A tríade: mudanças de comportamento + sacolas de qualidade + descarte correto com reciclagem é o pilar para amenizar danos das sacolas plásticas ao meio ambiente.
" O poder é de vocês".
Um bilhão e meio de sacolas plásticas são consumidas no mundo por dia. Práticas, gratuitas e presentes em praticamente toda compra do brasileiro, as sacolinhas têm alto custo ambiental: produzidas a partir de petróleo ou gás natural (recursos naturais não renováveis), depois de usadas, em geral por uma única vez, costumam ser descartadas de maneira incorreta e levam cerca de 450 anos para se decompor. Nesse tempo, aumentam a poluição, entopem bueiros impedindo o escoamento das águas das chuvas ou vão parar em matas, rios e oceanos, onde acabam engolidas por animais que morrem sufocados ou presos nelas. Poucas chegam a ser recicladas.
Não à
toa ganharam status de vilãs do meio ambiente. Já há algum tempo há uma
mobilização social para acabar com elas. Retirar as sacolas plásticas de
circulação traz como principal vantagem a preservação do meio ambiente, a
despoluição, porque essas sacolas formam uma camada plástica de
impermeabilização no solo, além de causar também efeitos de gases poluentes na
atmosfera i.
A
cidade de Belo Horizonte foi a primeira a proibir a distribuição das sacolas,
com a Lei Municipal 9.529/2008, que obriga a substituição do uso de embalagens plásticas por sacos e sacolas ecológicas. Em abril, a Prefeitura de São Paulo divulgou um balanço do primeiro ano em vigor da Lei Municipal 15.374/2011, que proíbe a distribuição gratuita ou a venda de sacolas plásticas nos estabelecimentos
comerciais da capital. A lei havia sido aprovada em 2011, mas passou por
questionamentos judiciais e só pode ser regulamentada em fevereiro do ano
passado.
O movimento pelo fim das sacolas
plásticas ganhou a adesão da Apple, a gigante norte-americana, considerada uma
das maiores empresas do mundo em valor de mercado. Em uma nova política de
preservação do meio ambiente, a Apple começa em abril a substituir suas
tradicionais sacolinhas com logotipo por outras de papel reciclado. Além disso,
os vendedores serão orientados a, no ato da compra, consultar o cliente para
saber se quer a sacola ou se prefere colocar seu produto diretamente na bolsa
ou mochila.
Proibir a circulação das sacolas plásticas é
fundamental para conservação do meio ambiente. Os sacos plásticos acabam
descartados de qualquer jeito, os
consumidores fazem isso sem consciência do que pode acontecer e geram uma série
de problemas. Falta uma grande campanha educacional para que as pessoas tomem
consciência da gravidade desse comportamento
Campanha
educativa garante novos hábitos
Os hábitos do brasileiro têm de ser “reformulados”.
- Levar um carrinho ou sacolas retornáveis para compras na feira e no supermercado.
- Os supermercados podem oferecer o uso das próprias caixas de papelão que vem embalando os produtos.
- Sempre ter no porta-malas do carro uma sacola retornável.
- Medida econômica, como a cobrança das sacolas plásticas, o que impacta no bolso do consumidor, obrigando-o a repensar o uso das sacolas.
- Leis que preveem multas e fiscalização.
- Políticas educativas: campanhas institucionais, mensagens e placas no mercado, propagandas na televisão e, acima de tudo, educação nas escolas.
A nossa Educação Ambiental tem de atacar o problema
na raiz, atingir as gerações mais novas. A reutilização e a reciclagem é o
melhor passo para diminuição do lixo
poluente. É importante ter a lei disciplinando a questão, mas é preciso também
campanhas educacionais com a população — nas escolas e comunidades — e com os
próprios governantes.
A proibição das sacolas plásticas já é prevista em
lei em pelo menos 20 das 27 capitais brasileiras. A medida também foi adotada
em dezenas de países pelo mundo. Na Irlanda, considerada um dos melhores
exemplos de extinção das sacolas plásticas, elas passaram a ser cobradas em
2002 — por meio de um imposto batizado de Plas Tax, no valor de 22 centavos de
euro por sacola — e, desde então, tiveram o consumo reduzido em mais de 90%.
Na
China, onde cerca de 3 bilhões de sacolas eram consumidas por dia, a
distribuição gratuita foi proibida. Já Chile e Alemanha incentivaram os
comerciantes a oferecer aos clientes alternativa ao plástico, como sacolas de pano
e caixas. Na França, o incentivo é para empresas que produzem sacolas
biodegradáveis, que ganham benefícios para produzir mais. No Reino Unido, as
sete maiores redes de supermercado fecharam acordo voluntário com o governo
para reduzir o uso das sacolas plásticas em 50%. Em Bangladesh, uma lei federal
proibiu totalmente o uso das sacolas. Além deles, países como Canadá, Suécia,
Estados Unidos, Austrália, Finlândia, Quênia, Taiwan, Ruanda e África do Sul
também criaram leis para redução do consumo das sacolas plásticas.
Reutilização de sacolas esbarra em coleta ruim
De
acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as sacolas plásticas não são o maior
vilão do meio ambiente. O problema maior é o consumo excessivo, aliado ao
descarte inadequado e ao recolhimento precário do lixo urbano. Em 2009, o ministério lançou em parceria com
grandes redes de supermercado a campanha Saco é um Saco, para incentivar novos
hábitos. Uma das propostas era apostar nos “Rs” do consumo consciente: recusar,
reduzir, reutilizar e reciclar.
A
mudança de comportamento da população também é uma das principais ações
defendidas. A tríade mudanças de comportamento + sacolas de qualidade +
descarte correto com reciclagem é o pilar para amenizar danos das sacolas
plásticas ao meio ambiente.
A
sacola plástica é utilizada por cerca de 80% da população para embalar o lixo a
ser jogado fora. Esse uso, reconhecido como uma prática aceitável pelos
ambientalistas, ficaria comprometido com a saída das sacolas plásticas de
circulação, já que a maioria da população não gostaria de incorporar o gasto
com a compra de saco de lixo ao seu orçamento doméstico. Usar a sacola para
jogar fora o lixo ou garantir que ela seja depositada nos lugares corretos para
reciclagem já seriam ações de grande avanço ambiental.
Então, se trabalharmos para tirar as sacolas para substituí-las por um
material que seja biodegradável, evidentemente que estamos trabalhando para
melhorar a questão ambiental, não só no Brasil, mas no mundo.
Referência.
EcoDebate
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