domingo, 21 de outubro de 2018

SALMÃO

Encontrados naturalmente nos oceanos Atlântico e Pacífico, retornam à água doce na época de desova. Embora os salmões do Atlântico possam se reproduzir mais de uma vez, o salmão do Pacífico morre após a reprodução. 



Quando se fala de Salmão, a certeza é de que estamos falando de um dos mais famosos e consumidos peixes no mundo. É uma verdadeira unanimidade que ganhou espaço na mesa de todo o mundo rapidamente. Com uma carne saborosa, o salmão possui um ciclo de vida fantástico valorizando ainda mais a natureza. Do outro lado, convive com uma sua criação em cativeiro.

Ainda hoje, não se sabe ao certo como esses salmonídeos conseguem encontrar o caminho de volta para mesmo rio onde nasceram. Uma teoria é que os salmões possam usar o campo magnético da terra como forma de navegação. Outra possível explicação para tal fenômeno é que antes de sua migração para o mar, o salmão juvenil memoriza os odores químicos e físicos associados com seu local natal e mais tarde, como adultos, utilizam essas memórias de odor para retorno ao lar. 

A cor vermelha da carne é gerada pelo pigmento Astaxantina, que o peixe absorve ao se alimentar de camarões. Mas como a dieta do salmão é variada, também variam as cores de sua carne - desde branco ou rosa suave, até um vermelho vivo. O salmão permanece na água doce nos dois ou três primeiros anos de vida antes de ir para o mar, suportando temperaturas baixas em água doce ou salgada. 


Peixe percorre milhares de quilômetros até retornar a seu local de origem 

Este ciclo acontece assim: ele nasce em algum rio do norte, permanece na água doce nos dois ou três primeiros anos de vida e vai para o mar para passar sua fase adulta, que pode variar entre um e cinco anos, dependendo da espécie. Ao atingir maturidade sexual, conduzido por seu sentido apurado de olfato, volta ao rio onde nasceu, muitas vezes na exata localização, para procriar e morrer. Somente alguns salmões do Atlântico conseguem reproduzir mais de uma vez. 


1 – Os primeiros 18 meses da vida de um salmão são passados no rio onde ele nasceu. Ao final desse período, quando o peixe completa seu ciclo juvenil, ele está pronto para iniciar sua longa jornada em direção ao mar .
2 – Antes de o peixe chegar ao oceano, seu metabolismo passa por alterações que evitarão sua desidratação em contato com a água salgada. Sua aparência também muda: ele perde peso e ganha uma cor cinza. Nesse período o peixe memoriza os odores do lugar onde nasceu. Os hormônios sexuais têm papel importante nessa sensibilidade olfativa.
3 – No oceano, a centenas ou milhares de quilômetros de casa, ele utiliza um tipo de sensor capaz de orientá-lo por meio do campo magnético da Terra. Os especialistas ainda não desvendaram como funciona essa bússola interna.
4 – Após quatro anos no mar, o salmão está pronto para a viagem de volta, mas antes passa por outras alterações. Enquanto os machos ganham uma cor avermelhada, as fêmeas permanecem cinzas, mas num tom mais escuro. As glândulas sexuais de ambos crescem até atingirem quase 50% do peso do peixe.
5 – Ao deixar o mar, o salmão se orienta por sua memória olfativa, lembrando-se dos cheiros que guardou no fim do período juvenil. Na água doce, ele não se alimenta mais e sobrevive só com as reservas de gordura acumuladas. Além de nadar contra a corrente, o peixe muitas vezes precisa escapar de ursos famintos.
6 – Uma alta percentagem de salmões morre antes de chegar ao local onde nasceram para lá se reproduzirem. As fêmeas bem-sucedidas depositam seus ovos e os machos rapidamente os fertilizam, liberando sêmen na água.
7 – Uma vez fecundados os ovos, as fêmeas montam guarda em torno deles, até suas reservas de alimento se esgotarem e elas morrerem. Os machos, por sua vez, continuam fertilizando ovos de outras fêmeas até que, extenuados, também acabam morrendo. 



Cativeiro 
A criação do Salmão em cativeiro foi fundamental para a sua propagação, pois permitiu o seu consumo durante todo o ano. Por outro lado, hoje o método é cada vez mais questionado, e vem gerando debates polêmicos. Esses criadores abarrotam tanques com peixes, em condições de higiene muitas vezes duvidosas, e os alimentam com farinha e corantes para tentar obter a cor rosada do salmão natural. Pior: utilizam grande quantidade de gordura e altas doses de antibióticos para crescerem rápido, gerando mais lucro. 
Em cativeiro, as Astaxantinas que tingem a carne do salmão são substâncias sintéticas derivadas do Petróleo, que, em grandes quantidades, podem causar problemas de visão e alergias e, segundo estudos recentes, podem ser tóxicas e carcinogênicas. A título de comparação, 100g de salmão com corante tem as mesmas toxinas que um ano consumindo enlatados.
O salmão preparado em restaurantes ou vendido em supermercados na América e na Europa é, em sua maioria, proveniente de criações em viveiros


Salmão Selvagem
  • Come crustáceos coloridos, por isso a cor rosa suave. 
  • Possui grandes quantidades de Ácidos Graxos e Ômega 3. 
  • Sua textura é macia e aveludada como todo peixe gordo, desmancha na boca. 
  • Proveniente do Alasca e Rússia. 
Salmão Cativeiro 
  • Come ração e corantes sintéticos que dão à carne uma forte cor alaranjada. 
  • Possui menor quantidade de gorduras boas e grande quantidade de gorduras saturadas. 
  • A textura normalmente é macia, porém precisa ser mastigado. 
  • Proveniente de fazendas no Chile, EUA, Canadá e norte da Europa. 


Referências 
https://super.abril.com.br
https://gia.org.br/portal/aspectos-da-vida-do-salmao 
https://www.petitgastro.com.br 
http://www.mundoporterra.com.br
https://noticias.uol.com.br 
http://globoesporte.globo.com.br

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