Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação. Ensinar a observar e explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, que tem atitudes de conservação.
CECÍLIA, A BORBOLETA
- Olá, sou Cecília a borboleta.
- Oi, Cecília! Você é tão bonita.
- Obrigada! Mas estou com pressa.
- Aonde vai?
- Vou a um jardim onde há festa. Minhas primas,
azuis, amarelas, listradas e pintadinhas estão a minha espera.
- Que legal!!! Suas primas são uma graça.
- Minha preferida é a azulzinha.
- Por quê?
- É como se fosse minha filhinha. A vi nascer, da
lagarta virou crisálida. E hoje é uma borboletinha. Quando voou pela primeira
vez bati palminhas.
- Como assim lagarta?
- Antes de ser uma borboleta, sou uma lagartinha e
adoro comer folhas.
- E agora o que você come?
- Agora alimento de néctar. Você sabe o que é?
- Sei não.
- Néctar é uma água doce que tem na florzinha.
- Ahhhh! Então é por isto que você é um docinho.
- Meu Deus! Já está na hora!
- Nossa como você é apressada! É verdade que você não
dorme?
- Sim, somente repouso para recuperar a energia.
Minha vida é curta.
- Hummm! Está explicado por que você é apressada.
- Desculpe, tenho de ir, estou atrasada. Vou voar
leve e solta no céu azul. Depois pousar nas rosas brancas, amarelas e vermelhas
para fazer um lanchinho.
- Está bem, Cecília! Pode ir, bate suas asinhas em
forma de coração.
- Vou falar um segredo. Cuide de seu jardim. Assim,
sempre vai poder me ver alegre e a voar de flor em flor.
- Combinado.
- Estou atrasada... Tchau... Tenho de ir...
As BORBOLETAS, além de belas, são muito
importantes para a manutenção da saúde do meio ambiente. Elas atuam como
polinizadoras de várias espécies de plantas, além de servirem de alimento para
uma infinidade de animais, mantendo o equilíbrio da cadeia alimentar. A
diminuição do número de borboletas na natureza é uma ameaça para a
sobrevivência de várias espécies de plantas e animais.
GUSTAVO, O SAPO
- Cheguei na área vou me apresentar. Sou Gustavo o
sapo. Rechonchudo, vivo pulando. Moro
tanto dentro quanto fora da água. Por isto sou um anfíbio. Coach! Coach!
- Ra!ra!ra! Que barulho estranho.
- É assim que falo com os amigos. Chama coaxar.
Quando bebê posso viver somente na água. Sou conhecido como girino, pareço um
peixinho com rabinho. Depois de crescer, perco meu rabinho, e vou viver na
terra. Transformo em um anuro. Sempre tenho de ficar com a pele molhada.
- Então você adora a chuva?
- Sim. Em dias chuvosos gosto de sair da toca para
tomar um banho refrescante. Também gosto de curtir a noite. Durante o dia fico
escondido debaixo de folhas ou pedras, me protegendo do sol.
- Gugu, se você vive na água, come minhoca?
- Sim. Porém meu prato predileto são os insetos. Só
alimento de animais vivos. Como sou muito sensível a poluição da água e do ar.
Onde houver sujeira eu não vou ficar.
- Sua pele é cheia de caroço.
- É para diferenciar dos meus primos. A perereca e a
rã.
- Minha prima perereca é menor, têm olhos
esbugalhados pernas finas e compridas. Já minha prima rã, tem a pele lisa e
brilhante, pernas fortes e grandes.
- Você é perigoso?
- Eu não. Mas alguns primos tem veneno. Uma dica.
Quanto mais colorido for meus primos mais perigosos eles são. O veneno sai
quando você pegar neles.
- Você é um animal curioso.
- Tem mais. Eu não bebo água pela boca, mas sim pela
pele. Também posso respirar través da pele. Por tudo isto amiguinho. Vamos
cuidar da natureza e dar um basta na poluição!
- Muita gente fala que meu xixi é perigoso, e solto
leite. Hahahaha. Eu não sou vaca, por isto não tenho leite, e meu xixi não é
perigoso.
- Hoje aprendemos muito sobre você e seus primos. Por
isto, Gugu, vamos cuidar das matas e dos rios para sempre ouvir você cantar de
alegria!
SAPOS comem mosquitos, moscas e todo tipo de
insetos que lhes caibam nas bocas e, são seus predadores naturais mais
eficientes - assim ajudam no controle de vetores importantes na disseminação de
doenças humanas que são problema de saúde pública como a dengue, o chikunguya,
a malária, a febre amarela, o zika e tantas outras enfermidades tropicais
epidêmicas nas condições atuais.
TALA, A ARANHA CARANGUEJEIRA
- Sou Tala, a aranha caranguejeira, muitos me chamam
de tarântula.
- Muito prazer. Mas você me dá medo.
- Desculpe amiguinho. Não precisa ter medo. Sou tão
tímida. Vivo mais escondida. E só gosto de sair à noite.
- Você é grandona peluda e cheia de pernas.
- Sim, tenho oito pernas, duas garras, oito olhos, e
muitos pelos.
- É assustadora! Você tem veneno?
- Sim, mas sou mansinha. Meu veneno não faz mal pra
você.
- E pra quem faz?
- Somente para pequenos animais dos quais me
alimento. Geralmente insetos, répteis e anfíbios.
- É neh!... Mas sua picada deve doer.
- Dói... Dói muito, mas não mata.
- Você solta teia?
- Minha teia é usada como alarme, para proteger meu
esconderijo.
- Agora me diga uma coisa. Para que tanta perna,
tanto olho e tanto pelo?
- As pernas são para correr rápido, solto os pelos
quando estou em perigo, para irritar quem está me perseguindo. E os olhos são
para ver melhor. Enxergo pouco.
- Hahahahaha! Com tanto olho e quase cega! Precisa
usar óculos.
- Se me encontrar por aí, não me toque. Por eu não
enxergar bem posso ficar nervosa.
- Tá bom. Tem algum medo?
- Medo... Medo... Tenho não, mas gosto de ficar longe
da dona vespa.
- Amiguinho, já é quase noite. Tenho de sair pra
caçar. Estou com fome.
- Tchau tala, foi legal te conhecer.
Embora não seja fatal, a picada de uma TARÂNTULA
complica a saúde da pessoa atacada e provoca inchaço na área afetada, no
entanto, é impossível que alguém morra por causa dessa picada. Na antiguidade
existiam muitos temores e crenças referentes à tarântula, acreditava-se que ela
podia matar através do seu veneno. Hoje sabemos que isso não é possível.
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