Primeiras faíscas
Desejar a luz sempre foi eminente ao ser humano, talvez porque o desconhecido incrustado no escuro é de fato assombroso em todos os sentidos.
No início da história humana, a única luz existente era a natural – do Sol, da Lua e das estrelas. Até que, no período Paleolítico (2,5 milhões de anos antes de Cristo), o homem dominou o fogo. O processo de produção do fogo acontecia de duas formas: bater uma pedra na outra, produzindo faíscas que atingiam a palha; ou friccionando um graveto seco em uma madeira até produzir as faíscas para queimar a palha. Outra possibilidade era contar com a natureza: quando um raio atingia uma árvore, o homem continuava jogando folhas secas e galhos no local para manter o fogo.
Novas ideias
Durante a Antiguidade (de 4 mil antes de Cristo ao ano 476) surgiram melhorias na iluminação, como lustres com superfícies espelhadas que usavam a luz do Sol em ambientes fechados. Mas a iluminação natural ainda era muito importante - teatros gregos e romanos, por exemplo, usavam a luz solar (os espetáculos começavam com o nascer do Sol e as cenas acompanhavam o caminho da luz).
As velas
Acredite elas existem desde 50.000 a.C., e até hoje encanta as pessoas. Por volta do ano 400 surgiram as primeiras velas, feitas de fibras vegetais e gordura animal (tudo armazenado em recipientes de pedras). Depois, elas começaram a ser feitas de cera e sebo. Durante a Idade Moderna (a partir de 1453), velas e tochas foram o único recurso para iluminar e aquecer ambientes. Também nesse período as velas começaram a ser usadas dentro de candelabros e castiçais. Assim, não pingavam por todos os lados.
Logo em seguida, na Idade Média, igrejas começaram a ser construídas com muitos vitrais, que captavam bastante luz solar. Nessa época houve também um aperfeiçoamento das tochas, que já existiam na Antiguidade – algumas substâncias deram mais durabilidade para as tochas, que passaram a ser apagadas e reacendidas. Aos poucos, ruas, tavernas (locais que serviam, principalmente, bebidas) e os corredores dos castelos medievais ficaram tomados por tochas.
Desde a época de Cristo até a idade média a vela evoluiu gigantemente, e não apenas o sebo de animais era a matéria prima, mas também a cera de abelha, o azeite de oliva e de outras plantas. Sua projeção foi intensa e logo passou a ser objeto de luxo. Para as pequenas cabanas e casebres a vela foi à alternativa viável de iluminação suficiente para sua época, mas e para os palácios e castelos? Como era a iluminação? A história nos conta que os castelo eram muito pouco iluminados, com tochas preparadas com um pedaço de pano, embalsamado no breu ou outro material inflamável, e complementadas com enxofre e cal, substância importantes, que mesmo se fossem atingidas com água o fogo permanecia acesso, iluminando o ambiente.
Das velas para as formas de iluminação com lamparinas e lampiões
Com formas que nos encantam até hoje, as lamparinas foram aparecendo aos poucos. Eram recipientes com uma haste encravada no centro e assim gerava a chama. Você sabe qual foi o primeiro combustível para as lamparinas? Nada menos que óleo de baleia, esta afirmação sugere que as primeiras lamparinas surgiram em regiões litorâneas. Da lamparina para o lampião foi um passo rápido, o tataravô das lâmpadas, chegou com charme e revolucionou a iluminação de sua época, feito de argila inicialmente, e adaptado posteriormente para o metal.
Carga elétrica
Do âmbar (gr. élektron) surgiu o nome eletricidade. No século XVII foram iniciados estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito, graças a Otto von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma maquina geradora de cargas elétricas onde uma esfera de enxofre gira constantemente atritando-se em terra seca. Meio século depois, Stephen Gray faz a primeira distinção entre condutores e isolantes elétricos. Enfim o mundo se transformou com a luz! E para cada pessoa ou família, a luz tem significado singular e próprio, pois a qualidade de vida assumiu grandes proporções com a iluminação.
Melhorias
Em 1783, Aimé Argand, um físico e químico suíço, inventou a lâmpada de Argand, um tipo de lampião a óleo: usando cânfora e querosene, produzia iluminação equivalente a cerca de 6 a 10 velas. O francês Bernanrd Carcel aperfeiçoou a novidade para que produzisse luz mais constante – apesar da sujeira que deixava no teto, cortinas e estofados das casas. Em 1804, o alemão Friedrich Winzer usou gás destilado de madeira para iluminar a própria casa. Assim surgia a iluminação a gás, que ficou mais popular a partir de 1850, quando surgiu a profissão de acendedor de lampiões. (fig. acima).
A vez da eletricidade
Faltava pouco para a eletricidade: em 1879, o cientista norte-americano Thomas Edison fabricou a primeira lâmpada elétrica incandescente com filamento de carbono, substituindo o lampião a gás. Essa lâmpada emitia calor em forma de luz. Em 1938, o engenheiro mecânico sérvio Nikola Tesla criou a lâmpada fluorescente, que funcionava por meio da emissão de energia eletromagnética.
Modernidade à vista!
Em 1962, o LED (Light Emitting Diode,em português, diodo emissor de luz) foi criado pelo engenheiro norte-americano Nick Holonyak Jr. Os primeiros modelos emitiam apenas luz vermelha. Mais tarde, no início da década de 1990, surgiu o LED branco, atualmente a forma de iluminar o ambiente que consome menos energia!
Você sabia que...
Aqui no Brasil a energia elétrica avançou o processo de iluminação somente em 1883 quando surgiu a primeira usina termoelétrica. O imperador dom Pedro II foi o responsável pela inauguração em Campos do Goytacazes (Rio de Janeiro) – primeira cidade da América Latina a ter iluminação pública – por meio de uma termelétrica a vapor.
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