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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O QUE FAZ O MEL SER 'ETERNO'

Ao longo da história, a humanidade já se alimentou, se banhou e até se tratou com mel, um dos poucos alimentos que se mantêm frescos mesmo após séculos ou mesmo milênios graças a uma composição química perfeita. O mel guardado de maneira apropriada dura por um tempo indefinido, e, se você encontra um pote em uma tumba no meio do nada, supostamente pode se lambuzar com ele.
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Como é possível?
A "magia" acontece por uma série de fatores que operam na mais perfeita harmonia. O mel é um açúcar, e os açúcares são higroscópicos. Isso significa que eles têm pouca água, mas podem absorver a umidade se expostos a ela. São raros os micro-organismos que podem sobreviver em um ambiente assim. Para que algo estrague, é preciso haver algo que gere esse processo - mas o mel é um "hospedeiro" ruim para eles, então, costumam se manter longe dele. Ao mesmo tempo, o mel é extremamente ácido. Seu pH fica entre 3 e 4,5 (7 seria neutro), e essa acidez mata micro-organismos. Quando as abelhas fazem o mel, elas coletam com o néctar das flores e, depois, o regurgitam no favo. Ao fazer isso, há uma mistura com uma enzima que elas têm no estômago, a glicose oxidase. O néctar se decompõe em ácido glucônico e peróxido de hidrogênio, a famosa água oxigenada, muitas vezes usada para limpar feridas por matar bactérias e que protege o mel de coisas que queiram "crescer" nele. Assim, esse "tesouro dourado" é eterno por ser extremamente doce e ácido, o que impede que qualquer bicho sobreviva - além disso, tem um antisséptico natural.

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