de alimento. Sim eles têm, dentes que se revelam pouco resistentes, e, embora o animal possa morder, não são adequados a uma mastigação real nem lhe servem como arma. Esses animais singulares levam vida solitária e só são vistos em conjuntos durante a época do cio. Têm hábitos noturnos e cavam buracos e galerias para passar o dia, sendo comum localizá-los junto aos cupinzeiros. 




Gliptodonte 
  • Importância para a medicina, uma vez que são os únicos animais, para além do homem, capazes de contrair lepra. 
  • Importância ecológica, pois são capazes de alimentar-se de insetos, contribuindo para um equilíbrio de populações de formigas e cupins.
  • Quando estes animais são caçados pelo seu valor cinegético (caça para alimento), acaba por se desequilibrar o ecossistema, pois se extermina um controlador natural de insetos, favorecendo o aumento destes invertebrados e resultando em problemas econômicos para a região. 
  • Um dos antepassados dos tatus, o gliptodonte podia alcançar tamanhos maiores que um carro pequeno. 
O tatu-fada rosa (Chlamyphorus truncatus))é o menor dentre toda a espécie de tatus. Ele pode ser encontrado principalmente na Argentina.

Alimentação
A grande maioria se alimenta apenas de invertebrados, como insetos, minhocas e pequenos aracnídeos, no entanto, algumas espécies como o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), podem se alimentar de pequenos vertebrados, como anfíbios e roedores. Já foram vistos tatus-peba se alimentando inclusive de carcaças, até por isso ele também é chamado de tatu-de-cemitério. 

Espécies de tatu mais conhecidas no Brasil
Existem, atualmente, 21 espécies de tatus, e só no Brasil, ocorrem 11 espécies e apesar de apresentarem o mesmo plano corporal, atarracado e com carcaças, existem muitas características particulares de cada espécie. 

  • Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus): Espécie bem comum e caracterizada pelo seu crânio afinado e longas orelhas. 
  • Tatu-peba (Euphractus sexcinctus): também chamado de tatu-amarelo, pela coloração das suas escamas, ou tatu-de-cemitério, pelo hábito de se alimentar de carcaças. É mais pesado que o tatu-galinha.
  • Tatu-canastra (Priodontes maximus): o maior dos tatus de todo o mundo. Inconfundível pelo tamanho, e suas tocas podem caber uma pessoa adulta dentro. 
  • Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus e Tolypeutes matacus): os famosos tatus-bola. São espécies pequenas, mas que possuem um comportamento bem interessante. Na iminência de perigo eles se enrolam formando esferas perfeitas, ficando assim, completamente protegidos dentro de duas carapaças. 

Ameaças

As maiores ameaças aos tatus são a caça e o desmatamento. Historicamente, os tatus sempre foram muito caçados pelas populações humanas para o consumo de sua carne. Além disso, algumas comunidades acreditam que suas carapaças tem função medicinal, extraindo-as para a manufatura de remédios. O fato é que os tatus exercem uma importante função ecológica na ciclagem de nutrientes, ao revolverem o solo com suas escavações, sendo assim, retirar os tatus causaria um grande problema ecológico devido à diminuição na absorção de nutrientes pelo solo. 

Cuidado
No Brasil, não é incomum comer tatu. O Ibama faz um alerta para que a população não consuma carne de tatu, que pode provocar micose pulmonar e, de acordo com pesquisas, os bichos são depósitos de micróbio transmissor da hanseníase. O tatu ainda é reservatório da Doença de Chagas e de outras verminoses.
 

                                                                                                                               Maria clara Guerra 

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