sábado, 11 de janeiro de 2014

BICHOS DO BRASIL - RÉPTEIS - EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFANTIL

Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação. Ensinar a observar e explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, que tem atitudes de conservação.


CACÁ, A COBRA CORAL
- Olá galera! Sou Cacá a cobra coral. Tenho pequenos olhos, um corpo fino coberto por escamas com desenhos de anéis, nas cores; preto, branco, vermelho, amarelo.
- Olá Cacá! Você é muito bonita.
- Obrigada! Sim sou bonita e perigosa.
- Você é malvada? 
- Não sou malvada. Mas tome muito cuidado ao me encontrar. Adoro morder! Se chegar muito perto fico nervosa.
- Fala onde você mora, aí nem vou te visitar?
- Moro na floresta. Escondida debaixo das folhas, galhos, pedras e dentro de tocas.
- Nem quero passar perto.
- Não sou o bicho papão... Só fico nervosa quando sou agredida. Se não mexer comigo nem com meus filhos, fico quietinha no meu ninho.
- Ahhh! Está bom. O que você come?
- Sou muito gulosa! Adoro comer ovos e pequenos animais, principalmente camundongo. Engulo tudo de uma só vez sem mastigar. Após o almoço fico sonolenta. Com a barriga cheia vou dormir um pouco.
- Você é muito gulosa e preguiçosa.
- Amiguinhos... Presta muita atenção no que vou dizer.
- O que é, dona Cacá?
- Quando for passear no mato, não ande descalço. Se passar muito perto do meu ninho posso picar. Vá sempre calçado com uma bota de cano alto, assim você fica protegido do meu veneno.
- Você é venenosa?
- Sou muito venenosa. Minha picada causa muita dor. Você tem de ir rápido para o hospital.
- Sabe de uma coisa dona Cacá?
- O quê?
- Ficar o mais longe possível de você é a melhor coisa de se fazer. Por isto vou embora tchau....
- Coleguinha você é muito esperto. Tchau.


As COBRAS, também chamadas de serpentes, são maravilhas da natureza. O veneno que produzem, um composto tóxico capaz de matar a maior parte dos seres vivos. Ao mesmo tempo, esse composto é usado na farmacologia humana em remédios para algumas doenças, como as relacionadas à pressão. Atualmente, estuda-se o seu potencial para a cura de certos tipos de câncer.



BEL, A CASCAVEL 
-Olá amiguinho! Sou Bel a cascavel. Uma serpente muito perigosa. Tenho um chocalho formado por anéis na ponta da cauda. Minha cor é castanha, sendo que a barriga é mais clara. Apresento “desenhos” de losangos escuros pelo corpo todo.
- Oi dona Bel! Porque a senhora faz esse barulho estranho? Chic..chic..chic.. Parece meu irmãozinho brincando no berço.
- Quando estou nervosa balanço a cauda. Meu guizo faz um som para avisar que vou atacar. Aí pode correr! Mas geralmente sou muito calma, lenta, fico quieta no meu canto. Somente se me perturbar vou atacar. Aí fico brava! Não me perturbe!
- Onde você mora?
- Moro em regiões secas e quentes com áreas pedregosas e arenosas. Gosto de tomar banho de sol. No inverno não gosto de sair de casa, sinto muito frio. Fico dormindo dentro da toca. Não gosto de viver no meio da floresta por causa da umidade e do frio.
- Sua toca deve ser grande, já que a senhora é enorme.
- Posso chegar a ter 2 metros. Porém gosto de ficar sempre enrolada para aquecer. Quando vou caçar estico o corpo e vou esguiando por entre as rochas até encontrar comida.
- O que a senhora come?
- Meu almoço preferido são os pequenos roedores.
- Você tem filho?
- Sim. Sou ovovivípara. Isto é, meus filhos nascem de ovos. Mas quando nascem ficam na minha barriga até completar o desenvolvimento. Depois deste período eu os deixo nascerem. Posso ter de 16 a 24 filhotes.
- A senhora é muito nervosa, nós vamos embora. Seu barulho faz medo.
- Cuidado amiguinho... Se me encontrar, vai embora... Deixa-me quietinha... Passa longe de mim. Chic...chic...chic...!



É claro que, quando se fala de CASCAVEL, logo nos lembramos daquele barulhinho pavoroso que ela faz com o chocalho na ponta de sua cauda. Esse som emitido por ela é um sinal de alerta altamente eficaz que sinaliza para os inimigos se manterem bem longe e evitarem confrontos, incluindo humanos.



CAIO, O JACARÉ
- Olá amiguinhos! Bom dia! Sou caio o jacaré.
- Bom dia! Que roupa é esta? Está indo pra festa?
- Minha roupa é uma placa muito dura.
- E este rabo comprido?
- É minha longa cauda, serve pra remar.
- Pra que esta boca tão grande, senhor Caio?
- Tenho mesmo um bocão, cheia de dentes afiados pra morder.
- O que você gosta de comer?
- Gosto de comer de tudo...
- Você é forte?
- Sim, sou grande e muito forte porque come de tudo.
- Você é rápido?
- Sim, muito rápido dentro e fora da água. Mas também gosto de ficar parado, quietinho. 
- Onde você mora?
- Moro nos rios e lagoas. Gosto muito de tomar banho!
- Senhor Caio, você fica só na água?
- Não. Também gosto de esquentar ao sol.
- Se você é forte, tem medo de quê?
- Tenho muito medo do caçador.
- Por quê?
- Porque ele gosta de fazer bolsa e sapato do meu couro.
- Há, há, há!
- Amiguinho você pode me ajudar?
-   Claro que posso senhor Caio, mas como?
- Peça aos caçadores que me deixem em paz. Não mais me matar.
- Tchau Caio. Está bem. Vou falar para todos os caçadores. E também para todo mundo não comprar seus sapatos e malas.
- Tchau amiguinho... Obrigado.


Você sabia que a sobrevivência das espécies de JACARÉS é essencial para a abundância de peixes e não proliferação de doenças? Sim! Apesar de ser um bicho perigoso, deixar que o jacaré viva e se reproduza é o melhor para o equilíbrio da vida de forma geral.





LUNNA, A TEIÚ
- Olá galera, podem se aproximar, vou me apresentar, não precisa assustar. Sou Lunna a teiú, um lagarto.
- Minha cabeça é comprida e pontiaguda, com mandíbulas fortes cheias de pequenos dentes pontiagudos. Da boca salta uma língua cor-de-rosa, bem comprida e bifurcada. Tenho uma cauda longa e arredondada. Minha pele é formada por escamas geralmente negra, com manchas e faixas brancas sobre a cabeça e pernas.
- Olá, dona Lunna, você parece com uma lagartixa que fica nos muros de minha casa.
- Oi amiguinho, sou réptil como minhas pequenas primas lagartixas. No entanto, posso crescer muito, até um metro e meio e pesar mais de cinco quilos.
- A senhora é grande e forte porque come muito?
- Sim. Sou gulosa, como de tudo, gosto muito de frutas, legumes, ovos, carnes.
- Minha mãe manda sempre comer de tudo para crescer forte.
- Isto mesmo, sua mãe está certa, por isto sou grande e forte.
- Dona Lunna teiú, você é perigosa?
- Sim, sou muito agressiva e voraz. Se mexer comigo, primeiro tento fugir, mas se me impedir, vou dar chicotadas violentas e fortes com minha cauda. Também posso te morder tão forte que pode quebrar os ossos de seus dedos.
- Onde você mora?
- Moro nas regiões do cerrado brasileiro, nas bordas de florestas tropicais e matas de galeria. Gosto muito de escalar pequenas árvores e rochas e de nadar, mas vivo no chão. Também gosto de banhar ao sol, em gramados, pedras e mesmo em árvores. No inverno durmo muito.
- Todo mundo é igual na sua família?
- Não. Meu marido é maior do que eu e tem uma papada grande. Meus filhos são esverdeados, à medida que crescem sua coloração muda, até ficar escuro quando adulto.
- Garotada, vou contar um segredo, mas não pode espalhar. Gosto muito de assaltar os galinheiros das fazendas, roubar ovos e pintinhos para alimentar.

- Como você é arteira. Parece meu irmão assaltando a geladeira de casa. Hahahaha!
- Eu tenho medo dos homens, eles são perigosos.
- Por quê? Mas você também é perigosa. Morde eles...
- Porque eles gostam de entrar nas matas para caçar e me aprisionar. Vender meus filhos como animal de estimação. Eu não sou um bichinho de pelúcia. Gosto mesmo é de ficar na mata, não dentro de sua casa.



Apesar dos TEIÚS terem sido domesticados, a agressividade pode se manifestar. As lesões podem ser sérias, sem contar o risco de infecção do local da ferida pelas bactérias contidas na boca destes animais. A única maneira de ter um “PET” Teiú hoje em dia é adquirindo-o de outro proprietário, fazendo a transferência da documentação do animal (nota fiscal, comprovação de origem e registro no IBAMA etc). De acordo com a lei vigente, o comércio do Teiú só poderia ser praticado diretamente pelos criadouros – que já não existem mais há alguns anos no país.


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