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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O QUE SOBROU DA VEGETAÇÃO ORIGINAL DA MATA ATLÂNTICA


Do  total da Mata Atlântica, 23.548 hectares ou  235 Km² de vegetação foram suprimidos. Hoje, com o mapeamento de toda a área de aplicação da Lei da Mata Atlântica, o que resta do bioma original é mais ou menos 8% - sendo o bioma mais ameaçado do Brasil. 




Em 2012, houve o maior desmatamento desde 2008. Os dados foram divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta terça-feira (4), com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica no período de 2011 a 2012.
Neste levantamento foi incluído o Estado do Piauí, que fez a taxa de preservação da floresta subir de 7,9% para 8,5%.  Se  forem considerados todos os pequenos fragmentos de floresta natural acima de 3 hectares (ha), o índice chega a 12,5%. Do total, 21.977 ha  correspondem a desflorestamentos, 1.554 ha  a  supressão  de  vegetação  de  restinga  e  17 ha a supressão  de vegetação de mangue. Assim, o Brasil perdeu cerca de 23 mil campos de futebol do bioma.
Minas Gerais, Bahia, Piauí e Paraná são os Estados com situação mais crítica. Minas é o campeão do desmatamento pela quarta vez consecutiva, sendo responsável pela metade da destruição da Mata  Atlântica no período analisado, com total de 10.752 hectares do bioma perdidos – o aumento na taxa de desmate no Estado foi de 70% comparado com o período anterior. Já os destaques positivos são Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que tiveram redução de desmatamento de 93% e 92% respectivamente.
Na comparação dos 10 Estados avaliados em todos os períodos (BA, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, RS, SC e SP), o aumento do desmatamento foi de 29% em relação ao período anterior (2010-2011) e de  23%  em  relação aos três últimos anos (2008-2011). A taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 15.183 hectares. No levantamento de 2010 a 2011, a taxa anual ficou em 14.090 ha.
O  levantamento apresenta, pela  primeira  vez, os  remanescentes  florestais do Piauí, que totalizam 34% da área original no Estado protegida pelo Mapa da  Área  da  Aplicação  da  Lei da Mata  Atlântica  (11428/2006).  As áreas  do Piauí  abrangidas  pelo  Mapa  da  Aplicação  da  Lei  possuem  formações florestais naturais características do bioma em bom estado de conservação, mas a pressão das carvoarias, silvicultura e agora também da soja é grande no Estado.
A maior parte do que resta da Mata Atlântica são propriedades particulares, então é necessário atuar com políticas públicas neste sentido. É necessária a criação de Unidades de Conservação públicas ou privadas, e aumentar a conscientização da população para que visitem essas áreas. Além de pressão do governo na criação de parques e todo o esforço para que tudo o que temos hoje seja de fato preservado e grande esforço para regenerar.
                                                                            
      Manguezal e Restinga
Pernambuco foi o único Estado que perdeu área de manguezal: 17 hectares. Os  manguezais  funcionam  como  berçários  marinhos  e  são  áreas  muito importantes  para  atividades  como  a  pesca.  Na  Mata  Atlântica,  o  total  de vegetação de mangue corresponde a  224.954 ha,  sendo que Bahia  (61.478 ha), Paraná (33.422 ha), São Paulo (24.891 ha) e Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões. Já o maior desmatamento na vegetação de restinga (observada ao longo do litoral)  aconteceu  em São João da Barra  (RJ),  com  937  hectares, para implantação do Superporto do Açu. O município foi também o campeão de desmatamento no período.A vegetação de restinga na Mata Atlântica equivale a 570.690 ha. São Paulo possui  a  maior  extensão (206.308  ha),  seguido do Paraná  (100.335  ha) e Santa Catarina (77.336 ha). Além do Rio de Janeiro, também foi observada a supressão de restinga na Bahia (32 ha), no Ceará (319 ha), em Santa Catarina (257  ha)  e  em  Sergipe  (10  ha). No  país  todo  a  restinga sofre com os empreendimentos, obras  de  infraestrutura e  especulação  imobiliária  – as construções  de  casas,  hotéis  e  resorts  acabam  retirando  a  vegetação  para poder ficar com o "pé na areia".
Agora, os municípios com maior porcentagem de vegetação nativa estão no Piauí: Tamboril do Piauí e Guaribas mantêm  96% da área original de Mata Atlântica. Guaribas também é o município com a maior área de vegetação nativa: 176.794 hectares.


fonte:uol

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