Há vários bons motivos para conservar a biodiversidade. Uma parte desses motivos tem relação com a própria existência da biodiversidade e outros estão relacionados com a sobrevivência da nossa espécie. É difícil responder objetivamente à questão: "A biodiversidade tem um valor intrínseco?" Por outro lado, os motivos relacionados com o uso da biodiversidade e sua utilidade para humanidade encontram ecos mais facilmente. O comprometimento dos serviços ecológicos, principalmente em países como o nosso, resulta em aumento da exclusão social e econômica de uma parcela maior da população.
Por que é importante conservar a biodiversidade ?
Armadeira
Esta aranha da Floresta Amazônica é uma das muitas espécies
venenosas que vêm sendo estudadas. Segundo os pesquisadores da Universidade
Federal de Minas Gerais, o veneno da armadeira (Phoneutria nigriventer)
é a matéria-prima para a produção de um analgésico poderoso e que, quando
tiver sido transformado em medicamento, será mais valioso que o ouro. Um só
grama poderá ser exportado por até 4 000 dólares. E pensar que essa
espécie poderia ter sido extinta com as queimadas
Dourado
Desde o início da década de 90, quando a transparência das águas
dos rios Formoso e Prata foi descoberta, o ecoturismo passou a ser a principal
fonte de sustento da cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Em 2000, uma
pesquisa de opinião revelou que quase 70% dos 60 000 visitantes que a cidade
recebeu naquele ano foram atraídos pela possibilidade de nadar ao lado dos
peixes da região, como o dourado (Salminus maxillosus), o curimbatá
(Prochilodus lineatus) e a piraputanga (Brycon microlepis).
Ingrediente indispensável da culinária goiana, o pequi (Caryocar
brasiliense) pode ser servido com arroz, frango ou em forma de licor. Rico em
calorias, proteínas, vitaminas A e E, ele combate a desnutrição em áreas pobres
do Centro-Oeste e do Nordeste. Transformado em xarope, o óleo de castanha de
pequi ajuda a tratar bronquite e asma.
A lobeira (Solanum lycocarpum) é um arbusto de até 3
metros de altura, muito comum no Cerrado brasileiro. Além de ser o alimento
favorito do lobo-guará – daí o apelido –, está sendo pesquisada pela
Universidade Federal de Goiás por causa de suas propriedades terapêuticas. A
fruta contém alcalóides que combatem problemas pulmonares causados por fungos.
Além disso, é usada pelos nativos para tratar diabetes, gastrite, úlcera, ansiedade e prisão de ventre.
Andiroba
A andiroba (Carapa guianensis) começou a ficar conhecida quando a
Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, descobriu que o óleo dessa planta
amazônica espantava os mosquitos transmissores da dengue e da malária. As
sementes da andiroba também são usadas comercialmente em xampus e sabonetes,
graças à sua ação anti-inflamatória, capaz de operar maravilhas em peles
cobertas de espinhas.
Tartaruga-marinha
Graças aos ecologistas, a principal utilidade econômica da
tartaruga-marinha (Caretta caretta) já não é a extração de sua carne e
ovos, que quase provocaram sua extinção. Hoje, a venda de camisetas e a
cobrança de entrada nos núcleos do Projeto Tamar, como a Praia do Forte, ajudam
a sustentar as famílias dos pescadores que colaboram para a conservação da
espécie, além de trazer turistas para as praias visitadas.
A picada da cascavel (Crotalus durissus terrificus) é muito
dolorida, mas seu veneno pode ser transformado em analgésico, capaz de aliviar
a dor causada por tumores e processos inflamatórios. No entanto, ela não
é a única serpente a atrair a atenção dos cientistas.
As espécies deste gênero são as
maiores responsáveis por acidentes ofídicos nas Américas, assim como por
mortalidade. Com o veneno da Bothrops jararaca, o
Instituto Butantan desenvolveu um remédio contra a hipertensão arterial, o
Evasins,(captopril), um dos medicamentos mais utilizados para tratamento
de hipertensão.
Camu-camu
O gosto azedo do camu-camu (Myrciaria dubia) nunca fez muito sucesso.
Mas foi só descobrirem que a fruta concentra 70 vezes mais vitamina C que a
laranja para ela atrair a atenção de cientistas e consumidores. São 3
miligramas de vitamina para cada 100 gramas de fruta. Além disso, é rico
em flavonóides, substâncias que ajudam a evitar o câncer. Por isso, o camu-camu
já está sendo chamado de elixir da Floresta Amazônica.
Conus regius
O Conus regius é muito coletado na costa brasileira para ser
vendido como objeto de decoração. Se você topar com um deles, cuidado. Quando
incomodado, o molusco pode liberar um coquetel de neurotoxinas capaz de matar
um ser humano. A composição do veneno do bicho está sendo estudada no Instituto
de Biociências da Universidade de São Paulo. Acredita-se que ele contenha
substâncias úteis no tratamento da dor, do Mal de Alzheimer e da esquizofrenia.
Capivara
Nas décadas de 60 e 70, a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) foi
intensamente caçada no Pantanal. Hoje, ela é criada em fazendas do Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, sempre com autorização do Ibama. Além da carne,
muito saborosa, a pele desse roedor é elástica, resistente e suave,
perfeita para a fabricação de luvas e bolsas. Estima-se que cerca de 400 000
capivaras vivam livremente no Pantanal. E a caça continua proibida por lei...
fonte.
revista superinteressante
http://www.douradosnews.com.br/arquivo/por-que-conservar-a-biodiversidade-eac9e24491372219c4eec8e141cd6ceb
http://necbio.blogspot.com.br/2010/07/por-que-e-importante-conservar.html
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