No oceano Pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1.000 km de extensão. Acredita-se que haja cerca de 100 milhões de toneladas de plástico de todos os tipos.
Por
ser tão barato e tão popular, o plástico logo se transforma em lixo e é
dispensado em qualquer lugar. Assim, logo se tornou o material mais volumoso em
lixões e aterros. E, infelizmente, é encontrado nos lugares mais inapropriados:
na cidade, em áreas naturais, rolando nos desertos e campos, enroscados no alto
das árvores, flutuando em lagoas e rio. Nem o remoto alto mar escapa.
Descartado o plástico logo sai de vista, mas não desaparece. Carregado pelas
correntes marinhas, circula indefinidamente, concentrando-se no centro dos
grandes oceanos, onde chega a formar imensas ilhas flutuantes.
Dois fatores contribuem para formação do problema: a ação humana
e a própria natureza. Segundo
os pesquisadores, um quinto dos resíduos é jogado de navios ou plataformas
petrolíferas. O restante vem da terra. No mar, o lixo flutuante é agrupado por
influência das correntes marítimas e fica vagando dos dois lados do arquipélago
havaiano. O plástico é o resíduo mais comum por ser leve, durável e um produto
onipresente e descartável tanto em sociedades avançadas quanto em
desenvolvimento. Ele pode flutuar centenas de km antes de ser pego por um
redemoinho e, então, se decompor com o tempo. Mas depois de se partir em
pedaços, os fragmentos parecem confete na água. Milhões, bilhões, trilhões e
mais dessas partículas flutuam nos redemoinhos repletos de lixo do mundo,
colocando em risco a fauna marinha. Pesquisadores alertam para o fato de que
toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material e
que não foi reciclada ainda está em algum lugar do planeta. Essa sopa plástica
pode funcionar como uma esponja que concentra poluentes persistentes. Ou seja,
qualquer animal que se alimenta nestas regiões pode ingerir altos índices de
venenos que acabam introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana,
tornando verdadeira a afirmação de que o que fazemos à Terra acaba tendo
impacto sobre nós, seres humanos.
No
meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões
de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas
correntes marítimas e formam um amontoado de 700 mil km2 (duas
vezes o estado de São Paulo/Brasil). Um
desastre - mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer
coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial,
de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a uma cidade como Manaus/Brasil)
e capacidade para 500 mil habitantes.
Ela teria casas, lojas, praias, áreas de
lazer e plantações - tudo apoiado numa base de plástico flutuante. Seus
criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente,
produzindo a própria comida e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas
para a ilha. A principio, tudo será feito com o lixo que
encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante
seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente
(sem ameaçar a estabilidade da ilha).
O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para
começar - ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não
é economicamente rentável. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a
poluição causada pelo ser humano", diz Knoester. Enquanto isso não
acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse empreendimento continua
boiando.
LIXÃO
FLUTUANTE
Como
é e onde fica a super-mancha de lixo.
Onde:
Oceano Pacífico.
O
que tem: 4 milhões de toneladas de plástico
Origem:
80% vêm dos continentes; 20% são jogados por navios.
Fonte: noticias.terra.com.br
/planetasustentavel.abril.com.br/superabril.com.br
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