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segunda-feira, 16 de maio de 2011

ANÁLISE DO PROCESSO DA ABSTRAÇÃO DO TRABALHO E A CRISE CAPITALISTA



Nós somos uma força positiva e ao mesmo tempo negativa, isto é, a existência do capital depende de nossa força de trabalho e o nosso "cruzar de braços" levanta a crise endêmica do capitalismo. 




O capital é a abstração do trabalho, o processo pelo qual a imensa riqueza da criatividade humana é controlada, contida, subordinada a serviço da expansão do valor.
O trabalho abstrato sempre foi a chave de dominação capitalista, ou seja, a conversão do fazer criativo em trabalho abstrato, e com ela, a transformação dos credores humanos em trabalhadores assalariados. O emprego, em outras palavras, sempre foi o núcleo do controle do capitalismo.
A segunda Revolução técnico-científica surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Onde os países desenvolveram seu parque industrial baseado na produção fordista. Foi totalmente capitalizada pelo embate tecnológico entre o capitalismo e socialismo que permeou toda a segunda metade do século XX.
Os três Mundos : 1945-1989
  1. Primeiro Mundo: Capitalismo desenvolvido.
  2. Segundo Mundo: Socialista
  3. Terceiro Mundo: Capitalismo subdesenvolvido.
Após o 1990 o mundo vê-se dividido entre Norte rico e Sul pobre, visto que socialismo desintegra-se a partir das manifestações sociopolíticas ocorrida na Europa no final do século XX.
A hegemonia capitalista submete os processos educacionais aos seus interesses, colocando-os a serviço de seu funcionamento. Nesta perspectiva, a educação assume a função de contribuir para o sustento do capitalismo. Entretanto, compreendida como prática social universal, cuja existência é percebida em qualquer modo de produção visto na história, e por estar inserida num campo de disputa hegemônica, a educação pode voltar-se para o atendimento das necessidades da classe trabalhadora, contribuindo efetivamente para a conformação de uma nova hegemonia.
A hegemonia capitalista submete os processos educacionais aos seus interesses, colocando-os a serviço de seu funcionamento. Nesta perspectiva, a educação assume a função de contribuir para o sustento do capitalismo. Entretanto, compreendida como prática social universal, cuja existência é percebida em qualquer modo de produção visto na história, e por estar inserida num campo de disputa hegemônica, a educação pode voltar-se para o atendimento das necessidades da classe trabalhadora, contribuindo efetivamente para a conformação de uma nova hegemonia.
O trabalho como princípio educativo, ao contrário, explicita durante toda a formação básica o modo como o saber se relaciona com o processo de trabalho, convertendo-se em força produtiva. Permite a compreensão e apropriação dos fundamentos científicos das técnicas produtivas que submetem o processo de trabalho, contribuindo para a sua formação integral e emancipação.
O trabalho é uma eterna necessidade natural da vida social humana, é a categoria central, na qual todas as outras determinações que compõem a estrutura necessária da realidade social humana já se apresentam naturalmente. Mediante o trabalho, tem lugar uma dupla transformação: ao passo que por meio dele o homem transforma a natureza, ao mesmo tempo transforma a sua própria natureza. trabalho = transformação da realidade.
Divisão do trabalho e propriedade privada são expressões idênticas: na primeira se anuncia, em relação a atividade, aquilo que na segunda é enunciado em relação ao produto dessa atividade. Implica contradição entre o interesse do indivíduo isolado ou da família isolada, e o interesse coletivo de todos os indivíduos que mantém relações entre si. A partir do momento em que o trabalho é dividido cada um tem uma esfera de atividade exclusiva e determinada, que lhe é imposta e da qual ele não pode fugir.
A ideologia, que inicialmente designava uma ciência natural da aquisição, pelo homem, das idéias calcadas sobre o própria real, passa a designar, um sistema de ideias condenadas a desconhecer sua relação real com o real. Cada nova classe que toma o poder é obrigada a representar o seu interesse como sendo interesse comum de todos os membros da sociedade. Essa classe é obrigada a dar aos seus pensamentos a forma de universalidade e representá-los como sendo os únicos razoáveis e os únicos válidos.
A sociedade do trabalho é, na visão de [Gorz,1997], aquela sociedade em que o trabalho, na sua forma emprego, aparece como fundamento de direitos e de cidadania. Na sociedade do trabalho, este é colocado no centro da sociedade como a ação social por excelência. Todas as dimensões sociais, jurídicas, políticas, econômicas passam inevitavelmente pelo trabalho. A sociedade se organiza a partir do trabalho.
A crise da sociedade do trabalho neste cenário econômico e político, o trabalho tornou-se uma "mercadoria rara" e o "emprego, um privilégio". Por isso precioso, segundo a lógica econômica reinante. O capital já "não tem mais necessidade e terá cada vez menos necessidade do trabalho de todos". Por outro lado, a "ideologia do trabalho-valor" nunca foi tão difundida e a sua necessidade tão exaltada. O trabalho perde a sua centralidade. Tende a desaparecer. Mas, cuidado! Não é, porém, todo e qualquer trabalho que tende a desaparecer. O trabalho que desaparece é o trabalho abstrato, o trabalho em si, mensurável, quantificável, separável da pessoa que o 'oferece', suscetível de ser comprado e vendido no 'mercado de trabalho', em resumo, o trabalho pelo qual se ganha dinheiro ou o trabalho-mercadoria, que foi inventado e imposto pela força e com grandes penúrias pelo capitalismo manufatureiro a partir do fim do século XVIII.
O trabalho deixa cada vez mais de ser fator de inclusão para sedimentar a exclusão e a desigualdade. O trabalho deixa de cumprir sua função na medida em que sua força é mais desestabilizadora e fonte de privilégios para uma pequena elite. Assim, o desencanto com o trabalho aciona a necessidade de colocar em ação a "nossa capacidade de encantar outros espaços que não os da produção". [Gorz,1997], acredita numa sociedade em que o trabalho pode voltar a assumir outras formas, mais ricas, mais plenas de sentido.
A Primeira Revolução Industrial aconteceu entre 1760 e 1850 e teve como protagonista a Inglaterra, grande produtor mundial de algodão. Com a introdução do vapor usado como fonte de energia nas máquinas e locomotivas, o país deu início à automação da produção de tecidos e de outros produtos, antes feitos à mão, e agilizou o sistema de transportes de pessoas e de mercadorias com a introdução das linhas férreas.
A Segunda Revolução Industrial teve início em 1860 e gerou mudanças no processo de industrialização que se estenderam até o início da Primeira Guerra Mundial. Com o surgimento da eletricidade, a produção em série nas linhas de montagem proposta por Henry Ford (conhecida como "fordismo") e o método de administração científica baseada no conhecimento de Frederick Taylor ("taylorismo"), a produção industrial ganha um novo ritmo. O protagonista da Segunda Revolução Industrial passa a ser os EUA que, às vésperas da Primeira Guerra, detinham 40% do PIB dos países desenvolvidos.
Recentemente, na década de 1990, alguns autores afirmaram que estávamos vivendo uma Terceira Revolução Industrial, impulsionada, do ponto de vista tecnológico, pelo surgimento de novas Tecnologias de Informação (TIs) e pelo advento da eletrônica, em substituição à eletromecânica, no setor industrial. O conceito ainda é polêmico e divide a academia. Mesmo assim, há um consenso: as TIs têm causado profundas transformações na organização do trabalho em todo o mundo.
O advento das tecnologias de informação e o aumento da importância do complexo eletrônico no processo industrial causaram uma mudança nos postos de trabalho, marcada pela redução do número de trabalhadores com atividades operacionais e pelo surgimento de vagas voltadas para os profissionais responsáveis pelo gerenciamento e pela coordenação da produção. "Há uma necessidade de maior qualificação para ocupar os postos de trabalho que lidam com as TIs. O trabalho intelectual passou a ter uma importância maior nesse setor específico", explica[ Mattos,1999].
A diminuição de determinados postos de trabalho e o surgimento de outros é, para [Queiroz2002], uma característica do capitalismo e foi observada também na Primeira e na Segunda Revolução Industrial. "A produção está cada vez mais mecanizada, o que exige menos trabalhadores lidando diretamente com as máquinas"

"Há uma tendência para se tentar justificar o desemprego macro-econômico pelas inovações tecnológicas", explica Mattos, que acredita que problemas sociais da atualidade, como o desemprego, devem-se ao baixo crescimento das economias dos países, e não às novas tecnologias. "Tecnologias sempre foram criadas. As que tanto nos fascinam hoje têm um efeito menor do que tiveram as indústrias química e petroquímica nos anos 50 e 60. A globalização está acentuando as diferenças entre os países e a concentração de renda, mas isso não é uma questão tecnológica", conclui o pesquisador.

Na era industrial o trabalho era considerado o centro do mundo. Ao mesmo tempo decompunha-se a vida das pessoas e a estrutura da sociedade. Hoje isso mudou, o trabalho mantém uma relação problemática, tanto na quantidade quanto na qualidade expressado no modo de produção capitalista atual onde o ser humano deixou de ser o centro e passou a ser mero espectador, ficando o capital como centro das relações trabalhistas, e porque não, sociais.
As perspectivas atuais pelo pleno emprego [quando em uma economia todos os fatores de produção (trabalho, capital e insumos) estão sendo utilizados em sua máxima capacidade. Não há ociosidade na utilização destes fatores, por exemplo: não há mão-de-obra ociosa,desempregada], contradiz o argumento que o trabalho não ocupa o espaço vital, primeiro, admitindo que existe uma luta pelo "salário trabalho", e de outro angulo a opção do trabalho cooperativo.
No inicio da industrialização, a jornada e trabalho nos países pioneiros era mais de 12 horas diárias, chegando a vezes 20horas.Nos últimos 50 anos essa jornada vem sendo reduzida para 40horas semanais. Em contrapartida, na contemporaneidade, na era da informatização, as horas de trabalho devem ser ainda mais diminuídas, pois somente assim poderá haver empregos para todos, visto que a mão de obra esta sendo automatizada, a cada dia um posto de trabalho é desativado, ficando parcas opções. Cria-se assim a opção de negociar tanto os salários quanto o tempo de jornada, marginalizando ainda mais o ser social, aumentando o desemprego estrutural e o subemprego, concentrando ainda mais o capital nas mãos de poucos.
Entende-se como desemprego estrutural o resultado das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da mão de obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento. Existem duas causas para este tipo de Desemprego: insuficiência da procura de bens e de serviços e insuficiência de investimento em torno da combinação de fatores produtivos desfavoráveis. Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho. O desemprego causado pelas novas tecnologias, como a robótica e a informática, recebe o nome de desemprego estrutural. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo desemprego estrutural, um dos graves problemas de nossos dias.
Na moderna sociedade das mercadorias, sob a égide do capital financeiro, mais uma vez a historia se repete, sob as relações privada e de exclusão, ao desemprego e subemprego, o avanço das forças produtivas fraciona a divisão social do trabalho e da sociedade do trabalho, particularmente na realidade europeia.
A crise do trabalho se refere a dimensão do trabalho abstrato, o trabalho sob as relações capitalistas, e não o trabalho como atividade humana construtiva do próprio homem. A tensão e problemática da analise de Schaff e mais enfaticamente em Kurz, situam-se no determinismo tecnológico de autodestruição do capitalismo., pelo de fato de ambos definirem o desaparecimento das classes fundamentais produzidas pela relação capital-trabalho, sem que a relação social capitalista tenha desaparecido.
O trabalho, enquanto processo de criação do homem e de satisfação de suas necessidades, não pode ser considerado finito. Não há, pois, um limite teórico nem das necessidades, nem das atividades humanas.
Por fim, a nova revolução tecnológica e a automação acabam com os trabalhos desqualificados, repetitivos e nocivos. Assim o problema esta inserido na forma de organização e divisão do trabalho, nas relações de trabalho sob as relações capitalistas e não na natureza em si do trabalho.
A utopia gira em torno de criar uma sociedade mais racional e mais humana. Na obra fausto [1833] Johann Wofgang von Goethe, descreve: "Ninguém é tão desesperadamente escravizado como aqueles que falsamente acreditam que são livres".
Schaff, descreve que a positividade da revolução tecnológica levaria ao desaparecimento da classe trabalhadora e dependendo das circunstância, da classe capitalista.
Kurz observa a contradição maximizada entre o avanço das forças produtivas e o engessamento das relações sociais, implodindo tanto a burguesia quanto o proletariado. A resistência se daria na tecnocracia e na burocracia. Ele compara o colapso do capitalismo a um campeonato de futebol. No início há muitos times mas a medida que a competição se desenvolve, vão sendo eliminados, até que num determinado momento o campeonato inevitavelmente chega ao embate final. O time vencedor, ao derrotar todos fica sem possibilidades de continuar, pois ao liquidar todos não tem mais com quem competir. Nessa perspectiva podemos dizer que irá ocorrer sua auto destruição, e para que o capitalismo continue existindo, deverá surgir um novo sistema socioeconômico.
O exercício do comércio entre os países poderia se dar entre qualquer nação, independente do seu sistema político, mas os capitalistas ficam a boicotar e a impedir a soberania de quem não reza por sua cartilha. E ainda têm a petulância de acusar aos outros de não serem democratas.
Dentro de um sistema que só enaltece aos grandes acumuladores, sem se importar como eles conseguem acumular, é natural que os meios de comunicação deem destaque aos "vencedores", passando a impressão de que tudo é maravilhoso neste sistema.
Um sistema socioeconômico existe para servir à sociedade, e não o contrário. Se este exclui, isola e massacra, é lógico que o mesmo não serve à sociedade, e não existe nada que justifique a sua aceitação por parte da mesma.
Estamos vivendo um ZOROATRISMO uma horrível guerra entre o bem e o mal, mas como eu sempre falo, que jamais construímos uma casa de alvenaria em cima de uma casa de madeira... isto quer dizer, pra termos um novo sistema diferenciado do capitalismo a destruição dele é inevitável.




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