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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRA

Bacia hidrográfica, também chamada de bacia de drenagem, é uma porção da superfície terrestre banhada por um rio principal, ribeirões, riachos e córregos. Essas bacias são alimentadas pelas águas das chuvas, lençóis subterrâneos, etc.


Os limites entre as bacias hidrográficas, denominados divisores de água, encontram-se nos pontos mais elevados do relevo, sendo responsáveis pela separação das águas das diferentes bacias hidrográficas. Portanto, a delimitação de uma bacia hidrográfica tem como principal elemento o relevo da região, visto que a água segue um caminho de acordo com o desnível do terreno. Outras características dependem da vegetação do local, as rochas, o clima, a ocupação humana, as atividades econômicas, entre outros fatores. De acordo com o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), órgão responsável pelo planejamento e uso racional da água no país, o território brasileiro abriga 12 bacias hidrográficas, com destaque para a Bacia Amazônica, que é a maior do planeta. A análise e o conhecimento das bacias hidrográficas são de fundamental importância, pois a água é um recurso natural essencial para a manutenção da vida na Terra. As águas desses rios são utilizadas para o consumo humano, agricultura, produção industrial, etc. As bacias hidrográficas devem ser preservadas, garantindo, assim, água de boa qualidade para todos os seres vivos.



BACIA AMAZÔNICA
Ocupando uma área de aproximadamente 7 milhões de quilômetros quadrados, a Bacia Amazônica é a maior do planeta. Ela se estende sobre o Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela e Guiana. No Brasil, a Bacia Amazônica compreende uma área de 3,8 milhões de quilômetros quadrados, estando presente nos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará.  Sua vazão média responde por 73% do total brasileiro. Seu principal rio é o Amazonas, que nasce nos Andes peruanos com o nome de Vilcanota, e recebe depois a denominação de Ucayali. Ao adentrar no território do Brasil, no estado do Amazonas, passa a ser chamado de Solimões, até o encontro com o Rio Negro. Da nascente (no Peru) até a foz (no Oceano Atlântico), o Rio Amazonas percorre cerca de 7 mil quilômetros. O suave desnível do rio, de cerca de 65 metros, proporciona excelentes condições de navegação, com mais de 20 mil quilômetros de vias fluviais navegáveis.  Entretanto, alguns afluentes do Rio Amazonas são planálticos, apresentando desníveis maiores. Essa característica é propícia para a construção de hidrelétricas, mas esse potencial não é explorado de forma significativa. Entre os rios de grande importância da Bacia Amazônica estão o Javari, Juruá, Tapajós, Purus, Madeira, Içá, Negro, Paru, Trombetas, Iriri, Jari, Xingu, entre tantos outros. Esses rios fornecem água para uma população superior a 7,6 milhões de pessoas. Um dos fenômenos marcantes do Rio Amazonas é a pororoca, que consiste na formação de ondas oriundas do encontro das águas do rio com o Oceano Atlântico. A pororoca acontece principalmente no mês de outubro. A vegetação predominante ao longo dessa bacia é a floresta, com matas de várzea, abrigando uma enorme variedade de espécies animais e vegetais. Existem também áreas de cerrado e campos.

BACIA ATLÂNTICO NORDESTE OCIDENTAL
bacias é a Atlântico Nordeste Ocidental, que ocupa uma área de 254,1 mil quilômetros quadrados. Essa região hidrográfica está presente na porção oeste do Maranhão e no extremo leste do Pará. Entre os principais rios estão o Mearim, Turiaçu, Pindaré, Pericumã, Grajaú, Gurupi, Itapecuru, Munim, entre outros. A vazão média da bacia Atlântico Nordeste Ocidental é de 2.514 m³/s, respondendo por 1,6% do total do país. As águas dessa bacia são de fundamental importância para esses estados, sendo utilizada nas atividades agrícolas, na pecuária e para o consumo humano, atendendo a cerca de 5,3 milhões de pessoas. No entanto, a expansão da agricultura tem desencadeado alguns problemas nesses rios, tais como o assoreamento, retirada da mata ciliar (vegetação na margem dos rios) e a poluição causada pelo uso de agrotóxicos.

BACIA ATLÂNTICO NORDESTE ORIENTAL
Essa bacia possui extensão de 287,3 mil quilômetros quadrados, o equivalente a 3% da área total do Brasil.  Entre os rios que compõem a Bacia Atlântico Nordeste Oriental podemos destacar o Açu, Acaraú, Apodi, Capibaribe, Jaguaribe, Mamanguape, Uma, etc. Esses rios fornecem água para grandes capitais do Nordeste brasileiro: Recife, Fortaleza, Maceió, Natal e João Pessoa, além de cidades com grande concentração populacional, tais como Campina Grande e Caruaru. Cerca de 21,6 milhões de pessoas utilizam essas águas. A vegetação ao longo da bacia é bastante diversificada, apresentando áreas de mata atlântica, caatinga, cerrado, manguezais e vegetação costeira. No entanto, o intenso processo de desmatamento provocou a redução drástica desses biomas.

BACIA ATLÂNTICO LESTE
Uma delas é a Bacia Atlântico Leste, presente nos estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa bacia possui extensão de aproximadamente 374,7 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a 4% da área total do Brasil.  A vazão média dessa bacia é estimada em 1.400,43 m³/s, correspondendo a cerca de 1% do total do país. Os principais rios são o do Pardo, Salinas, Paraguaçu, Jequitinhonha, Vaza-Barris, Rio de Contas, abastecendo mais de 520 municípios e uma população de 14 milhões de pessoas. Essa região hidrográfica possui uma grande variedade de biomas, com destaque para a Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, além de manguezais e vegetação costeira. A ocupação humana e a realização de atividades econômicas têm provocado vários problemas de ordem socioambiental. A pecuária e a mineração são os grandes vilões desse processo. Os produtos químicos utilizados nessas atividades são os principais responsáveis pela poluição dos rios da Bacia Atlântico Leste.

BACIA ATLÂNTICO SUDESTE
Ocupando uma área de 229,9 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a aproximadamente 2,7% do território brasileiro, a Bacia do Atlântico Sudeste abrange porções dos territórios do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.  Os principais rios dessa bacia hidrográfica são o Paraíba do Sul e o Doce. Outros importantes rios que compõem essa região são Itapemirim, Itabapoana, Ribeira de Iguape, São Mateus, Santa Maria, entre outros. A vazão média da Bacia do Atlântico Sudeste corresponde a cerca de 2,1% do total do país. Esses rios abastecem mais de 25,5 milhões de pessoas, além de serem essenciais para a realização de atividades econômicas, tais como a agropecuária e a produção industrial.  Essa região apresenta grande concentração populacional e abriga grande parte das atividades econômicas do Brasil. Essas características fazem com que o consumo de água seja muito elevado. O grande problema é que a disponibilidade desse recurso é pequena para suprir a grande demanda. Entre os impactos ambientais registrados na Bacia do Atlântico Sudeste, podemos destacar a retirada da mata ciliar, a poluição dos rios, o assoreamento, a ocupação irregular do solo, etc.

BACIA ATLÂNTICO SUL
Abrange porções dos territórios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 185,8 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a aproximadamente 2% da área total do país. A maioria dos rios dessa bacia hidrográfica é de pequeno porte. Os rios mais extensos são o Itajaí, Jucuí e Vacacaí. O Jacuí, com extensão de 700 quilômetros, percorre o estado do Rio Grande do Sul, sendo que sua nascente está localizada em Passo Fundo. A vazão média anual da Bacia Atlântico Sul responde por 2,6% do total do país. Esses rios fornecem água para mais de 11,6 milhões de pessoas, além de serem de extrema importância para a realização de atividades econômicas, sobretudo a agricultura.No entanto, essas atividades têm provocado vários problemas ambientais, como a retirada da mata ciliar e a poluição dos rios, que ocorre principalmente através da extração de carvão mineral em alguns municípios de Santa Catarina.

BACIA PARNAÍBA
Presente nos estados do Piauí, extremo leste do Maranhão e na porção extremo oeste do Ceará, a Bacia do Parnaíba ocupa uma área de aproximadamente 334 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a cerca de 4% da área total do Brasil. A vazão média de água da Bacia do Parnaíba responde por apenas 0,5% do total do país. Portanto, a disponibilidade de água é relativamente pequena. Porém, é importante ressaltar que essa região possui grandes aquíferos (reservatórios de águas subterrâneas), que, se explorados, podem fornecer água para a população. O Parnaíba é o principal rio dessa bacia, com extensão de 1.400 quilômetros. Os maiores afluentes do Parnaíba são os rios Balsas, Poti, Portinho, Canindé, Piauí, Uruçuí-Preto, Gurgueia, Longá, entre outros. Esses rios fornecem água para uma população superior a 3,6 milhões de pessoas. Eles também são de fundamental importância para a realização de atividades econômicas, sobretudo para a agropecuária e a piscicultura (criação de peixes).  As vegetações predominantes na região da Bacia do Parnaíba são a mata de cocais e a caatinga. Entre os problemas ambientais detectados estão a poluição dos rios por agrotóxicos utilizados na agricultura.

BACIA SÃO FRANCISCO
Ocupando uma área de aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, a Bacia Hidrográfica do São Francisco é uma das mais importantes do Brasil. Ela abrange os estados de Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Goiás, além do Distrito Federal.  O principal rio é o São Francisco, carinhosamente conhecido como “Velho Chico”. Sua nascente está localizada na Serra da Canastra, em Minas Gerais.  Após percorrer cerca de 2.700 quilômetros no sentido sul-norte, atinge sua foz no Oceano Atlântico, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Outros rios de grande importância que compõem essa bacia são: Cariranha, Pardo, Grande, das Velhas, Paracatu, entre outros. Os rios da Bacia do São Francisco fornecem água para uma população de 13 milhões de pessoas. A vazão média anual representa 2% do total do país. A bacia do São Francisco, além de fornecer água para o consumo humano, é muito importante para o desenvolvimento econômico da região, sobretudo nas áreas de clima semiárido. Através de sistemas de irrigação, é possível realizar atividades agropecuárias, com destaque para a criação de gado e o cultivo de frutas. Seu potencial hidrelétrico também é aproveitado. Entre as usinas instaladas nessa bacia hidrográfica estão a de Sobradinho, Três Marias, Paulo Afonso, Moxotó, Itapirica, Xingó, etc.  Existe uma grande variedade de biomas nessa região: Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, além de ecossistemas costeiros e insulares. Contudo, a expansão das agropecuárias tem reduzido drasticamente a cobertura vegetal e desencadeado o assoreamento do Rio São Francisco.

BACIA TOCANTIS - ARAGUAIA
Ocupando uma área de 967 mil quilômetros quadrados (11% do território nacional), a Bacia do Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica exclusivamente brasileira. Ela está presente nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará e Maranhão, além do Distrito Federal. A vazão média corresponde a 9,6% do total do país. Os principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O Rio Tocantins, com 1.900 quilômetros de extensão, nasce no estado de Goiás, sendo que seu principal afluente é o Rio Araguaia, com 2.600 quilômetros de extensão. O Rio Araguaia, juntamente com o Javaés, envolve a maior ilha fluvial do mundo: a Ilha do Bananal, que tem 350 quilômetros de comprimento e 80 quilômetros de largura. os rios da Bacia Tocantins-Araguaia são de extrema importância para a população desses estados. Cerca de 8 milhões de pessoas residem na área dessa bacia. O potencial hidrelétrico é aproveitado através da construção de várias usinas hidrelétricas, como a da Serra da Mesa, Tucuruí, Canabrava, entre outras.A mineração e a agropecuária são as principais atividades responsáveis pela poluição dos rios da Bacia Tocantins-Araguaia. No Complexo Mineral de Carajás ocorre a extração de manganês, cobre, ouro, níquel, minério de ferro, etc. Os produtos químicos utilizados na mineração poluem os rios.

BACIA DO PARANÁ
Região Hidrográfica do Paraná  abrange uma Área Total de  879.860 km², 10% do território nacional. Compreende os estados de São Paulo (25%), Paraná (21%), Mato Grosso do Sul (20%), Minas Gerais (18%), Goiás (14%), Santa Catarina (1,5%), Distrito Federal (0,5%). Com  Densidade demográfica: 62,1 hab/km², bem maior que a densidade demográfica do
País (18,4 hab/km²). Usos Potenciais para Geração de Energia: A região
possui a maior capacidade instalada de energia do País. Navegação: Com relação à navegação fluvial, destaca-se a Hidrovia Tietê-Paraná que possibilita a navegação entre São Paulo, Goiás, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, em um total de 220 municípios, perfazendo cerca de 2.400 km de extensão. Esta hidrovia representa importante fator de estímulo à industrialização do interior do País e de integração com os Países do Mercosul. Pesca / Turismo e Lazer: A pesca esportiva, o turismo
e o lazer ocorrem principalmente nos reservatórios ao longo dos rios Tietê, Grande, Paranapanema e Paranaíba. O Rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas de grande importância também são seus afluentes e formadores como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros.

 BACIA DO URUGUAI
A Bacia do rio Uruguai  consiste no conjunto de todos os recursos hídricos convergindo para a área banhada pelo rio Uruguai e seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território brasileiro.  Tendo na sua origem o nome de Pelotas, na Serra Geral, a 65 km a oeste do Oceano Atlântico, este recebe posteriormente as águas do rio Canoas, passando então a ser denominado rio Uruguai. Este então tem sua foz na Bacia hidrográfica do Prata, ou Mar del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai. Formado então pelos rios Pelotas e Canoas, o rio Uruguai serve como divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esta é ainda responsável por delimitar a fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai e deságua no Oceano Atlântico após percorrer uma trajetória de 1400 km, fazendo com que este rio seja talvez o mais importante da hidrografia do sul do Brasil.

BACIA DO PARAGUAI
A Bacia do rio Paraguai consiste no conjunto de todos os recursos hídricos convergindo para a área banhada pelo rio Paraguai e seus afluentes. Esta é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro com 361.350 quilômetros quadrados. A área total da bacia é de 1.100.000 km² e abrange áreas dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul bem como três países vizinhos: Argentina, Paraguai e Bolívia.O rio Paraguai é o principal rio deste conjunto. Nasce em território brasileiro, nas Chapadas dos Parecis, no estado de Mato Grosso com o nome de “Paraguaizinho”, e em um de seus trechos mais ao sul serve de demarcador de fronteira com a Bolívia. Seu nome é de origem guarani, e significa “um grande rio”, e mais tarde o nome do rio batizou o país que hoje conhecemos como Paraguai. A foz do rio encontra-se no rio Paraná, sendo que a navegabilidade em suas águas é satisfatória próxima a Cáceres, Mato Grosso do Sul até a foz do rio Apa, delimitador da fronteira entre Brasil e Paraguai. É típica de planície apresentando grandes extensões para navegação.

BACIA PLATINA
A bacia Platina é formada pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai.. Ocupando uma área de aproximadamente 3,14 milhões de quilômetros quadrados, a bacia Platina é a segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul e a quarta maior do mundo. Os principais rios que compõem a bacia Platina são o Paraná, Paraguai e Uruguai, sendo que todos eles nascem em território brasileiro. Em seguida, esses rios banham outros três países sul-americanos: Paraguai, Uruguai e Argentina. O Rio Paraná possui extensão de 2.570 quilômetros, apresentando grande potencial hidrelétrico, com destaque para a usina hidrelétrica de Itaipu, construída em uma parceria entre Brasil e Paraguai. Existe também um projeto de construção de uma hidrovia.  O Rio Paraguai, de grande importância para a bacia Platina, nasce no Brasil e banha porções dos territórios do Paraguai e da Argentina. Possui trechos navegáveis e vários portos, como o de Assunção, no Paraguai. O outro grande rio dessa bacia hidrográfica é o Uruguai, que se forma da junção entre os rios Canoas e Pelotas e lança suas águas no Rio da Prata. Apresenta grande potencial hidrelétrico e trechos propícios à navegação. Os rios da bacia Platina são de fundamental importância, pois eles abastecem a região mais habitada e industrializada do Brasil, além de fornecerem água para outros três países da América do Sul.  Outros aspectos que merecem destaque são o potencial hidrelétrico desses rios, aproveitado através da construção de usinas hidrelétricas, e os trechos navegáveis, proporcionando o deslocamento de cargas entre as nações que integram o Mercosul (Mercado Comum do Sul).

fonte: r7.com./ brasil escola/escolakids/google/ 

Um comentário:

  1. meus trabalhos de geografia são sempre elaborados com este de referencia.. é top, é 10

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