Amazônia e cerrado, dois biomas brasileiros mais atingidos por queimadas no
inverno. Queimada é um erro. Apague essa ideia. Os impactos sobre a vegetação ainda provocam alterações no clima e põem em risco grande quantidade de espécies animais.
A estação da seca entre julho e setembro, aliada à formação de bolsões de calor nas regiões Norte e Centro-Oeste, favorecem a ocorrência de queimadas que prejudicam especialmente a flora e a fauna da Amazônia e do Cerrado.
Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que são as vegetações destes dois biomas as mais afetadas pelos incêndios florestais. A devastação das propriedades pela agricultura para renovação da pastagem e trocas de lavouras contribui para esse índice. Na região amazônica tem o desmatamento que é um problema famoso. O uso do fogo é para desmatar, o que acaba agravando o problema, assim como em grande área de Cerrado, afirmou. Os períodos acumulados de pouca chuva faz com que a vegetação fique mais seca, a menor disponibilidade de água, gera um maior potencial para as queimadas.
IMPACTO
O fogo que atinge essas regiões acaba por comprometer ainda a qualidade do solo, cujas camadas superiores perdem nutrientes e matéria orgânica e se tornam mais pobres e menos eficazes para plantações. O impacto sobre a vegetação provoca consequências também sobre o clima, já que com a diminuição da área plantada há a queda na umidade do ar e redução das chuvas. Quando chove, a água não infiltra e logo escorre para os rios levando a matéria orgânica da superfície do solo, o que gera o assoreamento. A degradação vegetal também põe em risco as espécies animais; Os incêndios têm alterado a vegetação e isso tira o habitat dos animais, reduz a oferta de alimentação e impacta na reprodução deles, porque não têm lugar para se procriar e alimentar os filhotes. Os mais vulneráveis ao fogo são os animais de pequeno porte, como mamíferos e cobras que se deslocam mais devagar. Essas áreas devastadas de florestas podem levar até cem anos para recuperar o ambiente que foi destruído pelas chamas. A vegetação cresce lentamente, mas há perda de espécies que não conseguem voltar.
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