Uma equipe formada por três pesquisadores
brasileiros e um alemão conseguiu descobrir uma nova espécie de peixe na
Amazônia. Um peixe transparente denominado Cyanogaster noctivaga. Com dois centímetros de comprimento, o animal nunca havia sido identificado na literatura científica.
Em meados de novembro de 2011, uma expedição de 15 dias, na região do município de Santa Isabel do Rio Negro, a 846 quilômetros de Manaus, possibilitou a captura de um peixe transparente denominado Cyanogaster noctivaga. Com dois centímetros de comprimento, o animal nunca havia sido identificado na literatura científica, de acordo com a líder da expedição, a bióloga Manoela Marinho. O objetivo do grupo era capturar peixes de pequeno porte. Durante três turnos diários, os pesquisadores se deslocavam a diferentes áreas do Rio Negro, no município de Santa Isabel (AM). Marinho, que atua no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), contou que o tamanho, a cor e a transparência do pequeno peixe chamaram atenção. “Em diferentes momentos da expedição, a espécie nova só foi capturada à noite. Daí concluímos que se trata de um peixe de hábitos noturnos”. A denominação Cyanogaster noctivaga faz referência à coloração e aos hábitos do peixe. Enquanto o primeiro nome “Cyanogaster” significa “estômago azul”, “noctivaga” faz menção ao “vaguear noturno” da espécie. Para capturar um peixe com 2 centímetros de comprimento e corpo transparente, o quarteto coletou amostras em diferentes locais e habitats nos arredores de Santa Isabel. Segundo o alemão, uma noite os pesquisadores jogaram uma rede perto de uma praia rochosa e notaram um número de pequenos peixes transparentes nadando rápido. “A luz das nossas lanternas foi refletida pelos peixes e fez com que os seus corpos ganhassem uma cor azul brilhante. Naquele momento, vimos que tínhamos encontrado algo diferente”, lembrou.
Em meados de novembro de 2011, uma expedição de 15 dias, na região do município de Santa Isabel do Rio Negro, a 846 quilômetros de Manaus, possibilitou a captura de um peixe transparente denominado Cyanogaster noctivaga. Com dois centímetros de comprimento, o animal nunca havia sido identificado na literatura científica, de acordo com a líder da expedição, a bióloga Manoela Marinho. O objetivo do grupo era capturar peixes de pequeno porte. Durante três turnos diários, os pesquisadores se deslocavam a diferentes áreas do Rio Negro, no município de Santa Isabel (AM). Marinho, que atua no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), contou que o tamanho, a cor e a transparência do pequeno peixe chamaram atenção. “Em diferentes momentos da expedição, a espécie nova só foi capturada à noite. Daí concluímos que se trata de um peixe de hábitos noturnos”. A denominação Cyanogaster noctivaga faz referência à coloração e aos hábitos do peixe. Enquanto o primeiro nome “Cyanogaster” significa “estômago azul”, “noctivaga” faz menção ao “vaguear noturno” da espécie. Para capturar um peixe com 2 centímetros de comprimento e corpo transparente, o quarteto coletou amostras em diferentes locais e habitats nos arredores de Santa Isabel. Segundo o alemão, uma noite os pesquisadores jogaram uma rede perto de uma praia rochosa e notaram um número de pequenos peixes transparentes nadando rápido. “A luz das nossas lanternas foi refletida pelos peixes e fez com que os seus corpos ganhassem uma cor azul brilhante. Naquele momento, vimos que tínhamos encontrado algo diferente”, lembrou.
“O Cyanogaster é
extremamente frágil e morreu segundos depois de ser transferido para um tanque
específico para fotos.. E como uma descoberta desse porte influencia o
campo da ciência? Na opinião do pesquisador, a equipe conseguiu encontrar uma
nova peça no quebra-cabeça da evolução dos peixes. “Nós fornecemos uma
descrição detalhada da espécie, incluindo a sua anatomia, para usufruto de
todos os estudiosos dessa classe. Descobrir algo assim é emocionante, até pela
beleza e a sutil combinação do corpo transparente e do abdômen que reflete a
cor azul do Cyanogaster”. Já a bióloga Manoela Marinho considerou a
possibilidade de outras espécies de peixe de pequeno porte entrar em extinção
antes mesmo de serem descobertas. “A quantidade de peixes encontrada no Rio
Amazonas é única no mundo, e ainda há muito que descobrir. É importante que
essa biodiversidade seja conhecida e preservada, visto que o futuro do planeta
é extremamente dependente das relações humanas com o meio ambiente”, frisou.
Pesquisadores da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) descobriram uma nova espécie de peixe que mede 20,8 milímetros
e é natural da bacia do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Chamado de Hisonotus
bocaiuva, o animal foi descrito na última edição da revista científica
“Ichthyological Exploration of Freshwaters”, publicada em março. O peixe é pequeno em comparação com a maioria
das espécies da qual é “parente”, cujos tamanhos variam de 30 a 40 milímetros,
diz o pesquisador da Unesp Fábio Roxo, um dos autores do estudo. Uma das
características mais marcantes do peixe recém-descrito é a crista no topo da
cabeça. A crista foi uma das coisas que permitiu que os cientistas
diferenciassem a espécie de outras do mesmo gênero, explica Roxo. Cascudo –
A nova espécie pertence à família Loricariidae, cujos animais são chamados
popularmente de cascudos, diz o pesquisador. “Esta é uma das maiores famílias
de peixes e atualmente tem 862 espécies, sendo que nos últimos dez anos foram
descritas 192, um aumento de 22%”, ressalta.
O Hisonotus bocaiuva vive na vegetação
marginal de pequenos e grandes riachos, afirma o pesquisador. Exemplares do
peixe foram coletados na região da cidade mineira de Bocaiúva, por isso o nome
escolhido. As primeiras amostras foram encontradas em maio de 2010. Só agora,
no entanto, a nova espécie foi identificada e descrita pelos pesquisadores da
Unesp de Botucatu. Espécie abundante – “Acreditamos que seja uma espécie
de peixe abundante. Recentemente fizemos uma nova coleta em riachos do Rio São
Francisco e pegamos mais [exemplares] dessa espécie em outra localidade que não
está no trabalho”, informa Roxo. O pesquisador ressalta que ainda não há
informações sobre alimentação, comportamento e ecologia do peixe descoberto.
“Esse tipo de trabalho normalmente é feito posteriormente à descrição, uma vez
que só agora sabemos que a espécie é nova. Antes nem sabíamos que ela existia”,
diz Roxo. Outros exemplares de peixes coletados pela Unesp pertencentes à mesma
família podem ser descritos no futuro e dar origem a novas espécies. “O Rio São
Francisco é riquíssimo em número de espécies”, diz Roxo. “Só na nossa coleção
tenho mais duas espécies novas do gênero Hisonotus, do Rio São Francisco”,
esperando para serem identificadas, informa o pesquisador.
Fonte: Ambiente Brasil
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