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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

LIBÉLULA: DE MORTÍFERAS A SÍMBOLO DA TRANSMUTAÇÃO

As libélulas estão entre os insetos que mais fascinam e despertam a curiosidade dos seres humanos. Elas são protagonistas de numerosos mitos que há muitos séculos, habitam a imaginação popular. As libélulas são predadores carnívoros que exercem uma função vital no ecossistema. Afinal, ingerem grande número de mosquitos e evitam doenças como, dengue, febre amarela, malária e outras.



Nome Científico: Sympetrum sp 
Família: Libellulidae 
Ordem: Odonata

Habitat 
Tem ampla distribuição em várias partes do mundo. A grande maioria das espécies de libélulas é nativa de climas quentes, principalmente de regiões tropicais e subtropicais. No entanto, elas podem ser encontradas em todos os continentes, com exceção do Polo Norte e da Antártida. Além disso, o tempo que viveram em nosso planeta é uma prova de resistência e adaptação. Vive em rios, lagos, represas e até piscinas, desde que tenham água limpa.

Alimentação 
São predadores carnívoros muito eficazes, é capaz de comer 14% de seu peso em um único dia. Na existência submersa, a larva se alimentará de microcrustáceos, filhotes de peixes e outras larvas. Depois, já como libélula, de moscas, besouros, abelhas, vespas e até de outras libélulas. Mas sua vida não é fácil. Na condição de larva, tem que fugir de sapos, peixes e pássaros para sobreviver. Já com asas, na condição de inseto, os inimigos são outros: aranhas, louva-deuses e pássaros. 


Reprodução
A fecundação é um capítulo à parte. Pode variar de alguns minutos durante o voo ou até horas de um acasalamento pousado. O malabarismo de macho e fêmea para o ato forma a figura de um coração. Depois os ovos são depositados junto à água ou em alguma planta submersa. De duas a três semanas, surgem as larvas (ninfas).  As libélulas vivem uma grande parte de suas vidas perto da água e é aí que elas formam pares para se reproduzir. Em geral, os machos devem lutar entre si para “conquistar” a fêmea de um território. E depois de coroar-se como um “vencedor”, ele deve cuidar de sua parceira enquanto ela põe seus ovos na água. O ciclo de vida de toda libélula começa na água, na forma de uma ninfa aquática. Nesse período, elas respiram através de guelras e se alimentam de vermes e girinos. A duração da “fase de ninfa” varia de acordo com cada espécie de libélula, de algumas semanas a oito anos. Então, vem o momento de sua metamorfose. Depois de muitas mudanças de pele, elas alcançam a forma de inseto que adotarão ao longo de sua curta vida adulta. Para chegar a esse estágio, a libélula deve se livrar da máscara e das presas. A maioria das libélulas vive apenas algumas semanas.

Meio Ambiente
É um bioindicador, a presença de libélulas nas matas ou mesmo em ambientes urbanos normalmente está associada a um componente vital: água limpa. Como este recurso tem sido cada vez mais degradado, a ameaça à existência de muitas libélulas é quase fato consumado, embora estime-se que existam mais de 1.200 espécies no Brasil e 5.000 no mundo.  O papel que as libélulas desempenham em seu ecossistema ajuda muito os seres humanos. Uma diminuição na sua população seria um risco não só para o equilíbrio do seu habitat, mas também para a nossa saúde.  Elas ajudam a controlar a população de mosquitos e outras pragas. Podem ser pequenas, mas são exemplares caçadoras que se posicionam no topo da cadeia alimentar entre os insetos. Graças à sua notável agilidade e aos pelos de suas patas, elas pegam pequenos insetos durante o voo. 


Morfologia
São conhecidas mais de 5,5 mil espécies diferentes de libélulas. Além disso, estima-se que elas possam ter surgido pela primeira vez há mais de 300 milhões de anos. Isso significaria que são anteriores à civilização humana e mais antigas que os dinossauros. Insetos da ordem dos odonatos, eles se parecem a pequenos helicópteros em voos rasantes. Têm ainda duas subordens que os diferenciam visualmente falando: 
  • as zigópteras, chamada popularmente de “lavadeiras”, mais esguias; 
  • as anisópteras (ou cavalos-de-cão), que têm aparência mais atarracada e voa com maior exatidão do que a primeira. 
As libélulas são caracterizadas por seu abdômen fino e alongado, por seus grandes olhos globulares que quase não se tocam. Sua morfologia ocular lhes dá uma visão verdadeiramente privilegiada, cujo campo visual pode atingir 360 graus. Dono do maior olho proporcional do reino animal, ela usa-o como um radar.  Quando ninfa elas têm uma espécie de máscara com grandes presas para caçar. Outra curiosidade: a cor do corpo e da asa demora alguns dias para se fixar. Os matizes são de azuis, amarelos e vermelhos. Algumas espécies têm abdômen e asas transparentes. Possuem seis patas, cada uma delas coberta por minúsculos pelos, que lhes permitem capturar suas presas. Suas asas grandes e impressionantes, que são quatro ao todo, podem medir de dois a 19 centímetros, variando de acordo com a espécie. Chega a bater suas asas cerca de 50 vezes por segundo. Perto de abelhas (4 vezes) e mosquitos (até 8 vezes), pode-se dizer que ela é um ás neste quesito.

Origem do Nome
Seu nome mais comum pode derivar de algumas possibilidades: de líber (diminutivo de livro), que indicaria a semelhança de suas asas a um livro aberto, ou de libella (balança), numa provável referência ao movimento de suas asas, entre outras interpretações. 


Agilidade
Agilidade e resistência em voo. Elas têm pequenos anéis no abdômen, que as ajudam a impulsionar seu próprio corpo, ganhando força e velocidade quando se trata de voar. Chegam a percorrer 100 quilômetros num único dia, quando aproveitam para caçar durante o voo. Sua estrutura corporal leve e alongada, junto com suas quatro asas poderosas e seus anéis, permite que elas alcancem grandes velocidades. Uma libélula pode voar até a 80km/h, continuamente por horas sem diminuir a velocidade média de 60 km/h.  Além disso, elas podem decolar rapidamente sem precisar de nenhum impulso externo.

Conservação: Algumas espécies já estão ameaçadas.


Fatos sobre a libélulas
  • Seus olhos são incrivelmente avançados, podem ver em todas as direções.
  • Calculam a velocidade para matar presas.
  • Podem isolar suas presas dentro de um enxame.
  • Nunca param de comer.
  • Até mesmo os bebês(ninfas) são mortíferos.
  • Esmagam suas presas.
  • Forçam o acasalamento.
  • Podem manobrar suas asas independentemente.
  • São eficientes.

LIBÉLULA, O SIMBOLISMO
  • Seu voo e as cores que refletem em suas grandes asas geraram verdadeiro fascínio em muitas civilizações. Sua capacidade de sobreviver às transformações da vida é considerada uma inspiração para a existência humana.
  • Na tradicional cultura nativa do continente americano, a libélula é considerada um símbolo de transformação e renascimento, força e prosperidade. Portanto, elas são geralmente associadas à reencarnação e às almas dos mortos.
  • De acordo com os nativos americanos, a libélula era o símbolo de uma verdade oculta e o próprio inseto representava as almas dos mortos.
  • O povo birmanês costumava realizar regularmente o ritual de jogar libélulas nas águas que cercavam seus assentamentos. Atualmente, estima-se que a intenção era controlar a população de mosquitos e prevenir a disseminação de doenças como febre amarela ou malária. 
  • De acordo com algumas tradições, a libélula é o símbolo da transformação e das mudanças diárias, mas também da introspecção que ensina a ir além das aparências para procurar sua identidade. Na cultura europeia, a libélula é vista como um símbolo da liberdade, da paz e da busca da verdade.
  • Dada a transformação da larva à libélula, o inseto também representa a transição da infância para a idade adulta e, portanto, em certo sentido, da superação das ilusões e da aquisição da consciência e do equilíbrio.
  • No Oriente, a libélula simboliza sorte, harmonia e prosperidade. Os samurais tinham em seus capacetes a representação da libélula como esperança de vitória sobre o inimigo e como símbolo de força e coragem. E é esta a simbologia da libélula para os japoneses.
  • Vietnamitas associam o voo das libélulas à previsão de chuva.

Mas este inseto teria também significados negativos.

  • Por exemplo, em contos suecos, o diabo pesava a alma das pessoas usando uma libélula.
  • Para os noruegueses a libélula “fura olhos” e para os holandeses a libélula “morde cavalo”. Na Europa a libélula muitas vezes é associada às bruxas enviadas por Satanás para criar confusão, e muitas vezes é chamada de "cortadoras de orelhas” ou “agulhas do diabo" por causa do seu corpo fino e longo. 
  • Acredita-se que usar um pingente de libélula significa que está em curso uma mudança em sua vida ou que você está procurando seu próprio equilíbrio e controle mental.
Em resumo, o simbolismo da libélula varia entre significados positivos, como transformação, vitória, força, equilíbrio e criatividade, e negativos, como dúvidas, confusão e amizades ambíguas.

LIBÉLULA, A LENDA
Este inseto está frequentemente associado à transformação. Diz a lenda que a libélula era um dragão muito sábio que, durante a noite, difundia a luz com sua própria respiração de fogo. Sua respiração teria criado a arte da magia e da ilusão. Um dia, no entanto, o dragão acabou sendo um prisioneiro de sua própria magia: para enganar um coiote se transformou em uma libélula, mas, ao fazê-lo, acabou ficando preso no novo corpo, perdendo todo o seu poder.


Para saber mais clique ASSASSINAS MORTAIS


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