sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

OUTRA BARRAGEM DA VALE ROMPE EM MG

Minas Gerais volta a ter "Mar de Lama". Nesta tarde de sexta-feira, dia 25/01/2018, mais uma barragem se rompe no estado, no município de  Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.  A barragem do Feijão pertencente a mineradora VALE.

Uma barragem de rejeitos da empresa mineradora Vale rompeu na tarde desta sexta-feira (25) na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ainda não há informações sobre vítimas.
O caso acontece três anos e dois meses após o rompimento de uma barragem da Samarco em um distrito de Mariana, também em Minas Gerais. A Vale é uma das controladoras da Samarco. Dezenove pessoas morreram na ocasião e milhares perderam as casas em função do vazamento de 40 bilhões de litros de lama, que devastou o rio Doce até sua foz no oceano Atlântico.
Segundo as primeiras informações dos bombeiros, o rompimento está na área interna.
A Vale informou que o rompimento ocorreu no início da tarde de hoje, na Mina Feijão. As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.


O que se sabe até agora
  • Rompimento ocorreu no início da tarde na Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho
  • Corpo de Bombeiros e Defesa Civil municipal e estadual estão mobilizados
  • Prefeitura emitiu alerta para que população se mantenha longe do leito do Rio Paraopeba
  • Por precaução, o Instituto Inhotim está retirando funcionários e visitantes do local
  • Ainda não informações sobre vítimas
De acordo com a Defesa Civil, os moradores que moram na parte mais baixa da cidade estão sendo retirados das casas. O helicóptero do Corpo de Bombeiros está sobrevoando o local.


Enquanto houver impunidade, os rompimentos de barragens de contenção serão constantes no Brasil. Isto não é desastre ambiental, mas sim CRIME ambiental, ceifando vidas(solo, água, flora, fauna e homem).


Negligência, falhas de fiscalização do governo e também de competência técnica de engenharia da companhia VALE. Há quem discuta ainda afrouxamento de regras de licenciamento ambiental.


Em entrevista coletiva concedida na noite desta sexta (25), o presidente da mineradora Vale, responsável pela barragem que eclodiu em Brumadinho (MG), afirmou que cerca de 300 funcionários estavam trabalhando próximo ao local no momento da queda da estrutura. Desses, cerca de 100 foram localizados, segundo a empresa.


Vale e bombeiros divergem quanto à extensão dos danos causados: a empresa diz que uma barragem, a de número 1, se rompeu, e uma outra pode ter transbordado ao receber o excesso de material da primeira. As autoridades falam em três barragens rompidas. "Não sabemos quantos foram soterrados, por que está tudo debaixo de terra", afirmou Fabio Schvartsman. A Vale tem cerca de 80 mil funcionários em mais de 30 países. "Importante dizer que essa é uma barragem que estava inativa, há mais de três anos ela não opera e não recebia rejeitos de mineração", disse o presidente Schvartsman. Segundo o executivo, a empresa ainda não sabe o que levou ao rompimento da barragem, que tinha capacidade de cerca de 12,7 milhões de metros cúbicos - um quarto do que tinha a barragem de Mariana, também em Minas, que estourou em 2015. A estrutura era operada pela Vale em parceria com a mineradora australiana BHP. Segundo Schvartsman, a estrutura eclodida nesta sexta-feira estava dentro das normas e amparada por "auditorias externas, feitas com empresas internacionais". A lama que despencou da barragem no começo da tarde soterrou o centro administrativo da Vale e o restaurante onde funcionários almoçavam.


O rompimento aconteceu na região do córrego do Feijão, que deságua no rio Paraopeba. A Prefeitura de Brumadinho emitiu um comunicado nas redes sociais pedindo que a população mantenha distância do leito do Paraopeba.

Devido a sua localização geográfica, o Brasil não tem grandes; terremoto e tsunami. Em contrapartida temos a VALE. Assista o momento exato (clica no vídeo abaixo) que a barragem de Brumadinho arrebentou, ceifando centenas de vidas humanas. Destruindo tudo e todos (homens, animais, plantas, edificações, córrego, máquinas, etc...) que estavam no caminho.



SIMULAÇÃO DE COMO FOI O CRIME CATASTRÓFICO DE BRUMADINHO FEITA POR COMPUTAÇÃO GRÁFICA...





VER TAMBÉM
CADÊ O RIO QUE ESTAVA AQUI? - RIO DOCE APÓS ROMPIMENTO DE MARIANA
DEPOIS DA LAMA - BARRAGEM DE MARIANA/MG - PRINCIPAIS IMPACTOS



8 comentários:

  1. Itabirano/funcionario da vale25 de janeiro de 2019 às 22:44

    Espero que o novo governo federal e estadual não deixe acabar em pizza, mais este desastre ecológico. Resultado do descaso de autoridades governamentais, da mineradora VALE e do corpo técnico. Minas é um estado minerário, dominado pela VALE que retira riquezas minerais, rasga o solo e deixa buracos pra trás, sem preocupar com mais nada. Há pouco mais de 3 anos aconteceu eu Mariana/MG, o povo sofreu e os governantes nada fizeram. Itabira deve exigir desta empresa laudos técnicos de suas barragens. Caso a barragem de Santana "estoure", a cidade de Santa Maria de Itabira irá desaparecer. Imagine a barragem de Itabiruçu se romper? Quem mora próximo sabe da altura do talude desta barragem. Itabira virou buraco, pó e descaso.. Como diz Drummond "Itabira é apenas um retrato na parede"

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  2. A Barragem da Mina do Feijão, rompida na tarde desta sexta-feira, 25 de Janeiro de 2019, na cidade de Brumadinho, tinha 1milhao de m3 de rejeito. Em Itabira a Barragem do Itabiruçu detém cerca de 220,8 milhões de m³, ou seja, é 219 vezes maior do que a barragem que hoje causou este grande estragado. No ano passado( 2018), a Vale solicitou da Prefeitura à permissão para elevação em 850 metros da Barragem do Itabiruçu, permissão autorizada. Após este acidente, acende um alerta para às situações caóticas das barragens em todo Brasil.

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  3. Minas tem mais de 400 barragens de rejeitos e quase 10% delas apresentam riscos, indica o Ministério Público. Ameaça recai sobre comunidades e fontes de abastecimento de água.
    A Vale nasceu e iniciou suas operações em Itabira e por isso, abriga algumas das maiores e mais antigas barragens da empresa. Barragem Pontal - 220 milhões de m³ de material.
    Barragem Santana - 15,7 milhões de m³ de rejeitos
    Barragem Itabiruçu - 222,8 milhões de m³ de rejeitos
    Barragem Rio de Peixe - 12,2 milhões de m³
    Barragem Conceição - 36 milhões de m³.
    Barragem Diogo - 2,4 milhões de m³.
    Barragem Porteirinha - 1,3 milhões de m³
    Barragem Monjolo - 400 mil m³ de material.
    * dados -https://valeinformar.valeglobal.net/BR/MG/Paginas/Home-04-04-18.aspx?pdf=1

    Mariana, Brumadinho, qual a próxima, Itabira?

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  4. única certeza deste crime ambiental é que os culpados são a VALE e GOVERNO FEDERAL/ESTADUAL/MUNICIPAL corrupto que afrouxa os licenciamentos ambientais em troca de propinas, barganhas. O maior exemplo é o caso recente de Mariana/MG,até hoje apos mais de 3anos, sem solução.

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  5. Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água como é possível comprá-los? O homem branco Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa (...). Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda.(trecho da CARTA DO CHEFE INDÍGENA SEATLE

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  6. Contaminem seus solos, sua água, seu ar, seus animais, sua floresta, sua cama e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

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  7. Mãe do céu, imagine o desespero das pessoas que estavam próximas. Misericórdia. Que a VALE pague financeiramente por tudo, porque a perda de vidas humanas não tem preço. Este é o país da corrupção, do crime, do colarinho branco. Inshallah. Que nossos governantes tenham atos peremptórios.

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  8. acabei de ver esse vídeo do rompimento no jornal da globo imagine olhar e ver uma onda de lama 12x mais alta que vc acho q não deu nem tempo de reação ou pedi perdão

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