O país dos bichos. Um território imenso e condições naturais
favoráveis deram ao Brasil uma das biodiversidades mais ricas e cheias de
estilo do planeta
Asas abertas
Cerca de 17% das aves do globo terrestre
vivem no território brasileiro. Elas vão de passarinhos minúsculos até aves
como a biguatinga, que chega a 88 centímetros de tamanho e pode ser encontrada
em todo o país. Ela costuma utilizar o bico rápido para caçar insetos aquáticos
e crustáceos sem deixar o poleiro, mas também mergulha para perseguir peixes.
Com a barriga já cheia, sobe para o topo das árvores, onde passa um longo tempo
com as asas abertas, para se aquecer e secar as penas.
União no grito
Um dos papagaios mais vistosos da Amazônia,
o anacã ganhou esse nome por gritar algo parecido com isso enquanto voa. Na
verdade, é uma forma de chamar as outras aves de sua espécie e manter a
integridade do grupo, que varia entre cinco e uma dúzia de aves. Costuma voar
nas bordas das florestas tropicais, em velocidade muito maior que a dos outros
papagaios.
Por cima do problema
A preguiça real passa o tempo todo
pendurada em galhos de árvores. Não é para menos: se descer ao solo, conseguirá
andar apenas algumas centenas de metros e se tornará presa fácil de animais
carnívoros. Já no alto da floresta ela encontra as frutas, folhas e brotos de
que se alimenta. A habilidade vem de berço – os filhotes passam as primeiras semanas de vida agarrados à barriga
da mãe, disfarçados em meio ao pelo.
Perigo em cauda
A iguana, também conhecida como sinimbu,
vive em florestas úmidas ou áreas de caatinga e costuma se defender ferozmente
de quem tenta invadir seu território. Ataca com dentadas e com chicotadas da
enorme cauda, responsável por dois terços de seus mais de 2 metros de
comprimento. Consegue comer de tudo, de filhotes de animais a frutos, flores,
folhas e insetos.
Grande gato
A jaguatirica é o maior e mais ágil felino
do Brasil. Ela é capaz de pular dezenas de metros, atacar à noite com
habilidade e até subir em árvores para se defender ou para caçar pequenos
animais. Mesmo com tanta versatilidade, está ameaçada de extinção. Ela é alvo frequente
dos caçadores devido ao alto valor comercial de sua pele.
Beleza indigesta
As lagartas de borboleta do Parque Nacional
da Serra do Cipó, em Minas Gerais, aguardam a metamorfose em cachos como esse.
Elas seriam um prato cheio para as aves predadoras se não tivessem desenvolvido
um eficiente truque evolutivo: o gosto horrível. As cores fortes são alerta aos
predadores de que a comida ali não é grande coisa. Até hoje os cientistas não
conseguiram explicar como essa massa se transforma e sai voando.
Longa vida
O periquito da caatinga se adaptou com
grande estilo ao sertão árido de Canudos, na Bahia. Consegue chegar à
impressionante idade de 80 anos com alguns truques simples, como se alimentar
de frutas e cocos de vários tipos de palmeiras e usar o bico e as pernas curtas
para andar com agilidade pelos galhos. O grande problema para sua sobrevivência
é que os gritos que costuma dar atraem os caçadores.
FONTE: SUPERABRIL
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