sábado, 1 de março de 2014

SUSTENTABILIDADE, MUITO ALÉM DA QUESTÃO AMBIENTAL



A sustentabilidade política é uma forma de fazer política sem degradar os outros meios, ou seja, é uma ideia de equilíbrio em todos os campos, seja ele social, econômico, político ou ambiental.







A ideia de planejamento de política ambiental surge do principio de sustentabilidade, que compreendemos como o que fornece as bases sólidas para um estilo de desenvolvimento humano que preserve a qualidade de vida da espécie do planeta.Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista quatro requisitos básicos:
  1. Ecologicamente correto
  2. Economicamente viável
  3. Socialmente justo
  4. Culturalmente aceito pela sociedade

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro. Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. E através de um desenvolvimento sustentável identificar as dimensões e escalas definindo a amplitude de sua atuação. Enquanto na dimensão política a sustentabilidade é construída através de agentes sociais, que atuam no ambiente sócio-econômico-cultural, recebendo do poder público, possibilidades no controle de recursos para decisões políticas.
Na escala local, o desenvolvimento encontra na forma participativa de gestão o instrumento de consenso necessário para atuação desses agentes. Tendo como objeto principal a dimensão política da sustentabilidade na escala local, especificamente na elaboração de políticas públicas com o objetivo de uma gestão mais participativa e popular.
É possível afirmar que “não” existe sustentabilidade política e o correto a dizer é política de sustentabilidade. Do contrário a referência feita seria sobre políticos limpos, e não à criação de regras e atitudes como medidas para criação de políticas ambientais. Nesse contexto a ideia de responsabilidade social atrelada à sustentabilidade visa consolidar valores, práticas e comportamento social, com o objetivo de promover a cidadania e contribuir com um melhor meio ambiente.
A política ambiental brasileira não foi abordada, na prática, sob uma visão integrada às demais áreas com elas relacionadas, como por exemplo, saúde e saneamento. No país, a política ambiental teve desenvolvimento nos últimos anos como resultado da ação dos movimentos sociais locais e pressões vindas do exterior.

Na escola
 No mundo que sonhamos, todas as escolas institucionalizam a sustentabilidade em teorias e práticas, seus prédios são projetados e construídos com materiais reciclados/recicláveis, há condições para a economia de energia, reutilização de águas servidas e de chuva, descarte correto de resíduos; existe envolvimento das comunidades escolares, e do seu entorno, em atividades preservacionistas. No mundo em que vivemos isso nem sempre acontece, a educação ambiental tem sido incipiente, os orçamentos públicos mal contemplam a construção das novas unidades escolares indispensáveis, e a manutenção, às vezes precária, das existentes. Em muitas escolas, sustentabilidade é palavra lembrada em algumas efemérides, citada em umas poucas aulas, e deixada de lado no restante do tempo. Em outras, felizmente, sabe-se que o caminho entre o sonho e a realização passa necessariamente pela vontade e pela ação; e constata-se, com esperança, aquilo que o ideal de muitos pais, professores, diretores e orientadores pedagógicos têm realizado com os poucos recursos disponíveis. No ensino fundamental, procura-se a atenção e o comprometimento das crianças, são criadas hortas comunitárias, oficinas de marcenaria para recuperação de mobiliário, sistemas de compostagem do lixo orgânico, reciclagem de materiais escolares, até mesmo pequenas reformas com vistas à recuperação de ambientes degradados, sempre com a participação de alunos, pais e professores voluntários, que cedem parte de seu tempo de descanso.

Sustentabilidade se funda em parte na materialidade, mas importa muito, também, a crença de que é vital para todos, e será cada vez mais. As escolas de ensino fundamental e médio comprometidas com sustentabilidade focam o coração dos alunos no processo de formação de consciência ambiental. Já as instituições de ensino superior miram a mente, estudantes universitários estão em faixa etária e intelectual em que a consciência já está formada, e são naturalmente mais sensíveis à racionalidade.
As boas práticas sustentáveis concentram-se em atividades de extensão, em normalização de procedimentos, em orientação de monografias, em conteúdos curriculares.

Reflexão ecológica, interrupção da destruição do ecossistema, diminuição dos hábitos de consumo desenfreado devem ser parte importante do ideário das instituições de ensino, e algo já indissociável do sentido pleno da educação. Uma questão que deve ser considerada é que sustentabilidade não dá lucro financeiro imediato e custa caro. E, ainda que muitas instituições cumpram seu papel de modo responsável, há um grande número de intenções piedosas manifestadas em documentos oficiais que não passam de bons propósitos e discursos vazios de quaisquer iniciativas deles decorrentes.
No entanto, para além de interesses pecuniários ou investimentos de curto prazo, estará o bem estar e mesmo sobrevivência das próximas gerações. Devemos a elas, no mínimo, um planeta em condições de equilíbrio ambiental.´

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Fonte: ecodebate cidadania e meio ambiente

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