sábado, 27 de outubro de 2012

LIVRO NEGRO - CORES MORTÍFERAS





Nos sapos das florestas úmidas, a ciência está descobrindo as formas e os tons mais elegantes da natureza. E também os venenos mais violentos do reino animal.





Nos últimos anos, dezenas de espécies de sapos tropicais foram capturados e estudados pela primeira vez. É que eles armazenam sob a pele um coquetel de substâncias com propriedades extraordinárias. Algumas são venenos fulminantes: a dose de um único sapo, em certas espécies, pode liquidar 20 000 ratos. Ou dez homens. Para os cientistas, essas toxinas podem servir de modelo para fabricar diversos medicamentos novos. Aqui você vai ver as últimas espécies capturadas na Amazônia e na África pelos biólogos da Universidade Paris VII. E vai notar que a riqueza bioquímica guardada sob o couro dos batráquios só é comparável à variedade das estampas que cobrem a sua pele.


Com sobrancelhas
Com menos de 5 centímetros de comprimento, o Megophrys nasuta é uma das últimas capturas dos cientistas franceses nas selvas da América Latina. Os pesquisadores ainda nem tiveram tempo de analisar suas substâncias.


Feito detergente
O Agalichnis callidryas secreta moléculas da classe das proteínas. Feito um detergente, as substâncias bloqueiam a infecção por micróbios. De uma ponta à outra, o sapo mede 10 centímetros.

Pequenos frascos, grandes poções

Eles são minúsculos e belíssimos, mas não se deixe enganar. Basta tocar no corpo de alguns deles para absorver o veneno escondido sob a pele. Aí, é mortal.


Enigma vermelho
Pintado assim, o Mantella aurantiaca não engana ninguém. Sua cor significa “perigo de morte” na gramática da natureza. Para a ciência, que ainda não o estudou direito, é um mistério. Comprimento: cerca de 1 centímetro.


Ouro sobre preto
Por cima, parece uma roupa de gala. Por baixo, a pele do Dendrobates leucomelas está cheia de glândulas produtoras de substâncias da classe dos alcalóides. O bicho tem uns 3 centímetros de comprimento.


Variante em verde
O Dendrobates auratus tem uns 3 centímetros. Também fabrica venenos da classe dos alcaloides, que são 1 000 vezes mais fortes que o curare, tirado das plantas e usado nas flechas dos índios.

Antibiótico vivo
A Phyllomedusa bicolor fabrica uma espécie de antibiótico que ajuda a combater infecções. Os mamíferos também têm esse tipo de proteção, mas a Phyllomedusa, de 5 centímetros, produz 100 000 vezes mais substâncias.

Novata africana
Uma espécie recém capturada na África, o Kasina senegalensis ainda não teve as secreções de sua pele analisadas por completo. Tem 7 centímetros de comprimento.



Referências
mundoestranho/superinteressante/bizarro.com/

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