Quando lemos um artigo a respeito do espaço, podemos não dar muita atenção ao cientista que expôs as ideias citadas. Teria sido um astrônomo, um astrofísico ou um cosmólogo?
Sim, existem estes três tipos
distintos de profissional, já que se trata de três campos de conhecimento
diferentes. Nem sempre fica claro, na literatura científica, o que está sob o
domínio de cada campo, mas a atividade de cada um deles é muito bem
especificada.
A cosmologia é considerada uma área de estudos
mais abrangente. A palavra é a junção de “cosmo” (relativo ao universo, ao
mundo, a tudo que existe) e “logia” (estudo). Ela estuda a origem, a estrutura
e a evolução do universo, seu passado e seu futuro. Está preocupada com a linha
do tempo do universo como um todo.
A astronomia é voltada não ao mecanismo geral do
universo, mas aos seus funcionamentos específicos: ela estuda os corpos
celestes (desde cada planeta, meteorito ou até uma galáxia inteira) e,
principalmente, seus fenômenos. Está ligada a movimentações no espaço, às
relações entre os componentes do cosmo. A astronomia se ocupa da
previsibilidade de eventos espaciais.
A astrofísica, por fim, tem como objeto de
estudo o mesmo que a astronomia (ou seja, corpos celestes e fenômenos), mas sob
a ótica específica da física. Apoiado em diversas áreas do conhecimento físico,
tais como a física nuclear e a mecânica quântica, o astrofísico se aprofunda em
estudos que fogem da alçada do astrônomo, e vice-versa. Há estudos mais generalistas
da astronomia que não fazem parte da rotina de pesquisa de um astrofísico.
Relações entre os três campos
É óbvio que estas três áreas se comunicam intensamente entre
si. Boa parte dos cientistas considera a astronomia e a astrofísica como campos
de conhecimento dentro da cosmologia. Esta classificação é baseada de forma
“material”: a cosmologia estuda o “todo”, a astronomia e a astrofísica estudam
coisas dentro deste “todo”. Alguns pesquisadores contestam tal divisão,
afirmando que a cosmologia e a astrofísica é que são subcampos da astronomia. O
maior exemplo desta cooperação é um dos grandes enigmas que ocupam a ciência
espacial atualmente: a busca da explicação do surgimento do universo a partir
das experiências no Grande Colisor de Hádrons, ou LHC (o famoso colisor de
partículas em funcionamento na Europa). As teorias surgidas destas experiências
são quase totalmente embasadas na astrofísica (tais como os conceitos de
antimatéria e o bóson de Higgs), e a formulação de tais teorias é a aplicação
de conhecimentos astronômicos. Mas o que as teorias pretendem responder, no fim
das contas, são dúvidas fundamentais da cosmologia, já que tratam do todo.
Dessa forma, cada uma das ciências colabora com as outras duas.
Qual a diferença entre um asteroide, um cometa, um
meteoro e um meteorito?
Asteroide - Um corpo rochoso inativo,
relativamente pequeno, que orbita o sol;
Cometa - Um corpo composto por rocha e gelo,
às vezes ativo. Quando o gelo é vaporizado pelo calor do sol, forma-se uma
espécie de atmosfera em torno do cometa e, se o objeto estiver em movimento,
forma-se uma “calda” de poeira e/ou gás;
Meteoroide - Um pedaço de um cometa ou
asteroide que orbita o sol;
Meteoro - Grande corpo rochoso que, quando
entra na atmosfera terrestre, queima e, dependendo do tamanho, se desintegra
antes de chegar atingir a superfície do planeta;
Meteorito - Um meteoroide que consegue passar
pela atmosfera terrestre e atingir a superfície do planeta.
Tamanho é documento
Se um corpo celeste tiver uma largura menor do que 25
metros, é muito provável que se queime na atmosfera terrestre sem causar
qualquer dano significativo ao planeta. Se um meteoroide tiver mais de 25
metros, mas menos de um quilômetro de largura, é provável que chegue a
danificar consideravelmente a área de impacto e seus arredores. Acredita-se que
qualquer corpo celeste maior que isso poderia causar efeitos globais. Para se
ter uma ideia, asteroides encontrados no cinturão entre Marte e Júpiter (e que,
não se preocupem, não representam uma ameaça à Terra) podem ter mais de 940 km
de largura. Calcular a órbita de corpos celestes como cometas e asteroides é um
trabalho complexo e, como depende de observações feitas em épocas diferentes,
pode ser demorado. Contudo, novas tecnologias e novos dados coletados facilitam
o trabalho cada vez mais.
VÍDEO EXPLICAÇÃO CLIQUE AQUI
Fonte; NASA/ hypescience.com/
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