A HORA DO PERIGO

As aranhas são igualmente fascinantes e aterrorizantes. São animais predadores, de vida livre, geralmente solitárias, alimentando-se principalmente de insetos. Enquanto algumas espécies de aranhas são bastante inofensivas e sem qualquer tipo de veneno, existem aquelas verdadeiramente perigosas, que podem matar. No Brasil encontramos espécies de aracnídeos extremamente perigosos. 

Aranhas-armadeiras 

Segundo o Livro dos Recordes, essas são as aranhas mais venenosas e perigosas do mundo. São encontradas facilmente em território brasileiro. São grandes e suas patinhas podem atingir até 17 centímetros. Diferente das aranhas-marrons, as armadeiras costumam ser agressivas e atacar suas vítimas aleatoriamente. O nome "armadeira" deve-se à sua forma de ataque. Quando ameaçada, ergue as pernas dianteiras, abre seus ferrões e eriça os espinhos implantados no seu corpo. Além disso, são muito ágeis e costumam seguir suas presas. Existe antídoto para o veneno das armadeiras e, felizmente, ele funciona e impede que a vítima morra. 

Aranha-marron

Você provavelmente já ouviu alguém dizendo que aranhas-marrons são perigosas. É mentira. Aranhas-marrons são perigosíssimas. Também são bastante comuns no Brasil, onde são conhecidas pela dor que seu veneno provoca e, claro, pelos casos de morte relacionados à picada desse bichinho causador de grandes estragos. A picada da aranha-marrom não dói e, por isso, muitas vezes passa despercebida. A aranha-marrom é pequena e raramente ultrapassa 3 cm.. A boa notícia é que elas só atacam quando se sentem ameaçadas. No local da picada podem surgir bolhas, inchaço, coceira, aumento de temperatura e necrose. A necrose ocorre devido à ação do veneno, que destrói as células da área afetada. 

Viúva-negra 

Quando um animal passa a ser conhecido por esse nome, você já sabe que a coisa é grave. A viúva-negra vive nas Américas e, caso você já esteja se coçando, saiba que, sim: ela também pode ser encontrada no Brasil. A picada da viúva-negra é conhecida não apenas por matar, mas por fazer a vítima sentir muita dor antes de morrer. No local da picada pode ser observado um orifício, seguido de vermelhidão, inchaço e suor. A dor da picada é intensa, como se fosse um alfinete penetrando na pele com sensações de queimadura. O nome popular “viúva negra” deve-se ao fato de muitas fêmeas terem o hábito de devorarem o macho após a cópula. 

Aranha-teia-de-funil 

As presas dessa boniteza podem chegar a medir 2 centímetros, e seu veneno é considerado um dos mais fortes. Se pode matar você? Lógico que pode. Até existe um antídoto contra o veneno das teias-de-funil, mas ele precisa ser aplicado o mais rápido possível depois do ataque. Quando a vítima sobrevive, é possível que ela tenha algum tipo de sequela permanente. Assim como acontece com as aranhas-armadeiras, as teia-de-funil também ficam sobre as patas traseiras quando se sentem ameaçadas — e quando ficam nessa posição, deixam à mostra suas enormes quelíceras, ou seja, as estruturas que elas usam para perfurar (e despedaçar) suas vítimas e injetar seu veneno. como se as aranhas-teia-de-funil não fossem assustadoras o suficiente em terra-firme, elas também podem tocar o terror em piscinas, uma vez que são capazes de nadar e podem permanecer debaixo d’água por períodos curtos de tempo graças às bolhas de ar que ficam presas nos pelos de seus corpos. A boa notícia: esse bichinho não é encontrado no Brasil mas sim na Austrália por isto não precisamos preocupar com estes ferozes seres.

Aranha-de-areia 

Apesar do nome relativamente simpático, esses aracnídeos só são chamados assim porque vivem em regiões desérticas, especialmente na África e Ásia. O veneno dessas aranhas é altamente perigoso e pode provocar necroses, sangramentos por todos os orifícios do corpo e, claro, a morte. Ainda não possui antídoto. Devido às suas pernas achatadas e laterígradas, elas também são conhecidas como “aranhas caranguejeiras de seis olhos”. Esta aranha se enterra na areia e ataca de emboscada as presas que vagueiam muito por perto. Por sorte, por aqui não corremos o risco de também tropeçar acidentalmente com elas.