Novos estudos já dão como certo o aumento das
temperaturas em todo o planeta. E quem mais vai sofrer são os centros urbanos,
onde há muito asfalto, concreto e veículos que contribuem para o efeito estufa.
Embora a previsão do clima seja assustadora, ainda dá tempo de amenizar essa
realidade.
A perda da vegetação nativa para o desenvolvimento
das cidades, por meio da transformação da paisagem por ações antrópicas, pode
causar mudanças climáticas abruptas, afetando o meio ambiente e a qualidade de
vida das pessoas. As cidades mal planejadas sofrem graves problemas com o
fenômeno denominado ‘ilha de calor’, que ocorre em locais com excessiva
quantidade de construções e baixa concentração de áreas verdes, onde a
temperatura é mais elevada do que nas áreas vizinhas não urbanizadas. A ilha de
calor urbana ocorre quando uma área metropolitana tem temperaturas
significativamente mais elevadas do que as áreas rurais que a rodeiam. É um
exemplo de uma modificação climática em virtude do crescimento da urbanização,
que muda as características da superfície e a temperatura da Terra. A
superfície urbana apresenta particularidades em relação à capacidade térmica e
à densidade dos materiais utilizados (asfalto, concreto, telhas, solo exposto,
presença de vegetação nos parques, ruas, avenidas...), às alterações do Albedo
(refletância de onda curta solar), à impermeabilização da superfície, etc. A
configuração da ilha de calor está relacionada também ao aumento da
temperatura, à queda da umidade relativa do ar, aos desvios de trajetória do
vento com mudanças na sua velocidade e a modificações no padrão de distribuição
das chuvas. Além disso, a ausência de vegetação contribui para a formação de
ilhas de calor urbanas, porque deixa de fornecer dois mecanismos de resfriamento
importantes: sombra e evapotranspiração.
O efeito da ilha de calor urbana tem implicações
negativas graves para o meio ambiente. Quando as árvores são removidas e
substituídas pela infraestrutura urbana, o sequestro de CO2 é reduzido e em
alguns casos é completamente inexistente, devido à ausência das plantas. Vale
ressaltar que o aumento dos níveis de CO2 causado pela falta de sequestro, bem
como o aumento das emissões provenientes das áreas urbanas, aceleram o
aquecimento mundial, gerando uma enorme ameaça para a sustentabilidade em todo
o planeta. Essas ilhas de calor podem trazer consequências negativas:
- Desconforto humano e riscos para a saúde.
- Aumento no uso de energia, levando à liberação de mais gases de efeito estufa, à poluição do ar e ao aumento dos níveis de ozônio urbano.
- Custos mais elevados por causa do maior uso de água e energia.
HÁ SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA
É visível a necessidade de ações radicais para
tentar minimizar as consequências das ilhas de calor urbanas. Uma delas é a
mudança na composição das coberturas e pavimentos para uma cor mais clara. Por
exemplo, telhados brancos e pavimentos de concreto colorido têm se mostrado
eficazes para reduzir significativamente a temperatura nas cidades com poucos
percentuais de vegetação. Outra solução eficiente é aumentar a quantidade de
vegetação nos centros urbanos. Isso pode ser conseguido através da plantação de
árvores adequadas para aumentar o valor de sombra. Muitos trabalhos apontam o
uso da vegetação arbórea como fator amenizador dos problemas climáticos que ocorrem
nas cidades, contemplando a criação de parques, bosques e arborização de ruas.
Essas são as medidas mais eficientes para promover mudanças, principalmente no
microclima urbano. Outra alternativa é a instalação de telhados verdes no topo
de edifícios da cidade. Essa solução não tem nada a ver com a cor. o ‘telhado
verde’ é, simplesmente, um telhado que inclui plantas e vegetação. Ele não só
impede o telhado do edifício de absorver calor, como também resfria o ar em
torno dele. Vale ressaltar que a manutenção das áreas verdes urbanas sempre foi
justificada pelo seu potencial em propiciar qualidade ambiental à população.
Ela interfere diretamente na qualidade de vida dos seres por meio das funções
sociais, ecológicas, estéticas e educativas que elas exercem para mitigar as
consequências negativas da urbanização.
Soluções | Objetivos |
Reduzir as áreas pavimentadas | - Permitirá o aumento do processo de evaporação e evapotranspiração urbana |
Aumento das áreas verdes na cidade | - A vegetação diminui os índices de calor e ajuda na manutenção da umidade do ar |
Evitar a construção de prédios muito altos e muito próximos uns dos outros | - Isso vai ajudar o deslocamento do ar quente para outras áreas da região e diminuir o grau do ‘cânion urbano’ |
Substituir as calçadas concretizadas | - As calçadas sextavadas ou de montagem proporcionam uma melhor absorção da água das chuvas |
Diminuir a circulação de veículos automotores movidos a
combustíveis fósseis PARA SABER MAIS CLIQUE AQUI fonte: ecodebate.com.br/ geografia.seed.pr.gov.br |
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A queima contribui para o aumento da poluição e do efeito estufa, que impede a dissipação do
calor no período noturno AQUI |
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