O Planeta sofre transformações desde que os primeiros seres vivos surgiram nele. Aliás, sendo mais rigorosos, podemos pensar que o Planeta é uma constante transformação. Com a presença do ser humano sobre ele, verificamos que essas transformações tornaram-se mais acentuadas com o passar do tempo....
O processo de urbanização ocorreu no início do século XX, nesse período houve a introdução das indústrias em vários países que atraiu grande quantidade de pessoas para os centros urbanos, desencadeando assim o fenômeno do êxodo rural.
O crescimento populacional urbano e a expansão das fronteiras agrícolas nas últimas décadas têm sido os principais responsáveis pela erradicação ou transformação dos ambientes disponíveis para a fauna selvagem.
A caça e a pesca predatória também contribuíram para o declínio das populações de animais selvagens em áreas próximas aquelas onde o homem se encontra. A partir desse deslocamento por parte das pessoas, muitos animais passaram a viver e se adaptar às condições urbanas, assim alguns animais não vivem em outro ambiente. A fauna original é totalmente dizimada em função da destruição de seu habitat natural. Algumas espécies de animais se sobressaem nas cidades, devido às condições favoráveis que encontram para o seu aumento populacional e ausência de seus predadores naturais, provocando um desequilíbrio inigualável nas cadeias alimentares. Baratas, ratos, pombos, pardais, escorpiões, formigas, cupins, pernilongos, são os principais exemplos de animais urbanos. Muitos deles vetores de doenças e indesejáveis devido a sua grande população.
A fauna urbana é denominada pelos biólogos de fauna sinantrópica (do grego sýn = ação unida e ánthopos = homem), que corresponde a espécies de animais que sobrevivem na companhia do homem.
Dentre os animais urbanos destaca-se a barata que é uma espécie de inseto de hábitos noturnos, tem a capacidade de se adaptar a diversos ambientes, é bastante encontrado em residências e estabelecimentos comerciais. Outro animal típico das cidades é o pardal, que corresponde a uma espécie de ave de origem europeia, os primeiros chegaram ao território brasileiro em 1903, com o acelerado processo de urbanização e construção de rodovias os pardais se dispersaram por todo país, chegando até o estado do Amazonas em 1964. Os pardais constroem seus ninhos nas fendas de edificações comerciais, residenciais e telhados, essas aves se alimentam de restos de alimentos humanos, além de pequenos animais como insetos, larvas, frutos e sementes.
Existem porém, várias outras espécies de vertebrados beneficiadas pelo aumento das aglomerações humanas. Obviamente os animais domésticos foram os primeiros favorecidos, mas outras espécies menos desejáveis, como ratos, camundongos, pombos, espécies exóticas para o Brasil, encontraram nas cidades excelentes condições de implantação.
Muitas vezes os animais que habitam as cidades são tratados como pragas e muitos deles são mesmo, porém em algumas oportunidades esses bichos podem ser benéficos, um exemplo disso são os morcegos que se alimentam de insetos e contribuem para a limpeza urbana.
Pode-se dividir a fauna urbana em 3 grupos.
- Animais domésticos: cães, gatos, etc..
- Pragas urbanas: baratas, ratos, traças, cupins, etc..
- Exemplares da fauna silvestre que estão presentes nas cidades mesmo não havendo convite direto do ser humano, ainda assim, sua presença é tolerada, ou até mesmo desejada por nós. Esquilos, beija-flor, periquito, maritaca, bem-te-vi, etc.
Nosso desconhecimento em relação aos hábitos dos animais já gerou muitas crendices e mitos, através dos quais taxamos como perversos as cobras, lagartixas, morcegos, ou mesmo os gambás e outros "vizinhos indesejáveis". Os conflitos entre a fauna e os humanos advêm desse desconhecimento e do nosso antropocentrismo. Se refletirmos sobre essa histórica relação, veremos que, os vilões somos nós, os humanos, e não a fauna selvagem.
fonte:
http://www.saudeanimal.com.br / http://vivoverde.com.br / http://www.cobrap.org.br
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