Pesquisar no blog

terça-feira, 17 de março de 2020

SAPOS QUE NÃO VIRAM PRÍNCIPES

Anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas) nem sempre são vistos com muita simpatia: comportamento este reforçado durante muito tempo - na Idade Média, por exemplo, estes eram associados à bruxaria. Além disso, o aspecto rugoso de algumas espécies de sapos, além do veneno que alguns possuem, faz com que esses indivíduos estejam bem longe de terem simpatia de parte considerável das pessoas.




Quanto ao veneno dos sapos, este nada mais é que uma defesa que algumas espécies da família Bufonidae possuem, armazenados nas glândulas paratoideas, sendo liberado apenas quando o animal se sente ameaçado, ou quando esta é pressionada. Assim, não há motivo para pânico - até porque, caso ocorra tal liberação, as chances de atingir seus olhos, ou mucosas, é quase nula. Entretanto, existem espécies de outras famílias, como a Dendrobatidae, que secretam veneno em sua pele. Estes, geralmente, apresentam coloração bem intensa, advertindo os predadores quanto a isso. Ao entrar em contato direto com algum, não há motivos para pânico: basta lavar as mãos e estará protegido.
Como são dependentes da água, já que sua pele é bastante permeável, a poluição interfere diretamente em suas populações: isso os faz serem considerados importantes bioindicadores, mas também permitem com que sejam ameaçados de forma drástica.

Abaixo uma lista de diferentes anuros, que você dificilmente vai avistar.

Este que é um dos menores representantes dos anfíbios. São encontrados apenas no Brasil. Sua espécie recebe o nome científico de Brachycephalus ephippium. São bastantes venenosos para se defenderem de seus predadores, já que este preguiçoso bichinho raramente pula e se movimenta de forma bem lenta. Bem nesse caso é melhor se garantir pelo veneno da pele mesmo. Conhecido internacionalmente como Pumpkin toadlet.

Esta simpática e minuscula rã tem um veneno de grande potência. Encontrados apenas na Costa Rica e como se pode ver pelas imagens cabem em uma pequena pétala de flor. É da espécie Oophaga granuliferus. O seu habitat natural é o bosque úmido tropical/subtropical.

O sapo da espécie Hyloscirtus princecharlesi pertence à família Hylidae e é encontrado somente no Equador. É uma espécie foi catalogada no ano 2012 e foi batizada em homenagem ao príncipe Charles do Reino Unido pelo seu “esforço” na “conservação” das florestas tropicais.

Encontrada em parte do Sul da Índia o sapo da espécie Rhacophorus lateralis corre grande risco de extinção e pode desaparecer nas próximas décadas. De coloração amarelada, possui algumas partes do corpo translúcidas.

Encontrado na África do Sul, Lesoto e na Suazilândia o sapo Weale’s Running Frog( sapo corrida )da espécie Semnodactylus weali. Vive desde pastagem até vegetação em pequenos arbustos, são adaptados em climas temperados e tem como principais habitats pântanos, marismas de água doce, nascentes de águas doces, mananciais, marismas intermitentes de água doce e em lagoas.

Phyllomedusa oreades é uma espécie de perereca (qualquer sapo que passa a maior parte de sua vida útil em árvores) da família Hylidae. É encontrada no Brasil. Os seus habitats naturais são: regiões subtropicais ou tropicais de matagal seco, planícies secas tropical ou subtropical, prados e rios. Também é conhecido como perereca-macaco.

O sapo Arlequim, tão e lindo e letal.  da espécie Atelopu varius, é encontrado nas florestas do Panamá e é também conhecido como sapo palhaço por causa de sua coloração. Infelizmente esse sapo corre perigo de se extinguir, na Costa Rica, onde muitos biólogos dizem que ele é natural de lá, já faz algum tempo em que ele não é mais avistado. Extremamente venenoso.

A rã de olhos vermelhos é uma espécie de perereca arborícola do gênero Agalychnis, pertencente à família Hylidae. Nativa das florestas tropicais da América Central, desde o sul do México até o norte da Colombia, e costumam viver próximas a rios e lagos. Alimentam-se de insetos e outros pequenos invertebrados.

O sapo-boi-indiano (Hoplobatrachus tigerinus), conhecido internacionalmente como Indian bullfrog, é um animal endêmico de regiões da Ásia, Paquistão, Afeganistão e Nepal. Apesar de ser conhecido mundialmente como “sapo”, o animal, na verdade, é uma grande rã. A característica mais marcante da espécie, e que a rende um status muito popular, é a capacidade dos machos de mudarem de cor na época da reprodução. Normalmente, os machos da espécie possuem tons de marrom.Além da mudança temporária para o amarelo, seu saco vocal fica com um tom forte de azul. As mudanças são para chamar a atenção da fêmea para o acasalamento.  

Este é com certeza um dos representantes mais curiosos dos anfíbios. A rã-de-vidro compõe a família Centrolenidae e corresponde a um grupo de rãs aborígenes encontrada nas florestas tropicais baixas do Novo Mundo. Este tipo de rãs possui as vísceras visíveis e qualquer pessoa consegue observar o coração bombear sangue para as artérias e a comida a movimentar-se pelo trato digestivo. A causa para esta transparência ainda é desconhecida, porém nem todas as espécies possuem a barriga transparente. Em algumas espécies é possível ver os ossos que são brancos ou verdes. O resto do corpo dela é verde claro, podendo ser uniforme ou com pintas amareladas ou esverdeadas.. Sua alimentação consiste de pequenos insetos como grilos e moscas e até mesmo minúsculas mariposas.

Rã Focinho de porco , ou sapo roxo-de-bhupathy (Nasikabatrachus bhupathi), O sapo tem a pele brilhante, com coloração roxa, auréolas azul-claro ao redor dos olhos e um focinho pontudo como o de um porco. A espécie peculiar vive embaixo da terra e sobe à superfície só para se acasalar. Eles preferem usar a comprida língua cilíndrica para capturar formigas e cupins embaixo do solo.

Sapo-de-musgo do Vietnã (Theloderma corticale), por viver em ambiente que tropical e úmido, este pequeno sapo desenvolveu uma fabulosa camuflagem em sua pele que lhe permite esconder-se quase totalmente de predadores e misturar-se com o ambiente de musgo circundante. Quando ameaçado, ele se enrola em uma bola e se finge de morto. Ele é encontrado no norte do Vietnã.

Ceratophrys cornuta é uma espécie de “sapo untanha” que ocorre na Floresta Amazônica. Também conhecido como sapo-de-chifre-da-Amazônia é um sapo volumoso, medindo até 20 centímetros e são encontrados na parte norte da América do Sul. Ele tem uma boca excepcionalmente grande, e tem projeções parecidas com chifre acima dos olhos. O sapo-untanha é glutão, possui uma boca grande, capaz de engolir animais de seu tamanho como outros sapos, lagartos e roedores. Os girinos desses sapos devoram uns aos outros (e girinos de outras espécies), logo depois de ser eclodidos. Habitam principalmente pântanos de água doce.  Estes sapos são tão ferozes, que chegam a ser temidos até por humanos! 

O Trachycephalus resinifictrix, na verdade trata-se de uma perereca da família Hylidae. Também conhecido como sapos do olho dourado ou sapo-leite-azul, o Sapo-de-leite da Amazônia , esta espécie ganhou seu nome devido a toxina que secreta quando é ameaçado. Ele vive perto de água parada na Amazônia. A espécie cresce entre 6,5 e 10 cm, sendo que as fêmeas são maiores que os machos. Eles são azuis apenas quando ainda filhotes. Quando crescem, mudam de cor.

Um comentário:

CAROS LEITORES, SEJAM BEM VINDOS!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...