As histórias criadas por Monteiro Lobato, que publicou o primeiro livro da série em 1920. Em 1977 virou um série de televisão dirigida especialmente ao público infantil, produzida pela Rede Globo. As aventuras se passam no Sítio do Pica-pau Amarelo, onde diversos personagens vivem histórias mágicas, protagonizando aventuras inesquecíveis.
A Série
A série foi uma adaptação de Paulo Afonso Grisolli e Wilson Rocha da obra homônima de Monteiro Lobato, uma das mais originais da literatura infanto-juvenil brasileira. Com direção de Geraldo Casé e supervisão de Edwaldo Pacote.
Dirigido especialmente ao público infantil, o programa unia entretenimento a um conteúdo de informação e instrução, sem adotar uma linguagem didática. Os capítulos tinham cerca de 30 minutos de duração e procuravam recriar a obra de Monteiro Lobato, adaptando-a para o formato da televisão.
A série, que estreou no dia 7 de março de 1977, procurou conservar o conteúdo rural, característica da produção de Monteiro Lobato, permitindo criar uma ligação maior das crianças com a natureza. Assim como tiveram a preocupação de respeitar a obra de Monteiro Lobato, os autores procuraram aproximar o programa da realidade e linguagem da época, não esquecendo as diferenças entre o Brasil de 1977 e o da década de 1930. Era preciso manter o aspecto rural, sem esquecer a grande parcela da população infantil das cidades grandes, para quem a informação sobre o meio urbano também era importante. Para isso, o personagem Pedrinho tornou-se a ligação do sítio com a cidade.
Como exemplo de preocupação com a atualidade dos episódios, o diretor Geraldo Casé conta que colocou um aparelho de televisão na sala de Dona Benta, embora nem sempre fosse ligado. Apesar dessas medidas, o programa procurava ser atemporal. Houve ainda a preocupação de não urbanizar demais a parte rural, para não se perder o contraste vivido por uma criança que sai do centro urbano e vai para um sítio.
A Produção
O Centro Brasileiro de Televisão Educativa (TVE), com apoio financeiro do então Ministério de Educação e Cultura (MEC) e apoio material da Rede Globo – Rio de Janeiro, realizou o projeto de veicular novamente o programa Sítio do Pica pau Amarelo. A única condição exigida pela Rede Globo é que o seriado fosse primeiramente exibido por ela. A princípio, o idealizador do programa, Geraldo Casé, apresentou uma série com apenas uma semana de duração. Mais tarde, a pedido do então diretor geral da Rede Globo, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, continuou a ser transmitido por mais nove anos.
Foi um dos mais bem produzidos programas infantis para a tevê do mundo, feito com uma riqueza de detalhes, partindo da elaboração das histórias que eram selecionadas por roteiristas como: Benedito Ruy Barbosa, Marcos Rey, Wilson Cunha e Sylvan Paezo e supervisionado por uma equipe de psicólogos e pedagogos. Entre as tramas do Sítio do Pica-pau Amarelo as crianças tinham lendas, fadas e bruxas, tudo com um jeito puro e fantasioso.
A escolha do elenco era rigorosa e após diversos testes foram escolhidos atores extremamente competentes como Zilka Sababerry, Dirce Migliaccio, Jaci Campos; Júlio César, Rosana Garcia, André Valli, Nelson Camargo, Ari Coslov entre outros.
Os cenários foram criados por Arlindo Rodrigues e locações eram especiais, até um sítio foi construído em Barra de Guaratiba, tudo para criar uma imagem bem brasileira, e que Monteiro Lobato sempre valorizou nos seus 23 livros de literatura infantil. Os episódios eram rodados quase sempre em três cenários: A casa da Dona Benta, um lugar aconchegante com cherinho de família; a casa dos empregados do Sítio, um lugarzinho muito humilde e pouco arrumado e a Floresta, onde tínhamos a caverna tenebrosa da Cuca.
Técnicas de efeitos especiais foram utilizadas pela produção do Sítio do picapau amarelo, como o chromakey – recurso que permite que a imagem captada por uma câmera possa ser inserida sobre outra, criando-se a impressão de primeiro plano e fundo. Assim, podiam aparecer na tela personagens de tamanhos diferentes.
Em janeiro de 1978, depois de quase um ano vivendo a personagem Emília, Dirce Migliaccio foi substituída por Reny de Oliveira, que interpretou a boneca até 1983. Ainda em 1978, Stela Freitas passou a interpretar a Cuca, no lugar de Dorinha Duval.
Júlio César e Rosana Garcia deixaram o elenco do programa na última história levada ao ar em 1980 – que teve 30 capítulos e se chamou A máscara do futuro. Os dois estavam muito crescidos para os papéis de Pedrinho e Narizinho. Para escolher seus substitutos, a Rede Globo promoveu uma campanha e recebeu cerca de 7.000 cartas de crianças de todo o país. Depois de dezenas de entrevistas e testes, Daniele Cristina Rodrigues e Marcelo José Patelli foram os escolhidos e, no ano seguinte, já integravam o elenco da série.
Em 1981, Catarina Abdala substituiu Stela Freitas no papel de Cuca, personagem que interpretou até 1986, quando o seriado infantil saiu do ar. Também em 1981, Fabio Sabag passou a dirigir o programa, que permaneceu sob a direção geral de Geraldo Casé.
Em 1983, no sexto ano de existência do Sítio do picapau amarelo, a direção era de Fabio Sabag e Roberto Vignatti, com texto de Wilson Rocha, Sylvan Paezzo e Marcos Rey. A grande novidade daquele ano foi a entrada de Suzana Abranches para viver Emília e de Izabela Bicalho como Narizinho. Nessa época, retomavam-se as histórias de no mínimo 20 capítulos.
No oitavo ano de existência, foram feitas poucas modificações no programa. A partir de 19 de março de 1984, o horário foi alterado e o infantil passou a ser exibido às 16h45. Outra novidade foi a reprise dos capítulos na parte da manhã, às 8h, que começaram a ser exibidos em 26 de março. O objetivo da mudança era ampliar o público espectador, e atingir não só a faixa infantil, mas também adolescentes e adultos. Outra modificação da época diz respeito ao processo de gravação. Realizaram-se mudanças para que as histórias pudessem ser totalmente gravadas na locação fixa do Sítio, com todos os interiores e exteriores.
Em 1985, segundo o diretor geral Geraldo Casé, o Sítio do picapau amarelo apresentou uma proposta de modernização, passando a usar códigos cotidianos das crianças daquele tempo, atualizando-se a linguagem e transformando-se o programa numa atração contemporânea. O objetivo era aproximar a série da realidade das crianças que assistiam ao programa. Ao lado de Fabio Sabag, também dirigiam o Sítio Gracindo Júnior e Hamilton Vaz Pereira. Os jovens Daniel Lobo (Pedrinho) e Gabriela Senra (Narizinho) entraram para o elenco fixo.
A última história inédita do Sítio do picapau amarelo foi exibida em 20 capítulos, em janeiro de 1986. O tema escolhido para o programa, chamado A trilha das araras, foi a ecologia, e teve direção geral de Geraldo Casé, com texto e direção de Fabio Sabag, produção educacional de Maria Tereza Sá Martins e direção de produção de Ruy Mattos.
A História
A História
No sítio, moram a esperta e sábia Dona Benta (Zilka Sallaberry); sua neta Lúcia, mais conhecida como Narizinho (Rosana Garcia/Daniele Cristina Rodrigues), e a cozinheira Tia Nastácia(Jacyra Sampaio), uma quituteira de mão-cheia. Faceira e cheia de sonhos, Narizinho tem como sua parceira fiel na hora da diversão a boneca de pano Emília (Dirce Migliaccio/Reny Oliveira), feita por Tia Nastácia. Tia Nastácia é o braço direito de Dona Benta. Conhecida por suas irresistíveis guloseimas, adora contar um causo e falar sobre suas experiências pessoais.
A doce Narizinho cria um mundo de fantasias onde brinca, aprende e se diverte. Durante uma de suas aventuras pelo Reino das Águas Claras, a boneca Emília toma uma pílula e começa a falar, transformando-se numa boneca esperta e cheia de idéias, que quer saber todos os 'porquês' da vida. Meio boneca, meio gente, Emília é tagarela e cheia de personalidade e sempre encontra a forma ideal para solucionar os problemas que aparecem em seu caminho.
Durante as férias escolares, a rotina de Narizinho muda inteiramente. Seu primo Pedrinho (Júlio Cezar/Marcelo José Patelli), que estuda na cidade onde vive com sua mãe, vai para o sítio, e os dois encaram aventuras ainda mais incríveis. Além deles, outros personagens que habitam o sítio e os acompanham em suas peripécias são o irreverente Saci Pererê, a malvada Cuca (Dorinha Duval/Stella Freitas) e o atrapalhado Visconde de Sabugosa (André Valli), este último feito por Tia Nastácia, que usou uma espiga de milho velha para criar um amigo para Pedrinho. Por ter sido esquecido por um bom tempo no meio dos livros, o Visconde adquire uma admirável sabedoria e torna-se intelectual e cientista. Sábio e desenvolto, ele tem algumas dificuldades para lidar com a realidade cotidiana. Já a assustadora Cuca quer sempre atrapalhar a felicidade das crianças. Nesse universo que mistura fantasia e realidade Narizinho e Pedrinho se divertem, aproveitando a infância. Alguns episódios levados ao ar no primeiro ano de exibição do programa foram A Cuca vai pegar, João faz de conta e O terrível pássaro roca. Para conhecer os personagens clique AQUI
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Rios de prata piratas
Voo sideral na mata
Universo paralelo
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Rios de prata piratas
Voo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
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