Todo cuidado - com as espécies invasoras - é pouco! Muitos bichos e plantas nascem em um lugar mas acabam indo para outro. E, quando chegam em novas regiões, querem dominá-las e podem até levar as espécies nativas à extinção. Todos devem ficar atentos para não aumentar o problema.
São todos os exemplares animais e
vegetais que se desenvolveram e evoluíram num certo ambiente. A Mata Atlântica,
por exemplo, é composta por espécies que têm milhões de anos de evolução num
mesmo local, por isso, chegaram a um equilíbrio, ou seja, aprenderam a
compartilhar recursos disponíveis como espaço, água e nutrientes do solo.
Ninguém briga por causa disso.
Espécies exóticas (invasoras)
Funcionam de forma bem diferente.
Elas são naturais de uma região, mas passam a viver em outra por diversos
motivos e causam desequilíbrios e queda na biodiversidade.
O problema é que elas não vêm para conviver, mas para dominar.
Eles passam de um local para o outro principalmente por causa do comércio
global e do transporte de espécies de um canto para outro dentro do mesmo país.
Mesmo as espécies brasileiras podem causar problemas porque se tornam exóticas
quando não pertencem ao ambiente em que estão. É o caso do sagui, típico no
nordeste, mas que constitui população expressiva em São Paulo e no Rio de
Janeiro por causa do tráfico de animais. Os macaquinhos também são encontrados
em Florianópolis e Curitiba onde comem ovos, pássaros e destroem os ninhos,
além de se reproduzirem em grandes quantidades.
As plantas ornamentais, usadas
para enfeitar jardins e casas, representam boa parte desse movimento de seres
vivos que invadem novos ambientes: uma a cada quatro unidades é uma planta
ornamental que alguém achou bonito e resolveu levar para casa e cultivar ou
vender.
As espécies nativas são naturalmente suscetíveis a doenças locais e a outras condições que estabelecem equilíbrio. Por exemplo, se uma árvore produz muitas sementes, existem muitos bichinhos que as comem e mantêm tudo no devido lugar. O mesmo não acontece com o que é original de outros lugares e, ao chegar em ambientes novos e fazer dele sua nova casa, não tem inimigos naturais, por isso, cresce muito facilmente. Esses animais e plantas são considerados invasores porque se reproduzem mais do que as espécies nativas e são agressivos a ponto de expulsar essas espécies que estavam ali há muito tempo.
As espécies nativas são naturalmente suscetíveis a doenças locais e a outras condições que estabelecem equilíbrio. Por exemplo, se uma árvore produz muitas sementes, existem muitos bichinhos que as comem e mantêm tudo no devido lugar. O mesmo não acontece com o que é original de outros lugares e, ao chegar em ambientes novos e fazer dele sua nova casa, não tem inimigos naturais, por isso, cresce muito facilmente. Esses animais e plantas são considerados invasores porque se reproduzem mais do que as espécies nativas e são agressivos a ponto de expulsar essas espécies que estavam ali há muito tempo.
Mas não precisa pensar que os
tais invasores são bichos feiosos, com unhas afiadas e a cara de mau. É grande
a variedade que engloba até mesmo flores, cachorros e gatos fofinhos. Quando
seus donos não desistem de cuidar desses animais domésticos e os abandonam na
rua, eles passam a caçar lagartixas e passarinhos que vão desaparecendo do
local. E como ficam os outros bichos que também se alimentavam deles?
As pessoas nunca devem soltar animais de estimação na natureza. Eles devem ir para o zoológico, voltar para o pet shop ou serem doados para alguém que goste e cuide do bichinho, explica Sílvia. Uma espécie invasora bem comum é uma tartaruguinha conhecida como Tigre d’água (ela ilustra esta reportagem), natural dos Estados Unidos, mas muito encontrada por aqui. Em geral, ela é vendida bem pequena, com 5 centímetros, mas cresce, atinge cerca de 25 centímetros e não cabe mais no aquário. Aí as pessoas soltam o animal na água. “Trata-se de um grande competidor de espécies nativas que causa danos ao meio ambiente”.
As pessoas nunca devem soltar animais de estimação na natureza. Eles devem ir para o zoológico, voltar para o pet shop ou serem doados para alguém que goste e cuide do bichinho, explica Sílvia. Uma espécie invasora bem comum é uma tartaruguinha conhecida como Tigre d’água (ela ilustra esta reportagem), natural dos Estados Unidos, mas muito encontrada por aqui. Em geral, ela é vendida bem pequena, com 5 centímetros, mas cresce, atinge cerca de 25 centímetros e não cabe mais no aquário. Aí as pessoas soltam o animal na água. “Trata-se de um grande competidor de espécies nativas que causa danos ao meio ambiente”.
COMO VOCÊ PODE AJUDAR
O primeiro passo, que vem antes
da recomendação de não soltar os bichinhos na natureza e nas ruas, é escolher
melhor quais espécies serão introduzidas e disseminadas em determinada região.
Uma ferramenta que irá ajudar a combater esse problema está sendo desenvolvida
pelo Ministério do Meio Ambiente, uma análise de risco que será inserida em um
programa nacional para conter essas pragas.
Outras medidas são a educação e a
informação pública para as pessoas saberem que esses problemas existem e que a
grande contribuição é não ajudar a espalhar tais espécies em locais impróprios.
“Mesmo nos cursos de Biologia, os estudantes têm pouca informação sobre o
assunto. Então, muita gente acaba plantando coisa errada e devolvendo animais
para a natureza de maneira inadequada por falta de informação”, conta Sílvia.
De acordo com a pesquisadora, as espécies invasoras têm principal impacto negativo na biodiversidade, mas também prejudicam a saúde humana, a cultura e a economia.
De acordo com a pesquisadora, as espécies invasoras têm principal impacto negativo na biodiversidade, mas também prejudicam a saúde humana, a cultura e a economia.
http://planetasustentavel.abril.com.br
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