Um raro espetáculo. Existem menos de 1000 gêiseres.
A região campeã é Yellowstone, parque americano, com 400. A península de Kamchatka, na Rússia, tem quase 200. O vale de El Tatio, no Chile, 50. A ilha Umnak (Alasca), a ilha Norte da Nova Zelândia e a região de Hveavellir, na Islândia, têm cerca de 15 cada uma.
A região campeã é Yellowstone, parque americano, com 400. A península de Kamchatka, na Rússia, tem quase 200. O vale de El Tatio, no Chile, 50. A ilha Umnak (Alasca), a ilha Norte da Nova Zelândia e a região de Hveavellir, na Islândia, têm cerca de 15 cada uma.
A palavra, de origem islandesa, significa "fonte jorrante". Há registros de que ela teria sido usada pela primeira vez com o sentido atual em 1294, para descrever um estranho buraco que cuspia fortes jatos de água quente e vapor de dentro da terra, no oeste da Islândia. Desde então, o termo tornou-se universal, significando esse curioso fenômeno que só costuma ocorrer em áreas de erupção vulcânica relativamente recente. "Isso explica por que não existem gêiseres no Brasil. Aqui, os últimos vulcões se extinguiram no período mesozoico, entre 245 e 66 milhões de anos atrás". Regiões vulcânicas têm o primeiro ingrediente necessário para o fenômeno: camadas de magma incandescente. Situadas a poucos quilômetros da superfície, elas funcionam como uma chama de fogão, aquecendo a água da chuva ou de neve derretida que penetra no subsolo.
Em
reservatórios nas rochas impermeáveis, o líquido atinge temperaturas superiores
a 200ºC. À medida que esquenta, ele ganha pressão, aumenta de volume e empurra
a coluna d’água para cima. É o mesmo processo que ocorre nas estâncias termais,
mas com uma diferença importante: nos gêiseres, as rachaduras que levam a água
à superfície são muito mais estreitas. "Por isso, quando a pressão é forte
o suficiente para expulsar a mistura de líquido e vapor dos reservatórios, o
jato d’água sai de uma vez só, na forma de uma erupção. Horas depois de se
esvaziarem com esses jatos escaldantes, os depósitos subterrâneos voltam a se
encher de água e o show se repete. Em alguns casos, com pontualidade britânica.
O famoso Old Faithful, no Parque Yellowstone, Estados Unidos, lança jatos de
até 50 metros a cada 80 minutos.
Como
algumas erupções chegam a causar pequenos terremotos, as rochas em áreas de
gêiseres precisam ser ricas em sílica, mineral resistente às chacoalhadas do
terreno. Poucos lugares no mundo reúnem todas essas características. Existem,
em todo o planeta, menos de 1000 gêiseres, a maioria concentrada nos Estados
Unidos, Rússia e Chile. Além de raros, eles também são frágeis. Fenômenos
geológicos corriqueiros, como tremores de baixa intensidade, podem pôr fim aos
jatos d’água. Foi o que aconteceu com a lendária fonte quente de Waimangu, na
Nova Zelândia. Nascido de uma erupção vulcânica em 1888, esse gêiser chegou a
disparar jorros de 480m. Para ter uma ideia, é uma altura superior à das Torres
Petronas, na Malásia, os prédios mais altos do mundo, com 452m. Mas, em 1904,
um deslizamento de terra alterou o fluxo da água subterrânea e acabou com o
espetáculo.
Pode vir
quente
Pressão faz a água subterrânea explodir terra acima
1.
A água que vem das chuvas (ou da neve derretida) se infiltra na terra e se
deposita nas fraturas das rochas. A 1500ºC de temperatura, o magma de regiões
vulcânicas recentes esquenta a água dos depósitos subterrâneos até ela chegar a
200ºC.
2.
Superaquecido, parte do líquido dos reservatórios começa a se transformar em
vapor. No estado gasoso, a água ocupa um volume até 1500 vezes maior - por
isso, tende a explodir para fora dos reservatórios subterrâneos.
3.
As fendas estreitas fazem com que o sistema funcione como uma panela de
pressão. A mistura de vapor e líquido só consegue passar pela pequena abertura
quando estiver superpressurizada e extremamente quente, pronta para expulsar a
coluna d’água para cima.
4.
A erupção do gêiser ocorre quando a água escapa de uma só vez dos
reservatórios. Nessa explosão de líquido e vapor, os jorros podem ultrapassar
os 100 metros de altura. O espetáculo dura alguns minutos. Depois, o sistema
subterrâneo volta a encher para um novo disparo
Água quente
Com
o calor do magma vulcânico, as moléculas se agitam intensamente: colidem entre
si, ganham mais volume e tendem a virar vapor.
Água fria
As
moléculas de hidrogênio e oxigênio (H2O) que formam o líquido ficam
próximas umas das outras e ocupam um espaço definido.
Panela de pressão subterrânea
Eles parecem ser apenas aberturas no solo.
Até que vem uma erupção e os gêiseres se revelam! O fenômeno ocorre em regiões
onde há vulcões ativos e depósitos de magma (líquido presente em poucas áreas
do interior da Terra), capazes de aquecer rochas.
Aí, basta a água se acumular no solo
superquente para uma erupção acontecer. Água presa entre rochas quentes faz um
gêiser entrar em ação. Veja como ele funciona:
1. A água das chuvas (ou de neve
derretida) entra por rachaduras do solo e se acumula perto de rochas aquecidas
pelo magma.
2. Como o calor é forte, parte da água
evapora, ocupando mais espaço do que o líquido: em estado gasoso, a água tem
até 1 500 vezes mais volume.
3. A disputa de espaço cria tanta
pressão que água e vapor são expulsos por aberturas do solo, em jatos que
chegam a 200 graus Celsius e 100 metros de altura.
Nada no Brasil
Não existem gêiseres em nosso país, porque
os últimos vulcões daqui se extinguiram milhões de anos atrás. Mas há registros
de gêiseres antigos, de 400 milhões de anos, como na cidade de Anhembi, estado
de São Paulo.
Você sabia que
Um gêiser pode entrar em erupção várias
vezes ao dia ou passar anos sem dar qualquer sinal de atividade? Tudo depende
do acúmulo de água entre as rochas aquecidas.
fonte: mundoestranho/superinteressante/revistageografica
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