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domingo, 31 de julho de 2011

ÓLEO NA PISTA - DERRAMAMENTO DE ÓLEO


O petróleo é uma substância líquida encontrada na natureza e utilizada para inúmeras finalidades como para a obtenção de combustíveis, medicamentos, solventes, óleos lubrificantes e outros. Há três mil anos o petróleo já era utilizado na construção de castelos e embarcações, na preparação de múmias, na cura de doenças de pele, na iluminação e em outras práticas que, por meio destas, foi conhecido e usado como fonte para outras atividades.  Por ser matéria-prima de uma extensa variedade de produtos importantíssimos para a vida do homem atual, o petróleo é cada vez mais retirado da natureza, mas por causa da distância entre os locais de retirada e os locais de utilização do mesmo é que surgem problemas ambientais como o de derramamento de petróleo. 
O derramamento de petróleo normalmente acontece por causa de embarcações despreparadas, águas turbulentas que levam as embarcações contra pedras, plataformas furadas, explosões de poços, tanques com capacidade inferior ao conteúdo existente e outros. Ao entrar em contato com o mar, o petróleo contamina as águas provocando a morte dos seres vivos existentes, como peixes e corais. Também contamina o solo fazendo com que a área localizada se torne improdutiva e tóxica. Normalmente, o derramamento de petróleo ocorre em maior grau nas águas como consequência de acidentes ocorridos no transporte do mesmo. Dessa forma, as águas além de não sustentar a vida não servem ainda para consumo dos seres humanos, pois forma-se uma película sobre ela impossibilitando-a de ser utilizada e ainda quando chega à costa provoca também grandes prejuízos.
Bichos comem, respiram e nadam no petróleo.
Aves e mamíferos aquáticos estão entre os mais prejudicados.
O líquido negro e pegajoso que gruda nas asas dos pássaros é apenas uma parte do desastre ambiental causado pelo derramamento de petróleo.
Segundo Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, em inglês) dos EUA, o óleo pode irritar pele, os olhos e membranas dos animais marinhos. Além disso, seus gases podem causar problemas pulmonares e, se ingerido, causa úlceras, sangramentos e irritações, além de problemas no fígado e nos rins.
Conheça alguns dos animais mais ameaçados pela mancha de óleo .
Tartaruga marinha
Além de colocar ovos nas praias, agora contaminadas, elas podem se intoxicar com o óleo, afundar e morrer. Algumas espécies que vivem na região já estão ameaçadas de extinção, como a tartaruga-de-couro, a maior do mundo
Golfinho
O grupo dos cetáceos, como golfinhos, baleias, cachalotes e orcas têm a pele sensível e precisam subir à superfície para respirar. Quando fazem isso, além de se sujar de óleo, podem inalar gases tóxicos, que causam problemas pulmonares.
Atum vermelho
Já ameaçado pela pesca excessiva, o peixe – também chamado de atum azul – desovou no mês de maio, justamente durante o espalhamento do óleo, que pode matar as larvas do animal. Os adultos também estão em risco, já que o petróleo pode grudar em suas guelras (órgão respiratório dos peixes).
Pelicano-marrom
A ave é o símbolo da Luisiana, o estado mais atingido pela "maré negra". O bicho já vinha sendo ameaçado pela destruição de seu território, e agora é um dos bichos que mais sofre com o óleo, pois procria e se alimenta na costa, onde o petróleo se acumula.
Peixe-boi-marinho
O animal, que vive próximo à costa, se alimenta de vegetais, que podem estar contaminados com óleo. Além disso, a mancha pode impedir que a luz do sol penetre na água, dificultando o crescimento dessas plantas, alerta a ONG Save the Manatee Club.
Pelicano-marrom sujo de óleo é visto em praia da Louisiana, nos EUA. Além não conseguirem mais voar, as aves podem morrer de frio por perderem uma película de proteção que é afetada pelo óleo. Elas também podem ingerir petróleo quando tentam tirá-lo de suas penas.  (Foto: Sean Gardner/Reuters)
Recuperação
O perigo para o ambiente não cessa quando o vazamento de petróleo é contido. "Em um mangue, o óleo pode demorar dezenas de anos para sair", diz Fillmann. "Os organismos voltam a povoar a costa, mas os hidrocarbonetos [componentes do petróleo] vão sendo liberados em um nível maior do que o tolerado. Em longo prazo será afetada a capacidade reprodutiva, o sistema imunológico, os hormônios."

Para os animais que conseguirem sobreviver ao desastre, existe chance de recuperação. Segundo o oceanógrafo, o petróleo pode ser expelido do corpo ao longo do tempo, já que seus componentes são orgânicos e os bichos têm mecanismos para expulsá-los.
"O óleo não se acumula na cadeia alimentar. É diferente do que acontece com o DDT e alguns metais", conta
As aves e os mamíferos ainda podem morrer de frio. "Eles perdem a capacidade de impermeabilização, pois a pele deles é recoberta por uma camada especial de gordura, e o petróleo permite que a água penetre. No caso das aves, também é perdida a capacidade de voar", explica o oceanógrafo Gilberto Fillmann, professor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
De acordo com o especialista, enquanto o óleo está no alto mar ele se dilui com facilidade e os animais conseguem fugir da mancha. Quando chega à costa, porém, o petróleo começa a se acumular e os bichos não têm para onde escapar

Como é feita a limpeza em uma área atingida por vazamento de petróleo?
No Brasil, a maioria das plataformas petrolíferas existentes está em águas profundas. Quando um acidente de petróleo ocorre ou escapa óleo de um navio petroleiro ou mesmo de um oleoduto, as equipes de limpeza precisam agir rapidamente para tentar diminuir o impacto do acidente.
Os técnicos especializados, "a equipe de limpeza", conseguem diminuir o impacto causado pelo acidente, cercando a mancha de óleo para evitar que ela se espalhe e continue contaminando rios ou até mesmo o mar. Após este processo, eles iniciam a recuperação da área, separando o óleo da areia e da água, assim após estes processos, o óleo pode ser reaproveitado.
O processo de extração de petróleo é considerado como uma atividade de alto risco ambiental, mesmo com todos os cuidados tomados pelas equipes de extração.
Um dos mais graves acidentes ocorridos no Brasil (especificamente na baía de Guanabara) foi em janeiro de 2.000, quando um duto se rompeu e lançou ao mar mais de um milhão de litros de petróleo, afetando vários quilômetros do manguezal e provocando a morte de vários animais.

FONTE:
http://g1.globo.com/ http://www.brasilescola.com http://360graus.terra.com.br

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