Mergulhe no atol das Rocas, um santuário ecológico visitado por milhares de peixes e aves - e nenhum turista. Paraíso atlântico.
OÁSIS DAS ESPÉCIES - No oceano Atlântico, a 266 quilômetros do
litoral do Rio Grande do Norte, há um grupo de pequenos bancos de areia e
recifes em forma oval, o atol das Rocas. É o topo de um vulcão que se eleva
desde 3 mil metros de profundidade. O ambiente é inóspito para o homem - não há
água doce e a área total é menor do que a de cinco campos de futebol - mas um
paraíso para espécies como esta tartaruga verde, que está ameaçada de extinção.
GAIATOS E FAMINTOS - As poucas áreas de terra firme são
infestadas de pequenos bichos, muitos deles trazidos como intrusos em navios.
Os animais disputam a tapa qualquer objeto. O fotógrafo precisou lutar para
eliminar um formigueiro que começou a crescer dentro da lente da câmara e, em
um momento de distração, caranguejos como este devoraram metade de seu chinelo.
Este é um dos raros momentos em que um
polvo sai para passear à luz do dia. Ele se alimenta dos filhotes de tartaruga
da região e os disputa com os tubarões que também se reproduzem ali.
SAI FORA!
Longe de cobras, lagartos e gatos do mato,
não há nenhum predador que atrapalhe o sossego de aves como este
atobá-mascarado. A grande preocupação é garantir o espaço nos ninhais
superlotados.
NEM ME VIU
O linguado vive junto ao fundo do mar e
desenvolveu truques para se adaptar a esse estilo de vida: ele possui os dois
olhos virados para cima e muda de cor de acordo com o lugar em que está parado.
Cerca de 150 mil aves passam pelo atol todo
ano. A andorinha é uma das cinco espécies que se reproduzem ali, mas outras 25
passam na ilha durante a migração para descansar ou conseguir comida.
AQUÁRIO NATURAL
A água no interior do anel de recifes forma
piscinas naturais totalmente cristalinas, onde vivem animais como esta
arraia-lixa. O turismo foi proibido para proteger esse ecossistema tão
delicado. Os únicos a visitar a ilha são cientistas.
Rocas são estes grandes blocos de recife
que se espalham na parte leste do atol. A maioria só pode ser vista durante a
maré baixa. Quando ela enche, sobram apenas as pedras maiores e duas ilhas.
FORA DE VISTA
O ponto mais alto do atol não passa de 3 metros, tão baixo que os barcos costumam perdê-lo em meio às ondas. Dezenas de embarcações já se chocaram contra os recifes e naufragaram. Estas ruínas são de um farol construído em 1887 para alertar os navios. Ele foi substituído por um automático depois que alguns faroleiros passaram maus momentos e até morreram de sede.
fonte: superinteressante por Rafael Kenski
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