O oceano não é o único ambiente em que é possível encontrar peixes gigantes. Embora o peixe típico de água doce seja menor que os de água salgada, há poucos que podem crescer em tamanhos gigantes. No Brasil, os monstros dos rios são o pirarucu e
a piraíba.
Os
maiores peixes de água doce do Brasil são o pirarucu (Arapaima gigas) e a
piraíba (Brachyplatystoma filamentosum). Considerados também dois dos maiores
peixes do mundo, alcançam, em média, 2,5 metros e podem atingir 200 quilos. No
passado, existiam pirarucus ainda maiores, próximos dos 3 metros. Para crescer
tanto, ele teria de viver muitos anos, o que não ocorre hoje em dia, por causa
da intensa atividade pesqueira. O pirarucu é mais encontrado na região
amazônica, onde tem grande importância econômica — suas escamas, por exemplo,
são usadas para fazer artesanato e lixas de unhas. A piraíba também vive na
mesma região. Outros grandalhões da Amazônia são o peixe-boi (2,8 metros) e o
boto-cor-de-rosa (2,5 metros), mas ambos não entram nesse ranking, pois não são
peixes, e sim mamíferos aquáticos. Entre os peixes de água salgada do nosso
litoral, alguns dos maiores são o tubarão-baleia (12 metros e 12 toneladas), o
agulhão-negro (3,5 metros e mais de 600 quilos) e o mero (2 metros e até 400
quilos). "Apesar de enorme, o tubarão-baleia é inofensivo, se alimenta de zooplâncton
e pequenos peixes". O Brasil possui mais de 2 mil espécies de peixe de
água doce e pelo menos 1300 peixes marinhos.
Os
gigantes das águas doces que vivem em diferentes regiões do país.
Tamanho
- cerca de 2,5 m
Peso
- até 200 kg
Onde
vive - rios da bacia Amazônica
O
pirarucu gosta de nadar em águas calmas e rasas e se alimenta de peixes como
cascudo, pescada e tucunaré, além de camarão, caramujos, tartarugas e até
cobras. Quando está para acasalar, a cabeça do macho fica preta e a fêmea ganha
um tom amarronzado.
Tamanho
- cerca de 2,5 m
Peso
- 200 kg
Onde
vive - rios da Amazônia e região do Araguaia—Tocantins
A
piraíba é um bagre de corpo roliço e hábito noturno. É nesse período que ela
sai para caçar, principalmente pequenos bagres de outras espécies, caranguejos
e répteis. Na época da reprodução, é capaz de migrar 4 mil quilômetros para
encontrar o local ideal para lançar seus ovos.
Tamanho
- mais de 2 m
Peso
- cerca de 20 kg
Onde
vive - em quase toda América do Sul
Conhecido
como peixe-elétrico, ele parece uma enguia. O poraquê é capaz de produzir uma
descarga elétrica de até 600 volts, arma que usa para se defender e caçar seu
almoço — pequenos peixes. A cada oito minutos, em média, o poraquê tem de subir
à superfície para respirar.
JAÚ (Paulicea luetkeni)
Tamanho
- 1,5 m
Peso
- mais de 100 kg
Onde
vive - bacias dos rios Amazonas e Paraná
Muito
procurado por pescadores esportivos, o jaú, quando fisgado, pode arrastar uma
canoa por vários quilômetros. Ele gosta de viver em rios caudalosos e de se
esconder perto de pedras submersas. Uma de suas presas preferidas é o armau,
pequeno peixe comum no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.
Tamanho
- mais de 1 m
Peso
- mais de 20 kg
Onde
vive - bacias dos rios Paraná e São Francisco
Coberto
de escamas douradas, ele é famoso pelos saltos espetaculares que costuma dar
para fora da água quando é fisgado por pescadores. Em geral, nada em cardumes
nas correntezas dos rios e realiza longas migrações reprodutivas. Tem dentes
afiados e é um predador temido e voraz.
Tamanho
- cerca de 1 m
Peso
- 35 kg
Onde
vive - rios da Amazônia e na bacia do Paraná
O
tambaqui tem o maxilar prolongado para frente e uma forte mordida. No período
da seca nos rios da Amazônia, ele vive praticamente sem se alimentar, graças à
gordura acumulada no corpo. Na cheia, ruma para trechos de mata inundados, onde
come frutas e sementes.
Fonte: Dicionário dos Peixes do Brasil -
Hitoshi Nomura/
Peixes: Costa Brasileira - Alfredo Carvalho
Filho, Melro,
www.pesca.com.br/ mundoestranho.
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