Os visitantes de um destino turístico desejam apenas desfrutar das belezas naturais? Ou será que cansados da vida nas grandes cidades buscam um lugar recheado de “estórias” e de experiências que merecerão ser contadas? O que você pensa a respeito? Será que o turista quer somente belezas naturais? E se o tempo estiver ruim? O que fazer? Como preservar, respeitar e conviver com a cultura local? Quantas dúvidas!
No Brasil, no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo, foi
desenvolvido o projeto Economia da
Experiência, que tem como referência as teorias postuladas por Rolf Jensen no
best-seller The Dream Society ( A Sociedade dos Sonhos, 1999) e por Joseph Pine
e James Gilmore em The Experience Economy (Economia da Experiência, 1999).
Segundo esses analistas, o turista não quer mais ser meramente contemplativo,
mas protagonista de sua própria experiência no destino que escolheu para
sonhar. A partir dessa linha de pensamento, o principal objetivo dos
profissionais do turismo seria adaptar suas empresas ao novo conceito. Assim,
estabelecimentos e serviços ganham importantes diferenciais e passam a oferecer
experiências memoráveis aos visitantes através da valorização e da
singularidade de cada destino.
EXPERIMENTAÇÃO E
SUSTENTABILIDADE
O
conceito da experimentação começa na pesquisa da história, tradição e cultura
por meio das vivências experimentadas, que se
tornam
uma “marca do destino”. Ao se alinhar todo o potencial turístico do destino – belezas
naturais, história, cultura e atrativos – com bons serviços pode-se criar uma boa
receita para satisfazer moradores e turistas. E como clientes satisfeitos são
bons divulgadores, possibilita-se que outros visitantes venham conhecer o
destino turístico. Nada melhor do que uma boa indicação! Ou seja, o famoso
“boca a boca”. Por outro lado, a construção da sustentabilidade exige um
esforço conjunto no sentido da busca por soluções aos problemas que surgem em
todo processo de desenvolvimento turístico. Não podemos esquecer a infraestrutura
básica para atender a demanda do fluxo turístico e a capacidade de carga
estabelecida. Outro aspecto suma importância a ser considerado é o associativismo
– prática testada e aprovada que direciona o trabalho conjunto para o diálogo
social. Já está comprovado que o isolamento em nada contribui para a
sustentabilidade de uma coletividade. Neste cenário construtivo e
participativo, precisamos analisar alguns aspectos importantes:
HOTELARIA/HOSPEDAGEM - É
importante que os meios de hospedagem participem de uma associação local para
refletir sobre suas necessidades. Entre muitos aspectos, destaca-se como
fundamental o treinamento na qualificação profissional dos funcionários e os
cuidados básicos/essenciais com os serviços de hotelaria.
MEIOS DE TRANSPORTE - Os
que fornecem serviços de transportes, traslados e passeios – também reunidos de
forma associativa – devem prover veículos bem equipados
e em excelente estado de conservação e manutenção, com equipes bem treinadas,
capacitadas, uniformizadas, atenciosas e educadas. O relacionamento entre os
membros da equipe, o atendimento e a qualidade dos serviços prestados deve constituir
uma preocupação constante.
GASTRONOMIA/ALIMENTAÇÃO – Para os fornecedores da área
alimentação deveriam coligar-se em associação que os represente. Higiene,
conservação, manipulação, qualidade dos alimentos, atendimento, variedade de
cardápios e de pratos típicos devem ser “marca registrada” na culinária do destino
turístico.
A
partir desta perspectiva sistêmica, a participação e a interação dos
representantes dos diversos segmentos da comunidade local, devidamente
coordenados por um Conselho Gestor, são fundamentais para o desenvolvimento de
projetos específicos e estruturantes. É indicado que os projetos estejam
alinhados e compatibilizados entre si, e geridos pelo Conselho. Outro aspecto
importante: a participação dos representantes da comunidade e demais atores
sociais na elaboração e priorização de projetos que irão compor o programa de
desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade de um destino depende do modelo
de turismo a ser desenvolvido, que deve considerar os elementos básicos de um plano
turístico, a saber: o público alvo a atrair, o levantamento e a proteção do
patrimônio histórico, natural e cultural, a oferta turística, o melhoramento
contínuo de produtos e serviços, a elaboração de um calendário de eventos, o
estabelecimento de estratégias de competitividade de mercado e a divulgação. Ainda
sobre a elaboração de um plano para o desenvolvimento sustentável não se pode esquecer-se
de traçar cenário (realistas, otimistas e pessimistas), analisar os fatores de
influência, as tendências de mudanças, os riscos e oportunidades, assim como,
estudar os diversos aspectos de viabilidade de cada projeto e do programa como
um todo. Nessa perspectiva, acredita-se que a participação de todos os atores deste
processo – cada um no seu espaço e com os seus conhecimentos e competências –
poderão efetivamente contribuir para o desenvolvimento sustentável do destino
turístico.
A geografia do turismo no Brasil clique aqui
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fonte: cidadania;meio ambiente
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