Um ano após uma tentativa falhada, uma nova expedição vai partir em maio, à descoberta do "7º continente", uma gigantesca placa de detritos de plástico que flutua no Pacífico.
Ainda há quem não acredite, mas existe. Já não
chamam mais de ilha de lixo. Adquiriu dimensão continental: pelos cálculos do
Centro Nacional de Estudos Espaciais francês, tem agora 22 mil quilômetros de
circunferência e quase 3,5 milhões de quilômetros quadrados. É seis vezes maior
que a própria França e está localizado no nordeste do oceano Pacífico, próximo
do Havaí.
Guiada por satélites de alta tecnologia, uma escuna
francesa da década de 1930 vai, em breve, partir ao encontro do "7º
continente" – uma gigantesca placa de lixo plástico que flutua no Oceano
Pacífico, seis vezes maior do que a França. “Chocado pelos detritos encontrados
no mar” durante sua participação numa competição de remo, em 2009, o explorador
Patrick Deixonne decidiu realizar essa expedição científica para alertar o
mundo sobre a catástrofe ecológica em curso no Nordeste do Pacífico.
Em 2 de maio, a expedição francesa 7º Continente
sairá de San Diego, na Califórnia, com um grupo de pesquisadores a bordo da
escuna L’Elan, em direção a esse novo “território” do planeta. Chefiada pelo
explorador Patrick Deixonne, a missão vai percorrer mais de 4.500 quilômetros
até alcançar o continente de plástico. “A placa de lixo está em águas pouco
usadas pela marinha e o turismo, e a comunidade internacional não se preocupa
com ela, por enquanto”, disse ele à agência de notícias AFP.
Pelo andar da carruagem, o continente de plástico
tem tudo para crescer ainda mais. Quando foi descoberto ao acaso, em 1997, pelo
explorador Charles Moore, não passava de uma ilha. Mas por anos tem sido
alimentada diariamente por mais lixo jogado nos mares, carregado pelas fortes
correntes marinhas. A força centrípeta do continente de plástico suga os
detritos, que vão se acumulando assustadoramente naquela região. Os habitantes
desse estranho continente bem poderiam ser tartarugas, golfinhos e aves
marinhas que comem sacos plásticos, além de focas “ornamentadas” com cordas de
nylon enroladas no pescoço.
Estudiosos do instituto francês Ocean Scientific
Logistic (OSL) acreditam que os oceanos da Terra já estejam entupidos com
algumas dezenas de milhões de toneladas de entulho boiando. O Atlântico Sul –
que banha o litoral do Brasil – é um deles. Há exatamente um ano, jornalistas e
pesquisadores brasileiros já haviam detectado grandes manchas de lixo próximo
da ilha Ascensão, localizada no meio do Atlântico, entre a costa do nordeste
brasileiro e o norte da África.
A continuar como estamos, quem sabe teremos uma
grande ilha de plástico em nosso litoral no próximo verão. Se não a quisermos
por perto será preciso colocar em prática urgentemente a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), acabar com os lixões, incrementar a reciclagem, nos
tornar consumidores conscientes.
Fonte; http://planetasustentavel.abril.com.br/ grenpeace /
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