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quarta-feira, 31 de maio de 2017

MINA DO CAUÊ - ITABIRA

Foi na cidade de Itabira, em 1942, que a Companhia Vale do Rio Doce-CVRD- iniciou suas atividades. A partir dos ativos minerários existentes a empresa tornou-se umas das gigantes no ramo da mineração, no final do século XX.




O Complexo Itabira, localizado a 100 km de Belo Horizonte, é composto pelas Minas do Cauê, de Conceição e Minas do Meio (Chacrinha, Onça, Periquito e Dois Córregos). Uma área de 7 mil km2 na região central de Minas Gerais, uma das maiores ocorrências de minério de ferro do mundo. Por um erro de cálculo esta área não Integra o Quadrilátero Ferrífero. Cauê foi a maior mina de minério de ferro do Brasil.
Em Itabira, a formação ferrífera tem uma extensão de 12 quilômetros, que vai desde a Mina do Cauê, passando pelas Minas do Meio até a Mina de Conceição. As minas funcionam os sete dias da semana, com quatro turnos diários. O Complexo Itabira opera de acordo com as normais internacionais de qualidade (ISO 9001) e de meio ambiente (ISO 14001).
Existem dois tipos de minério de ferro nas Minas do Cauê e de Conceição: hematita (com mais de 63% de teor ferro) e itabirito (com cerca de 50% de teor ferro). Depois de beneficiado, o minério é estocado nos pátios de produtos e, em seguida, é embarcado nos vagões da Estrada de Ferro Vitória a Minas. A produção anual do Complexo de Itabira é de cerca de 43 milhões de toneladas.Itabira é uma importante área de atuação da Vale, com minas de minério de ferro relevantes para a empresa. No município, a Vale gera cerca de 7 mil empregos, entre diretos e contratados. Além de emprego e renda, a atuação da Vale na região contribui também com a realização de diversos projetos na área de responsabilidade social corporativa.
Em junho de 2005, a Vale inaugurou o Centro de Educação Ambiental Minas (CEAM) de Itabira. Localizado em uma área de 180 mil metros quadrados de mata secundária, o empreendimento conta com uma sede de 2.500 metros quadrados de área construída e diversos equipamentos para atividades de educação ambiental, como trilhas, praças temáticas – baseadas nos quatro elementos da natureza, e duas estações ferroviárias. Fruto de um investimento de cerca de R$ 4 milhões, o centro vai permitir, também, que a comunidade conheça de perto as atividades da empresa.

As operações da CVRD permitiram a implantação de um parque siderúrgico e exportação de minério em grande escala. Foi criado um sistema de Mina – Siderurgia e Porto. Base da economia da região.
O alcance das operações de Cauê é internacional. A história do complexo minerador de Itabira é diretamente relacionada ao Japão. A modernização das minas e da ferrovia e a construção do porto de Tubarão foram viabilizadas pelas exportações de minério resultantes de acordos Brasil – Japão, através da CVRD.

A produção da CVRD permitiu a consolidação da região industrial do leste de MG, com a ampliação da siderurgia e do reflorestamento.


A microrregião de Itabira acolhe parte das operações de mineração siderurgia e reflorestamento que constituem a economia de toda a região.


O município de Itabira concentrou grande parte da extração mineral. O sítio urbano está diretamente colado às minas, diferentemente de áreas onde a extração ocorre distante do perímetro urbano.


Atividades mineradoras, barragens, lagoas e depósitos de rejeitos conformam a malha urbana. A mineração implicou rápido crescimento populacional, impacto da infraestrutura produtiva e logística de grande escala e poluição de áreas habitadas próximas.



A evolução populacional de Itabira reflete os movimentos da economia municipal, constituída pela atividade extrativa mineral. O numero de habitantes quadruplicou em 50 anos. Mas a taxa de crescimento da população tem decaído. Processo de perda da população, causando a inversão do fluxo migratório. (Fundação João Pinheiro – 2001). Atualmente a cidade tem 118.481 habitantes(IBGE/2016). E a VALE continua a ser o carro chefe da economia.








"...Cada um de nós tem seu pedaço no pico do Cauê.
Na cidade toda de ferro
as ferraduras batem como sinos.
Os meninos seguem para a escola.
Os homens olham para o chão.
Os ingleses compram a mina. Só, na porta da venda, Tutu Caramujo cisma na derrota incomparável. ..."

Carlos Drummond de Andrade

5 comentários:

  1. Maria das Graças S. e S.5 de novembro de 2011 às 21:00

    Eu escrevi um livro sobre a evolução política, econômica, socioepacial e a questão ambiental em Itabira desde sua origem até 2003. Ele se chama A TERCEIRA ITABIRA. Pose ser adquirido na minha casa, na papelaria Zenith e na livraria Clube da Leitura em Itabira. Maria das Graças Souza e Silva -mestre em Geografia

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  2. Professor,
    me ajudou demais! Fui sua aluna há muitos anos atras no cnsd e estava pesquisando sobre os nomes das minas da cvrd e achei seu site!
    beijo grande
    Ana Cláudia Horta Guerra Lage

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  3. Ola Aninha, tudo bem?
    Seja bem vindo.. Que bom meu site ter de ajudado. Melhor ainda ter lembrado do nosso tempo no CNSD.. bons tempos aqueles.
    Abraços.

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  4. Olá, professor!
    Gostaria de saber de onde veio esse última foto da cratera do Cauê, estou querendo usar num trabalho, mas queria consultar o fotógrafo e pedir um arquivo melhor. Poderia me ajudar?
    Obrigada!
    Cris

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  5. Esta foto é antiga, dos anos 90, não sei o autor. fiz a cópia de minha tese.

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