Não se trata de um animal, mas sim, de uma espécie arbórea criticamente ameaçada de extinção, endêmica do Estado de Minas Gerais, no Sudeste do Brasil. Uma árvore mineira, que de tão rara, está na lista vermelha da instituição internacional que acompanha as espécies em risco de extinção em todo o mundo. O seu habitat são as áreas de transição do Cerrado savana para a Mata Atlântica, em alguns municípios próximos à cidade de Belo Horizonte, capital Estado de Minas Gerais.
Está ameaçada pela destruição de habitat. Sua
população é fragmentada e reduzida, não passando hoje de algumas dezenas de
indivíduos conhecidos. O Jardim Botânico de Belo Horizonte (FZB-BH) coordena
desde 2003 um esforço multidisciplinar voltado para o estudo e a conservação da
espécie, que inclui a procura por novos indivíduos e populações da espécie.
Através deste projeto já foram estudados a genética, a fenologia, o cultivo e a
fisiologia da espécie, mas outros estudos precisam ser feitos. É necessário,
sobretudo, investir na preservação das populações existentes, na reintrodução
de espécie e na restauração do habitat.
Frequentemente ouvimos nos noticiários que
determinado animal corre o risco de desaparecer devido à destruição de seu
ambiente natural. Mas você sabia que as árvores também correm risco de
extinção, e que existem pessoas mobilizadas para evitar que isso aconteça?
Desde a época do descobrimento do Brasil, boa parte da flora nacional vem sendo
devastada e, até 1530, o pau-brasil, símbolo maior do país no período, foi
constantemente explorado – seu tronco serve para produção de móveis e o corante
vermelho produzido pela árvore era muito usado pela indústria têxtil. Da mesma
forma que essa espécie típica sofreu com o assédio humano, o faveiro-de-wilson
– ou Dimorphandra wilsonii Rizzini, da família das leguminosae, a mesma do
pau-brasil – é a árvore da vez, que pede por socorro e pode estar com os dias
contados.Ainda mais raro de ser encontrado que o seu
"parente" mais famoso, o faveiro-de-wilson – que recebeu esse nome em
homenagem ao cientistas que a descreveram em 1969 – é uma espécie endêmica,
encontrada apenas na região central de Minas Gerais, em cidades como Lagoa
Santa, Sete lagoas e Matozinhos, e está na lista vermelha de espécies ameaçadas, segundo a União Internacional
para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês). Ao longo dos últimos dez
anos, o engenheiro ambiental Fernando Fernandes, da Fundação Zoo-Botânica de
Belo Horizonte, tem se dedicado à procura de indivíduos dessa espécie por todo
o estado.
De 2003 até o momento, foram 10 mil quilômetros percorridos e apenas 240
árvores encontradas. Elas foram registradas em apenas 17 dos 853 municípios
mineiros. Por conta disso, encontra-se no nível mais crítico da ameaça de
extinção. Sua população é muito pequena, está em declínio, e presente numa área
restrita", afirma o especialista, que observou, ainda, que a principal
causa de seu desaparecimento é o desmatamento de seu habitat pelo homem, para
produção de carvão e madeira, especialmente para o setor agropecuário.
Além do risco de seu ecossistema ser
"engolido" pela urbanização, já que a região metropolitana de BH está
se expandindo e crescendo vertiginosamente, o faveiro-de-wilson demora pelo
menos 15 anos para atingir a maturidade e dar fruto pela primeira vez. Esse
tempo de crescimento é considerado médio ou mesmo lento, o que faz com que não
se consiga uma maior população dessa espécie. "Algumas árvores se espalham
sozinhas, naturalmente, porque são mais agressivas e se reproduzem sem a ajuda
externa. No caso do faveiro, é preciso que o homem a plante e ajude em sua
proliferação", completa Fernando Fernandes. No final de agosto, a Fundação Zoo-Botânica de
Belo Horizonte juntamente com Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro realizou uma oficina para propor as bases de um
plano de ação para a conservação da espécie no país. Em médio prazo, o objetivo
é tentar tirar o faveiro-de-wilson do nível mais crítico que uma espécie pode
estar na lista vermelha da ameaça de extinção.
PARA SABER MAIS CLIQUE AQUI
Referência
uai.com.br/ wikipedia.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário
CAROS LEITORES, SEJAM BEM VINDOS!