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segunda-feira, 4 de julho de 2011

ECOLOGIA DAS METRÓPOLES

Nas grandes cidades, o predomínio das formas artificiais atesta de maneira inequívoca o recuo do meio natural e suas consequências, em termos de impactos ambientais. 




As cidades enquanto ambiente artificial, difere dos ecossistemas naturais na medida em que recebe fluxos de energia e matéria, mas as substancias químicas não sofrem um processo de reciclagem. Os resíduos lançados nos rios, solos e atmosfera são os principais responsáveis pelos problemas ambientais tipicamente urbanos.
Até meados do século XX, esses problemas afetavam sobre tudo os países desenvolvidos, nos quais se concentrava a maior parte das metrópoles e das regiões industriais do planeta. Desde então, porem, registra-se um acelerado crescimento físico populacional das metrópoles situadas em países pobres ou emergentes, nos quais a contaminação ambiental figura entre os principais problemas de saúde pública.
No ambiente das cidades, o predomínio de formas artificiais e de uma densa rede de fluxos materiais, presidida pelos meios de transporte, acaba por configurar um clima urbano fortemente alterado e potencialmente danoso para a saúde.
A poluição atmosférica deriva da emissão de gases e material particulado, que também produzem os nevoeiros constantes e contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas. Em dias de inversão térmica, a concentração de poluentes se torna ainda maior. O uso intensivo de combustíveis fósseis e a densidade de construções produzem o fenômeno conhecido como ilha de calor, bastante sensível nas áreas centrais. A retirada da vegetação e a impermeabilização dos solos, também contribuem para aumentar a quantidade e a velocidade do escoamento superficial das águas de chuva, e a urbanização avançou sobre as antigas várzeas de rios. Nesse contexto, as enchentes podem se transformar em verdadeiras tragédias sociais.
 As grandes cidades exercem uma imensa pressão sobre o estoque de recursos naturais disponíveis nas áreas circundantes. Afinal, quanto mais distantes as fontes produtoras, mais oneroso será o sistema de abastecimento. O caso da água é exemplar: a contaminação das reservas locais tende a agravar a situação de estresse hídrico de muitos centros urbanos. A diminuição dos estoques de água potável figura entre os principais temas de debate ambiental travado internacionalmente.
Por meio do metabolismo urbano, a energia e a matéria consumidas e processadas pelas cidades geram quantidades colossais de resíduos sólidos e líquidos. Dessa forma, a saúde ambiental das cidades depende não apenas da eficiência dos sistemas de coleta e tratamento do lixo e dos esgotos, mas também da racionalização do uso da água e das iniciativas no sentido de minimizar o volume de dejetos. Certamente que os debates, palestras, e a escola tem uma função importante na discussão de praticas individuais e/ou coletivas mais saudáveis do ponto de vista ambiental.
O meio urbano é atravessado por densas infraestruturas de circulação, que consomem parcelas crescentes do espaço urbano e estão sujeitas a grandes congestionamentos. Os custos sociais, econômicos e ambientais do predomínio dos deslocamentos por automóveis nas migrações pendulares diárias também objetos de discussão. Os congestionamentos e o ritmo acelerado que caracterizam o cotidiano dos grandes centros urbanos são frequentemente relacionados a grande incidência de pessoas estressadas entre seus habitantes.

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