A sustentabilidade política é uma forma de fazer política sem degradar os outros meios, ou seja, é uma ideia de equilíbrio em todos os campos, seja ele social, econômico, político ou ambiental.
A ideia de planejamento de política ambiental surge do
principio de sustentabilidade, que compreendemos como o que fornece as bases
sólidas para um estilo de desenvolvimento humano que preserve a qualidade de
vida da espécie do planeta.Para um empreendimento humano ser sustentável, tem
de ter em vista quatro requisitos básicos:
- Ecologicamente correto
- Economicamente viável
- Socialmente justo
- Culturalmente aceito pela sociedade
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização,
desde a vizinhança local até o planeta inteiro. Colocando em termos simples, a
sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto
agora como para um futuro indefinido. E através de um desenvolvimento
sustentável identificar as dimensões e escalas definindo a amplitude de sua
atuação. Enquanto na dimensão política a sustentabilidade é
construída através de agentes sociais, que atuam no ambiente
sócio-econômico-cultural, recebendo do poder público, possibilidades no
controle de recursos para decisões políticas.
Na escala local, o desenvolvimento encontra na forma
participativa de gestão o instrumento de consenso necessário para atuação
desses agentes. Tendo como objeto principal a dimensão política da
sustentabilidade na escala local, especificamente na elaboração de políticas
públicas com o objetivo de uma gestão mais participativa e popular.
É possível afirmar que “não” existe sustentabilidade
política e o correto a dizer é política de sustentabilidade. Do contrário a
referência feita seria sobre políticos limpos, e não à criação de regras e
atitudes como medidas para criação de políticas ambientais. Nesse contexto a
ideia de responsabilidade social atrelada à sustentabilidade visa consolidar
valores, práticas e comportamento social, com o objetivo de promover a
cidadania e contribuir com um melhor meio ambiente.
A política ambiental brasileira não foi abordada, na
prática, sob uma visão integrada às demais áreas com elas relacionadas, como
por exemplo, saúde e saneamento. No país, a política ambiental teve
desenvolvimento nos últimos anos como resultado da ação dos movimentos sociais
locais e pressões vindas do exterior.
Na escola
No mundo que
sonhamos, todas as escolas institucionalizam a sustentabilidade em teorias e
práticas, seus prédios são projetados e construídos com materiais
reciclados/recicláveis, há condições para a economia de energia, reutilização
de águas servidas e de chuva, descarte correto de resíduos; existe envolvimento
das comunidades escolares, e do seu entorno, em atividades preservacionistas.
No mundo em que vivemos isso nem sempre acontece, a educação ambiental tem sido
incipiente, os orçamentos públicos mal contemplam a construção das novas
unidades escolares indispensáveis, e a manutenção, às vezes precária, das
existentes. Em muitas escolas, sustentabilidade é palavra lembrada em
algumas efemérides, citada em umas poucas aulas, e deixada de lado no restante
do tempo. Em outras, felizmente, sabe-se que o caminho entre o sonho e a
realização passa necessariamente pela vontade e pela ação; e constata-se, com
esperança, aquilo que o ideal de muitos pais, professores, diretores e
orientadores pedagógicos têm realizado com os poucos recursos disponíveis. No
ensino fundamental, procura-se a atenção e o comprometimento das crianças, são
criadas hortas comunitárias, oficinas de marcenaria para recuperação de
mobiliário, sistemas de compostagem do lixo orgânico, reciclagem de materiais
escolares, até mesmo pequenas reformas com vistas à recuperação de ambientes
degradados, sempre com a participação de alunos, pais e professores
voluntários, que cedem parte de seu tempo de descanso.
Sustentabilidade se funda em parte na materialidade, mas
importa muito, também, a crença de que é vital para todos, e será cada vez
mais. As escolas de ensino fundamental e médio comprometidas com sustentabilidade
focam o coração dos alunos no processo de formação de consciência ambiental. Já
as instituições de ensino superior miram a mente, estudantes universitários
estão em faixa etária e intelectual em que a consciência já está formada, e são
naturalmente mais sensíveis à racionalidade.
As boas práticas sustentáveis concentram-se em atividades de
extensão, em normalização de procedimentos, em orientação de monografias, em
conteúdos curriculares.
Reflexão ecológica, interrupção da destruição do ecossistema,
diminuição dos hábitos de consumo desenfreado devem ser parte importante do
ideário das instituições de ensino, e algo já indissociável do sentido pleno da
educação. Uma questão que deve ser considerada é que sustentabilidade não dá
lucro financeiro imediato e custa caro. E, ainda que muitas instituições
cumpram seu papel de modo responsável, há um grande número de intenções
piedosas manifestadas em documentos oficiais que não passam de bons propósitos
e discursos vazios de quaisquer iniciativas deles decorrentes.
No entanto, para além de interesses pecuniários ou
investimentos de curto prazo, estará o bem estar e mesmo sobrevivência das
próximas gerações. Devemos a elas, no mínimo, um planeta em condições de
equilíbrio ambiental.´
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Fonte: ecodebate cidadania e meio ambiente
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