Que os
últimos exemplares de onça-pintada e urso-panda estão sumindo aos poucos
do mapa, todo mundo já sabe. Mas com tanta espécie no reino animal, já
era de se esperar que houvesse dúzias de bichos ameaçados de extinção
dos quais você ainda não tinha ouvido falar. Você
conhece hoje alguns desses animais antes que eles sumam de vez?
Dugongo
Parente do peixe-boi e da vaca-marinha, este mamífero herbívoro se
alimenta de algas marinhas que crescem no fundo do mar. Possui uma
“tromba”, que na verdade é uma boca muito flexível que permite que o
dugongo nade olhando para frente enquanto come a sua graminha. Esses
animais se espalhavam pelos oceanos Pacífico e Índico, sempre perto da
costa, mas agora sua presença se restringe a locais perto da Austrália –
a Grande Barreira de Corais e o Estreito de Torres. Esta espécie está ameaçada por causa de sua carne e seu óleo. Seu parente mais próximo era o
Dugongo de Steller, que foi extinto no século XVIII.
Axolote
Atenção, este animal não é um pokémon! É um tipo de
salamandra aquática bonitinha e sorridente. Além de ser megafofo, o
axolote tem uma capacidade de regeneração digna de um X-men: quando ele
se machuca ou perde alguma parte do seu corpo que não seja vital (uma
patinha, por exemplo), ele para de sangrar em poucos segundos e a parte
perdida volta a crescer super rápido. Seu único habitat são os lagos
próximos à Cidade do México e eles estão sendo dizimados ainda bebês
(ok, girinos) por espécies introduzidas nos lagos, como a carpa asiática
e a tilápia africana. A poluição dos lagos, assim como sua drenagem,
também têm ameaçado seriamente a espécie.
Bicho-preguiça
Este animal você com certeza já conhece. A preguiça é da mesma família dos tamanduás e dos tatus, mas ao contrário de seus irmãos, ela curte mesmo o topo de uma árvore. É por lá que ela faz de tudo: se alimenta, reproduz, cuida dos filhotes e dorme 14 horas por dia! Natural da América, é encontrada em florestas tropicais da América Central até o norte da Argentina. Ainda que sejam animais muito lentos no geral, as preguiças são exímias nadadoras. Atualmente, seu maior predador é o homem, que os caça e vende como animais de estimação – o bicho preguiça tem metabolismo lento e não consegue combater doenças comuns do meio urbano, por isso, descarte-a como animal de estimação! A destruição das florestas também ameaça a sua existência.
Sapo Roxo
Esse sapo é um dos mais raros do mundo! Sua espécie só foi descoberta em 2003 no sul da Índia. Muito reclusos, eles só passam 2 semanas por ano ao ar livre, durante as monções, para procriarem. Os sapos roxos passam o resto do tempo comendo cupins, enterrados em buracos a mais de 3 metros abaixo da superfície. Este sapo também é considerado um fóssil vivo, pois sua origem remonta à época em que as ilhas Seichelles, Madagascar e Índia ainda eram uma grande massa de terra – há 100 milhões de anos!
Salamandra gigante da China
A maior espécie de salamandra do mundo é essencialmente aquática e
tem o metabolismo muito lento, podendo ficar semanas sem se alimentar.
Caçada para servir como animal de estimação (!) e por causa de sua
carne, esta salamandra também corre perigo de extinção por causa do uso
de pesticidas, da construção de barragens e da destruição de florestas
na China.
Caranguejo-do-coqueiro
Também conhecido como “ladrão-de-coco”, esse caranguejo enorme se
alimenta de cocos e vive pelos coqueiros em ilhas tropicais do Oceano
Pacífico e Índico. Ele não é exatamente um animal ameaçado de extinção.
Mas como as ilhas vulcânicas onde ele vive estão sendo constantemente
devastadas (e podem vir a sumir do mapa caso as calotas polares derretam
de verdade), incluimos os caranguejos-do-coqueiro nesta lista.
Perereca de vidro
Não é uma ilusão de ótica. A pele abdominal dessa perereca é mesmo
transparente. Ela vive em florestas tropicais na América Central e
também na Amazônia e no Pantanal. As pererecas de vidro vivem em árvores,
por isso a devastação das florestas significa também o fim dessa espécie
tão legal.
Ornitorrinco
Uma das únicas duas espécies remanescentes de mamíferos que botam
ovos no mundo, o ornitorrinco é bizarrinho por ter bico de pato e cauda
de castor. A fêmea não possui mamas – os filhotes lambem o leite direto
de seus poros no abdômen. Os machos possuem esporões venenosos nas
quatro patas. Natural da Austrália, o ornitorrinco é encontrado próximo à
costa leste do continente. Está ameaçado de extinção por causa da
destruição de seu habitat natural. Ainda que seja uma espécie protegida,
são comuns casos de afogamento de ornitorrincos em redes de pesca nos
rios.
Équidna
A outra espécie de mamífero que bota ovos é a équidna. Olhando de
longe, ela bem parece um ouriço terreste, mas quem jogava os joguinhos
do personagem Knuckles, da série Sonic, conhece bem este bicho. Assim
como o tamanduá, as equidnas possuem um focinho longo, uma língua
pegajosa e se alimentam de formigas e cupins. Os machos da espécie têm
um pênis de quatro cabeças (!) e a fêmea tem duas “entradas”. Durante a
cópula, duas das cabeças “fecham” e as outras duas “fazem o trabalho” e
liberam sêmen. A espécie é encontrada na Nova Guiné e na Austrália.
Tamboril
Este peixe monstruoso e geralmente bioluminescente vive no fundo dos
oceanos. A fêmea é que é a dona da parada. Ela é 20 vezes maior que o
macho e caça utilizando um ou mais filamentos que saem de sua cabeça e
que brilham, atraindo peixes incautos que são engolidos inteiros. Já o
macho fica “grudado” à fêmea, que vai se alimentando lentamente dele até
que ela consegue seu esperma e o mata de vez. Os machos nascem com um
sentido de olfato muito apurado e só vivem para encontrar a fêmea e
grudar nela.
Proteus
Este anfíbio vive em cavernas no Leste Europeu. Ele é cego, tem uma
pele similar à humana, vive até 100 anos de idade e pode ficar até 10
anos sem se alimentar! A destruição das cavernas e o seu uso como
“depósitos de lixo” ameaçam essa espécie. Na Croácia, muitas cavernas em
bom estado de conservação estão para ser inundadas e darão espaço a
usinas hidrelétricas, destruindo os proteus e outras espécies do meio.
Lagartos lésbicas
A espécie Cnemidophorus uniparens só possui exemplares
fêmeas. Essas lagartas “forçadamente lésbicas” se reproduzem por
partenogênese, ou seja, pela produção de ovos sem fecundação, só com os
genes da mãe. Ainda sim, essas lagartas se reproduzem melhor quando
possuem parceiras. Uma delas sobre na outra, morde seu pescoço, arranha,
se enrosca na outra (oi, sexo) e faz com que a fêmea “passiva” gere
mais ovos do que se fizesse o processo sozinha. Mistérios do mundo
animal. Elas vivem no deserto dos EUA e são ameaçadas pela degradação do
ambiente, poluição e expansão das cidades.
sapo que faz “quack”
fonte:http://super.abril.com.br/ wikipedia / pinterest.com
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