Quais são os monumentos mais espetaculares da Terra? Bem, tudo depende de quem responde à pergunta. O historiador grego Heródoto, que viveu no século V a.C., inaugurou uma mania que atravessou dois milênios e continua popular ainda hoje: a de classificar as principais maravilhas do mundo.
O historiador grego Heródoto, que viveu no século V a.C., era um aventureiro descolado. Numa época em que não havia cruzeiros marítimos nem voos transatlânticos, ele conheceu lugares um bocado distantes de Halicarnasso, sua terra natal, localizada onde hoje é a Turquia. Entre os destinos que visitou estão o Egito, a Babilônia, a Síria e a Macedônia. Dessas viagens, que se estenderam por décadas, ele extraiu todo o material para seus famosos escritos. No seu livro mais famoso, a História, Heródoto narra as batalhas entre os persas e os gregos e, de quebra, cita algumas das construções e esculturas que encontrou durante suas peregrinações, como as muralhas que cercavam a cidade de Babilônia e as pirâmides egípcias. Impressionado com a beleza das obras que encontrou pelo caminho, Heródoto inaugurou uma mania que atravessou dois milênios e continua popular ainda hoje: a de classificar as principais maravilhas do mundo. Dois séculos depois, outro grego famoso da época repetiu os passos de Heródoto. O poeta Calímaco de Cirene escreveu o primeiro livro dedicado ao tema: Uma Coleção de Maravilhas ao Redor do Mundo. Da obra de Calímaco, infelizmente, só sobrou o título, já que os rolos de papiro foram queimados no incêndio que destruiu a Biblioteca de Alexandria, no Egito. De qualquer forma, a lista original de Calímaco já era popular entre os gregos, que se divertiam em comentá-la e revisá-la na medida em que outras maravilhas surgiam. As Sete Maravilhas da Antiguidade como chegaram até nós, une basicamente os comentários do matemático Filo de Bizâncio, que viveu no século III a.C., e do escritor Antipater de Sidon, do século II a.C. Na verdade, a lista deles sofreu apenas uma alteração, feita no século VI da era cristã: as Muralhas da Babilônia, que faziam par na lista inicial junto com os Jardins Suspensos, foram substituídas pelo Farol de Alexandria, talvez porque os gregos não quisessem dar duas maravilhas aos babilônios.
AS MARAVILHAS DA ANTIGUIDADE
1. Estátua de Zeus
A cidade grega de Olímpia, que floresceu por volta do século V a.C., criou os jogos olímpicos em homenagem a Zeus, o deus supremo da mitologia grega, que ali tinha seu principal templo. Dentro dele foi erguida uma enorme estátua, concluída pelo escultor Fídias no ano de 443 a.C. Com 13 metros de altura, permaneceu intacta pelo menos até o terceiro século da era cristã.
2. Mausoléu de Halicarnasso
A cidade de Bodrum, antiga Halicarnasso, na Turquia, ainda guarda os restos da tumba de Mausolus, rei da Cária. Concluída na segunda metade do século IV a.C., a obra resistiu por cerca de dois milênios até ser demolida por cavaleiros cruzados no início do século XVI. O mausoléu é obra do arquiteto grego Pytheos, mas o próprio rei supervisionou a construção até 353 a.C., ano em que morreu. Depois, a viúva do rei, Artemísia, se encarregou de terminar a grande obra. Desde então, mausoléu virou sinônimo de monumento funerário.
3. Farol de Alexandria
Tente imaginar como devia ser difícil erguer uma estrutura de 124 metros no ano 299 a.C. Era quase impossível, mas Ptolomeu II, o sucessor de Alexandre Magno, conseguiu. Em aproximadamente 20 anos, estava pronta a última das sete maravilhas a ser construída, o Farol de Alexandria. Com uma fogueira e um grande espelho de bronze, projetado provavelmente por Arquimedes, a estrutura servia para sinalizar os perigos do porto da cidade, rodeado por rochedos que causaram inúmeros naufrágios.
O mais belo templo grego foi o de Ártemis,
erguido na cidade de Éfeso, uma colônia grega instalada na costa sudoeste da
atual Turquia, sobre os restos de outros templos que haviam sido construídos no
mesmo local desde 850 a.C. Dentro dele repousava uma imagem com 15 metros de
altura da deusa grega. Ao contrário da estátua de Zeus em Olímpia, a imagem de
Ártemis podia ser tocada pelos fiéis. Eles chegavam a carregar a estátua
até o teatro, para que ela pudesse ver os jogos que eram realizados em sua
homenagem.
5. Colosso de Rodes
No século IV a.C., a ilha grega de Rodes, quase grudada na costa da Turquia, sofreu sucessivas tentativas de invasão. Após repelir a terceira invasão em menos de 30 anos, o povo decidiu construir uma gigantesca estátua de bronze em homenagem a Hélio, o deus sol, para comemorar a vitória. Com mais de 32 metros de altura, o colosso era todo recoberto de placas de bronze moldadas pelos metalúrgicos da época. Levou cerca de 12 anos para ser concluída. Mas teve vida curtíssima, pois um terremoto a destruiu 60 anos mais tarde.
6. Pirâmides de Gizé
Da lista original das sete maravilhas, as pirâmides egípcias são as mais antigas e, surpreendentemente, as únicas que resistiram até os dias de hoje. A maior de todas foi construída por volta de 2550 a.C. em Gizé, na margem ocidental do Rio Nilo, pelo rei Khufu, também conhecido pelo nome grego de Quéops. A Grande Pirâmide tinha 147 metros de altura quando ficou pronta. Apenas algumas décadas depois ganhou duas vizinhas menores: a pirâmide de Khafre (Quéfren), filho de Khufu, com 143 metros, e a de Menkaure (Miquerinos), com 65 metros.
7. Jardins suspensos da Babilônia
Os arqueólogos ainda não encontraram nenhuma pista de que os famosos jardins suspensos de Nabucodonosor II, o grande imperador da Babilônia, tenham existido. Reza a lenda que o imperador, que governou de 605 a.C. a 562 a.C., construiu os jardins para sua mulher, a rainha Amytis. Com vários terraços sobrepostos e a canalização da água do Rio Eufrates, a construção abrigava uma pequena floresta de arbustos e árvores frutíferas. O transporte de água para os níveis superiores e os cuidados com a vegetação exigiam o trabalho de centenas de escravos.
Os arqueólogos ainda não encontraram nenhuma pista de que os famosos jardins suspensos de Nabucodonosor II, o grande imperador da Babilônia, tenham existido. Reza a lenda que o imperador, que governou de 605 a.C. a 562 a.C., construiu os jardins para sua mulher, a rainha Amytis. Com vários terraços sobrepostos e a canalização da água do Rio Eufrates, a construção abrigava uma pequena floresta de arbustos e árvores frutíferas. O transporte de água para os níveis superiores e os cuidados com a vegetação exigiam o trabalho de centenas de escravos.
O jogo das Sete Maravilhas
A exemplo de Heródoto e Calímaco, você
também pode fazer sua lista pessoal das Sete Maravilhas a partir das maravilhas
do nosso mundo atual. Afinal, se há algo que essas muitas listas de maravilhas
nos ensinam, é que gosto não se discute.
Geográficas
- Aurora Boreal, na Finlândia
- Cachoeira salto dos Anjos - Venezuela
- Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Brasil e Argentina
- Floresta Amazônica, no Brasil
- Grand Canyon, nos Estados Unidos
- Pantanal, no Brasil
- Vulcão Paricutin, no México
Da engenharia
- A ponte da Baía de Jiaozhou – China
- Canal do Panamá - Panamá
- Ilhas artificais - Dubai
- Opera House, em Sydney, Austrália
- Represa de Itaipu- Brasil / Paraguai
- Viaduto de Milleau - França
- Túnel do Canal da Mancha - Europa
Do mundo aquático
- Arquipélago de Palau - Oceania
- Arquipélago de Fernando Noronha- Brasil
- Barreira de Corais de Belize - Belize
- Grande Barreira de Corais - Austrália
- Ilhas Galápagos - Oceano Pacífico
- Lago Baikal - Sibéria
- Vulcões no fundo do mar
Culturais
- Angkor Vat - Camboja
- Cidade de Petra - Jordânia
- Machu Picchu - Peru
- Murallhas da China - China
- Praça de São Pedro- Vaticano
- Taj Mahal - Índia
- Templo Borobudur - Indonésia
Invenções
- Avião - Santos Dumont
- Lâmpada - Thomas Edison
- Internet - militares americanos
- Roda - período neolítico
- TV - fruto de sucessivas invenções do século XX- Vladimir Zworykin
- Telefone - Alexander
Graham Bell
- Vaso sanitário - John Harrington
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