Um dos países com maior disponibilidade de recursos hídricos do mundo, o Brasil tem problemas com seus indicadores de água. Abundância de recursos hídricos no país não garante acesso universal nem evita crises. Precisamos desatar nós na gestão e na interação com o meio ambiente para assegurar conservação.
Os rios são fontes de um dos recursos naturais indispensáveis aos seres vivos: a água.
Além disso, têm grande importância cultural, social, econômica, histórica. Milhares de espécies da flora e fauna, inclusive a espécie humana, consomem água de rios, que precisam ter uma qualidade adequada para os diversos usos. Dos rios provem grande parte da água consumida pela humanidade para beber, cozinhar, lavar, conservar alimentos, cultivar plantas, criar animais, navegação, dentre outros usos. A disponibilidade e uso de água potável, assim como a conservação de recursos hídricos, são chave para o bem-estar humano.
O que é a Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos?
É o ato administrativo mediante o qual o poder público outorgante (União, Estado ou Distrito Federal) faculta ao outorgado (requerente) o direito de uso de recursos hídricos, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato.
Por que a outorga é necessária?
A outorga é o instrumento pelo qual a Agência Nacional de Águas (ANA) faz o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água. Esse controle é necessário para evitar conflitos entre usuários de recursos hídricos e para assegurar-lhes o efetivo direito de acesso à água.
Por que a qualidade das águas é monitorada?
Para verificar se a água está apropriada aos diversos usos que dela fazemos, como consumo humano, irrigação, lazer, entre outros. Cada uso requer uma qualidade específica. Com o monitoramento, é possível saber se a água está adequada ao uso que será feito.
Quem usa mais?
De toda a água captada no Brasil, quase 70% são destinados à agricultura, e 20% destinadas a indústria, segundo informações da ANA. O país está entre os de maior área de irrigação do planeta. A água corresponde a cerca de 20% do custo total de produção na agricultura. Botar água na hora certa no lugar certo é muito caro. A estrutura de bombeamento, energia elétrica e equipamentos custa caro. Se uso mais água do que preciso, o custo aumenta.
Onde há mais atraso?
No setor de saneamento básico, os atrasos são marcantes e poluentes. Esse setor é hoje um dos grandes responsáveis pela má qualidade das águas. O custo da falta de saneamento é alto. Uma pesquisa feita pelo Trata Brasil mostrou que cidades com piores indicadores chegam a gastar cinco vezes mais com saúde. Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% do esgoto total é tratado, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O acesso à água tratada e à coleta e tratamento de esgoto no país é desigual. As áreas urbanas tendem a ter índices melhores, enquanto áreas irregulares e afastadas são mais prejudicadas. Além de políticas públicas que assegurem o atendimento, que é dificultado pela distribuição desequilibrada da água e da população no território brasileiro, outro imbróglio é a conservação do próprio recurso, que enfrenta desafios. Dessa forma, um grande volume de esgoto não coletado ou não tratado é despejado em corpos d'água, provocando problemas ambientais e de saúde.
Água e lucro
Cada vez mais cara, a água vai ficando menos disponível para o consumo. Até 2050, um terço da população mundial sofrerá com a escassez de água, projeta a ONU. Água é um bem. E tem um custo. Água não pode ser um bem trocado por interesses econômicos.
Desmatamento - Se plantar árvores, colhe-se água!
O desmatamento é um dos grandes problemas ecológicos que o país enfrenta. Há uma íntima relação entre menos vegetação natural e comprometimento de fontes d’água. Estudos mostram que a frequência de chuvas e a diminuição do volume de água em lençóis freáticos podem ser potencializados pelo desmatamento. Em 2017, o governo federal divulgou que o bioma CERRADO perdeu cerca de 9.500 quilômetros quadrados de vegetação em 2015. O volume é 52% maior do que o perdido pelo bioma da Amazônia. O Cerrado funciona como uma caixa d’água para as águas brasileiras. A água bate e é distribuída para o Brasil inteiro. Por isso, a escassez no local tem repercussão em todo o território nacional, e a preservação ganha mais importância. Por causa de sua posição estratégica na formação de bacias hidrográficas, vem sendo devastado pela expansão da fronteira agrícola. Qualquer alteração no Cerrado pode levar a uma degradação de inúmeras bacias hidrográficas de extrema relevância para obtenção de recursos hídricos brasileiros. As chuvas que se infiltram no solo são as de baixa intensidade e de tempo prolongado, eventos que estão ficando mais raros, em consequência as mudanças climáticas. Quando uma grande quantidade de chuva cai em um pouco tempo, há uma tendência ao escoamento superficial porque o solo atinge sua capacidade de saturação e para de absorver.
Após tragédia das barragens de contenção minerárias ocorridas em Minas gerais (Mariana e Brumadinho).
As águas do Rio Doce e do Rio Paraopeba, atingidas pela avalanche de lama causada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, respectivamente em Mariana e Brumadinho (MG), apresentam riscos à saúde humana, animal e ambiental, e não devem ser usadas para qualquer finalidade. Baseado nos resultados de monitoramento dos rios, por segurança à vida, os pesquisadores não indicam a utilização das águas para qualquer finalidade.
Quanto custa um rio?
Os decréscimos nos suprimentos de água potável estão comprometendo a saúde humana e a atividade econômica. a importância dos rios para a sustentabilidade da vida requer urgentemente a necessidade de um conjunto de ações para a sua conservação, melhoria e recuperação, visto que a maioria dos cursos de água no Brasil e no mundo encontram-se degradados.
- Vida - Os rios nos fornecem grande parte da água que consumimos, que usamos para produzir nossos alimentos, de que necessitamos para nossa higiene. Isso significa que quanto mais poluído o rio, menos utilidade ele tem.
- Irrigação - Os rios são muito importantes para a irrigação de terras em atividades agrícolas e para que a sustentabilidade da vegetação natural.
- Lazer - Os rios têm se prestado também ao lazer de muitas pessoas, possibilitando atividades como: nadar, pescar, velejar, dentre outras. Estas atividades também dependem da qualidade das águas dos rios.
- Paisagem rural e urbana - Os rios compõem paisagens rurais e urbanas, com seus leitos de larguras, extensões, volumes, movimentos e águas de cores diversas, refletindo e refratando a luz, que varia ao longo dos dias e das noites. Conforme as condições climáticas, a geomorfologia e tipo de vegetação influenciam o movimento de suas águas, sendo umas mais ligeiras e turbulentas, enquanto que outras mais lentas, calmas.
- Psicultura - Ou seja, o cultivo de peixes, é uma das atividades econômicas propiciadas pelos rios.
- Transporte hidroviário - Os rios foram e têm sido bastante utilizados para a o transporte hidroviário, tanto de mercadoria quanto de pessoas.
Sabe aquele papelzinho de bala jogado na rua? Aquele, que é “só” um papelzinho e “não vai dar em nada”? Então, imagine 7,3 bilhões de pessoas jogando esse mísero papelzinho na calçada. Quando falamos em rios limpos, é que a população também deve se conscientizar a começar a zelar pela manutenção e higiene da sua cidade. Muitas vezes vemos que as pessoas não cultivam o hábito de jogar o “lixo no lixo” e contribuem para que esse lixo acabe passando, direta ou indiretamente, pelos rios. Bons hábitos para manter a cidade limpa começam dentro do lar.
Um recente relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), denominado “Perspectivas do Meio Ambiente Mundial”, apresenta um quadro sombrio sobre as consequências para a sociedade, da degradação da qualidade ambiental planetária. Com relação a água, o relatório mostra que uma em cada três pessoas no mundo, cerca de 2,3 bilhões de habitantes, não tem acesso ao saneamento. Além disso, aponta que, desde o ano de 1990, está sendo observada uma significativa piora da qualidade da água em todo o planeta.
Geralmente os problemas ambientais têm uma abordagem setorial, contudo não devemos jamais esquecer que há uma relação indissociável entre eles. As alterações na atmosfera, por exemplo, têm uma relação direta com os problemas hídricos, pois ampliam os extremos climáticos. Chuvas mais intensas amplificam os problemas de erosão e ao mesmo tempo geram inundações catastróficas. A proteção de matas ciliares integra a preservação da biodiversidade com a manutenção da qualidade de água.
Referência
www3.ana.gov.br/portal/ANA
árvore ser tecnologico
www.dw.com/pt-br/
http://www.cuidedosrios.eco.br/importancia-dos-rios/
https://www.nexojornal.com.br/
https://www.ecodebate.com.br/
o brasil sempre vendeu tudo, o brasileiro não tem patriotismo, quer sempre tirar vantagem e nunca preocupar-se com o outro. a politica brasileira é suja, o supremo é sujo, os empresários são imundos. cada um rouba de sua maneira, vende-se igual uma puta, transforma-se em Geni quando vê um zepelim
ResponderExcluirO camarada esta revoltado com o Brasil, esqueceu de mencionar que após a ditadura o pais vive uma politica nefasta, com partidos políticos dirigidos por vampiros e sanguessugas. Partidos de esquerdas roubando e doando a riqueza nacional. O Brasil tem jeito? Sim, somente com um levante populacional apoiado pelos militares, sim eles mesmos, os militares. A todo momento a mídia traz atrocidades realizadas pelos poderosos no país. Só fechando o senado, o supremo, prender e decapitar todos os ladroes, e não fazer de conta que ocorre um julgamento fictício, com tantos meios de impedir a prisão e devolução do dinheiro usurpado.
ResponderExcluirbrasileiro vende tudo. se pagar bem leva até a mãe.
ResponderExcluirvende-se rio, montanha e honra
ResponderExcluirAqui tudo está a venda nada e dos brasileiros. Lampião q o diga revoltou com a roubalheira dos poderosos. Tornou-se um grande bandoleiro contra o poder centralizado.
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