Desmate na mata atlântica cai 58%; restam 7,9% da área original.Pela extensão que ocupa do território brasileiro, a Mata Atlântica apresenta um conjunto de ecossistemas com processos ecológicos interligados.
As formações do bioma são as florestas Ombrófila Densa, Ombrófila Mista (mata de araucárias), Estacional Semidecidual e Estacional Decidual e os ecossistemas associados como manguezais, restingas, brejos interioranos, campos de altitude e ilhas costeiras e oceânicas. Um exemplo da relação entre os ecossistemas é a conexão entre a restinga e a floresta, caracterizada pelo trânsito de animais, o fluxo de genes da fauna e flora, e as áreas onde os ambientes se encontram e vão gradativamente se transformando - a chamada transição ecológica. Porém todo este ecossistema corre sério perigo. Ações antrópicas estão destruindo esses processos ecológicos.
Além
do destaque para Minas (com 6.339 hectares a menos), há também a Bahia (4.493
hectares). O número total caiu 58% em relação ao levantamento de 2010, quando o
desmate atingiu 31,19 mil hectares.
A
queda foi mais acentuada no Sul e Sudeste do país. São Paulo, por exemplo, teve
216 hectares a menos de cobertura vegetal em 2011 – o que é metade do desmate
detectado no ano anterior.
Hoje,
a mata atlântica conta com apenas 7,9% da sua área original. Com otimismo, ou
seja, considerando resquícios isolados de mata atlântica com mais de três
hectares, o número chega a 13,32%.
Cinco
piores – Entre os cinco municípios que mais desmataram, três são de Minas
Gerais. Eles compõem o que os analistas chamaram de “Triângulo do Desmatamento”
(em alusão ao Triângulo Mineiro) e estão na região nordeste do Estado. Águas
Vermelhas, uma das pontas do triângulo, foi a recordista, com 1.367 hectares de
vegetação cortada.
Um
dos motivos que tem alimentado o desmate na região é a produção de carvão. Outro problema, é o fato de o Estado ter
retirado a proteção à chamada mata seca, uma das subdivisões da mata atlântica.
Isso teria aberto a porteira para mais desmates. O levantamento do atlas cobriu
93% da área do bioma (basicamente o que não estava coberto por nuvens).
Fonte:
Jornal Folha de SP
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