O planeta Terra pode não ter um lagarto gigante de chifres, cauda pontuda e que solta fogo pela boca, principais inimigos dos príncipes dos contos de fada. Mas na vida real os dragões não sequestram princesas e muito menos destroem cidades. Mas sim, eles podem ser perigosos. Alguns dragões existem, sim. E podem até voar...
DRAGÃO-DE-KOMODO
Se para você, dragões são répteis gigantes com uma mordida fatal, o dragão de Komodo (Varanus komodensis) é o ser vivo que mais chega perto dessa descrição. Com até 3 metros de comprimento e pesando até 70 quilos, trata-se do maior lagarto do mundo. Ele não solta fogo, mas pode matar porcos, veados e até búfalos com o que sai de sua boca. Em 2009, cientistas descobriram que o animal tem uma saliva altamente venenosa que encharca as feridas que ele inflige com seus dentes afiados. O réptil foi batizado de dragão pelo aventureiro americano W. Douglas Burden, que partiu para as Pequenas Ilhas da Sonda, na Indonésia, em busca de lagartos gigantes e se deparou com esta temível criatura.
Nativa da Indonésia e da Malásia, mas também avistada na Tailândia e em Mianmar, esta misteriosa espécie (Xenodermus javanicus) foi assim chamada por causa de suas escamas. Xenodermus significa "pele estranha" e se refere às fileiras de escamas rugosas e negras que correm como cordilheiras pelo corpo da serpente. Uma cobra como esta chega a medir 60 centímetros, e as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. Ela tem hábitos noturnos e se alimenta essencialmente de sapos.
DRAGÃO-BARBUDO
O dragão-barbudo (do gênero Pogona) é um dos animais de estimação mais populares em todo o mundo. As oito espécies do gênero vêm todas da Austrália Central. Esses lagartos estufam suas gargantas para criar um imponente semi-círculo cheio de escamas pontiagudas. Essa "barba" se torna negra durante o acasalamento e em momentos de estresse. Em 2014, cientistas descobriram que o dragão-barbudo também muda de tonalidade de acordo com seu ritmo circadiano: ele começa o dia mais escuro e vai ficando mais claro progressivamente, adotando uma cor creme à noite. Essas mudanças o ajudam a absorver calor durante o dia e a se manter aquecido à noite.
As lacraias ficam no espectro de menor porte da escala de dragões da vida real. Podem ser encontradas em todo o Sudeste Asiático, e foram batizadas como dragões por causa de suas elaboradas protusões pontudas que servem para proteger suas inúmeras patas. Uma das espécies mais surpreendentes foi a lacraia-dragão rosa-choque (Desmoxytes purpurosea), descoberta em 2007 vivendo em uma caverna de calcário, entre serrapilheiras, na Tailândia. Com 3 centímetros de comprimento, é uma das maiores lacraias-dragão do mundo. Além da cor berrante, sua principal característica é exalar um cheiro de amêndoas – o que significa que elas produzem o altamente tóxico cianureto de hidrogênio em suas glândulas. Outras espécies de lacraias-dragão também foram encontradas recentemente no Laos, nas Filipinas e no sul da China.
Aqueles que acreditam que dragões deveriam voar vão ficar contentes em saber da existência do gênero Draco. Trata-se de um grupo de répteis que pode genuinamente planar no ar, uma adaptação que os ajudou a sobreviver nas florestas tropicais do Sudeste Asiático. Assim como muitas asas de avião são construídas com suportes e uma membrana estendida entre eles, o dragão-voador tem algumas costelas alongadas que apoiam uma aba de pele, chamada patágio. A estrutura os permite planar por cerca de 8 metros entre uma árvore e outra. A cauda fina e esguia do animal atua como leme. Graças a músculos especializados, os dragões podem armar as asas ou encolhê-las ao longo do corpo.
Chamadas de dragonfly ("mosca-dragão") em inglês, as libélulas são encontradas em todos os continentes, exceto na Antártida, e são representadas por cerca de 5 mil espécies. O maior desse grupo de insetos é a Petalura ingentissima, encontrada em Queensland, na Austrália. Essas libélulas de listras pretas e amarelas vivem perto de riachos da floresta tropical. Medem 12 centímetros de comprimento, e suas asas têm 16 centímetros de envergadura. Acredita-se que seja a mais antiga libélula do mundo, com fósseis datados no período jurássico. Especialistas no folclore ocidental acreditam que o inseto foi batizado como "dragão" por causa de suas manobras acrobáticas aéreas, que os europeus da Idade Média pensavam ser obra do Diabo.
o Idiacanthus atlanticus se parece com os vilões mais assustadores dos contos de fadas, com seu corpo preto e esguio e seus terríveis dentes pontiagudos. É uma espécie de águas profundas e pode ser encontrado até 2 mil metros abaixo da superfície do Oceano Atlântico. Está incrivelmente adaptado ao escuro, ao frio e à alta pressão encontrados nessa profundidade. O animal se alimenta de invertebrados marinhos e de outros peixes. Para atrair as presas, a fêmea tem um barbo – um órgão que se parece com um fio preso em seu queixo, com uma ponta azul luminescente. A fêmea também possui órgãos chamados fotóforos, que emitem luz, espalhados pelo corpo e cabeça. Eles ajudam o animal a encontrar presas, se comunicar e se esconder de grandes predadores. Enquanto uma fêmea adulta pode chegar a medir 48 centímetros, os machos têm apenas 5 centímetros e não possuem dentes. São as fêmeas que caçam à noite, enquanto os machos permanecem no fundo do mar.
Conhecida em inglês como blue dragon nudibranch ("nudibrânquio-dragão azul"), esta espécie de lesma-do-mar (Glaucus atlanticus)já foi avistada em praias da Austrália, da África e do sudeste dos Estados Unidos, e recentemente foram encontradas na costa leste da Índia. Em vez de voar ou planar, este dragão marinho flutua de barriga para cima para onde quer que o vento o leve. Ela viaja na tensão superficial da água, usando uma bolha de ar na barriga para flutuar. Ao parecer prateada para os peixes abaixo dela e azul para os pássaros acima, a lesma evita os predadores. Mas não se deixe enganar pela aparência angelical: esta criatura se alimenta dos tentáculos tóxicos da temida caravela e transfere as células pungentes daquele animal para dezenas de pequenas bolsas, afim de usá-las em sua própria defesa.
Não se engane: os dragões-marinhos (da família Syngnathidae) são peixes. Fazem parte da família dos cavalos-marinhos mas são muito mais excêntricos. A mais nova espécie foi descoberta no início deste ano e tem uma coloração vermelha. A principal característica do dragão-marinho são seus apêndices carnudos que imitam algas marinhas, permitindo que o animal possa se camuflar e evitar predadores. São encontrados apenas na costa sul da Austrália.
Histórias de dragões não se restringem à terra e aos céus. Na mitologia asiática, os dragões são frequentemente associados com a água, e há muitas criaturas marinhas batizadas em homenagem a eles. Uma das espécies mais atraentes é o peixe-mandarim, animal tropical encontrado na intersecção dos Oceanos Índico e Pacífico. Estes "pequenos dragões", da família Callionymidae, são assim chamados por causa de sua grande barbatana dorsal, que lembram asas articuladas. O peixe-mandarim exibe uma mistura psicodélica de um azul eletrizante com um laranja vibrante para se disfarçar bem em seu habitat, os corais do Pacífico. Em 2013, cientistas descobriram que este animal tem células pigmentosas que podem brilhar em azul ou em vermelho. Para se proteger dos predadores, o peixe-mandarin secreta uma toxina no denso muco que cobre seu corpo, algo típico de outras espécies da família.
O Dragão espinhoso, também conhecido como Thorny Devil, é um lagarto australiano, e é a única espécie do gênero Moloch. Cresce até 20 cm de comprimento e pode viver até 20 anos. Com uma camuflagem de deserto em tons de marrons e canela, mudando de cores pálidas, quando quente para cores mais escuras quando estiver frio.O Dragão espinhoso tem o corpo coberto com espinhos afiados para dissuadir os predadores, tornando difícil de engoli-lo. Ele também tem uma cabeça falsa sobre as suas costas: quando se sente ameaçado ele abaixa a cabeça entre as patas da frente, e só a cabeça falsa fica visível. Possui um sistema de defesa curioso, ao se sentir ameaçado ele esguicha um sangue falso em seu predador, que pensando estar ferido, desiste da presa.
ATÉ O REINO VEGETAL TEM SEUS DRAGÕES
Dracaena draco, conhecida pelo nome comum de dragoeiro, é uma planta nativa dos arquipélago de Socotra, localizado no noroeste do Oceano Índico, a 250 km da costa africana. .O dragoeiro deve o seu nome à cor da sua seiva, que depois de oxidada por exposição ao ar forma uma substância pastosa de cor vermelho vivo que foi comercializada na Europa com o nome do sangue-de-dragão ou drago.
AGAVE-DRAGÃO
Agave é um gênero de plantas suculentas, pertence à família Asparagaceae, nativa do México, perene, monocárpica (só floresce uma vez na vida), de 1,0 à 1,5 metros de altura. Folhas largo-lanceoladas, verde-acinzentadas, cerosas, suculentas, espessas, formando uma roseta densa.
Dimocarpus longan. Recebe o nome popular de “olho-de-dragão”, porque quando o fruto é aberto, sua semente única, arredondada e brilhante, formando um conjunto com a fruta, se assemelha a íris de um olho. De origem indiana e muito cultivada na China, a longan ainda não é uma fruta muito popular no Brasil, apesar de seus vários benefícios para a saúde.
Pitaia (ou Pitaya) é uma fruta pertencente à família das cactáceas e é conhecida mundialmente como "Dragon Fruit", Fruta-do-Dragão. É fruta de aparência muito bonita e diferente, além de produzir flores noturnas de rara beleza com grande potencial ornamental. De acordo com a espécie seus frutos podem ser de cor amarelo-vivo ou vermelho externamente, de polpa branca translúcida com minúsculas sementes como o Kiwi e de sabor suave e muito agradável. Em algumas espécies a polpa é de coloração vermelha com tonalidade mais forte que a casca e são atualmente as mais procuradas para plantios comerciais.
muito bom
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