Chuva é um fenômeno meteorológico que consiste na precipitação de gotas de água no estado líquido sobre a superfície da Terra. A chuva forma-se nas nuvens. Nem todas as chuvas atingem o solo, algumas evaporam-se enquanto estão ainda a cair, num fenômeno que recebe o nome de virga e acontece principalmente em períodos/locais de ar seco.
Embora muitas pessoas não gostem das chuvas, elas são fundamentais para o nosso planeta, pois contribuem para o desenvolvimento das diversas formas de vida (animal e vegetal).
A chuva tem papel importante no ciclo hidrológico. A quantidade de chuvas é medida usando um instrumento chamado pluviômetro, de funcionamento simples: a boca de um funil de área conhecida faz a coleta das gotas de chuva e as acumula em um reservatório colocado abaixo do funil. Um observador vem no tempo de amostragem (1 vez por dia, 4 vezes por dia etc), e com uma pipeta com escala graduada, mede o volume de água acumulado no período. Por exemplo, ele pode ter medido que caiu 25 mm por metro quadrado nas últimas 24 horas.Para maior precisão no registro das alturas de chuvas utiliza-se um aparelho denominado de pluviógrafo que registra num gráfico as alturas de precipitações em função do tempo. A este gráfico denomina-se pluviograma.
A chuva é um fenômeno climático que ocorre da seguinte forma
1º - A água, quando é aquecida (pelo Sol ou outro processo de aquecimento), evapora e se transforma em vapor de água;
2º - Este vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir;
3º - Formam-se as nuvens carregadas de vapor de água (quando mais escura é a nuvem mais carregada de vapor de água condensado).
4º - Ao atingir altitudes elevadas ou encontrar massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se novamente em água;
5º - Como é pesada e não consegue sustentar-se no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.
Existem regiões do mundo em que ocorrem poucas chuvas. Nos desertos (Saara, Atacama, Arábia), por exemplo, o índice de umidade é baixíssimo. Isto dificulta a formação de nuvens e das chuvas. Já em regiões como a Floresta Amazônica, as chuvas ocorrem em grande quantidade em função do alto índice de evaporação da água.
As nuvens se formam pela perda da capacidade do ar de conter umidade. Isto ocorre normalmente, quando massas de ar que estão com alta umidade relativa, sofrem resfriamento. Na atmosfera, isto se dá normalmente pela elevação destas massa de ar. Ao subir, o ar vai se expandindo pela diminuição da pressão atmosférica. Esta expansão, desconcentra calor, resfriando-o. À medida que o ar vai se resfriando, ele vai perdendo a capacidade de conter umidade, ou seja, sua umidade relativa vai aumentando até chegar a 100% da sua capacidade. Daí para frente, a umidade começa a aparecer sob a forma de pequenas gotículas de água que pairam no ar, levadas pelos ventos. Quando o fenômeno ocorre a certa altura, chamamos de nuvem, quando está próximo do chão, chamamos de neblina, serração, névoa, etc..Se o processo continuar se intensificando, haverá a precipitação da umidade em forma de chuva.
As precipitações podem estar associadas a diferentes fenômenos atmosféricos sob diferentes escalas de desenvolvimento temporal e espacial. Por exemplo:
1 - Chuvas frontais
1 - Chuvas frontais
São causadas pelo encontro de uma massa fria (e seca) com outra quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as de inverno no Brasil Meridional que caminham desde o Sul (Argentina) e se dissipam no caminho podendo , eventualmente, chegar até o estado da Bahia. Por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da mesma que condensa e forma a precipitação.
- Características
É uma chuva de menor intensidade, com pingos menores, e de longa duração. Pode ocorrer por vários dias, apresentando pausas e chuviscos entre fases mais intensas. Na metade sudeste do continente, pode ocorrer em qualquer época do ano, mas tem maior duração nos meses frios, quando os fenômenos atmosféricos são menos intensos. Pode produzir ventos fortes e grande quantidade de raios. Ocorre em uma imensa área simultaneamente.
- Como se forma
- Ocorre pelo encontro de duas grandes massa de ar. Uma quente e úmida, estacionária ou vinda do quadrante norte, outra fria, vinda do quadrante sul.
- A frente fria, mais densa, entra por baixo, levando para cima a massa de ar quente.
- Quando esta massa de ar quente possui elevada umidade relativa, a chuva é iminente.
- A intensidade dos fenômenos (chuvas, ventos, raios), depende da intensidade dos elementos envolvidos (velocidade dos deslocamentos, umidade e temperatura das massas de ar). Frentes frias ocorrem comumente a cada 6 a 8 dias, e poderão ou não provocar chuva.
2 - Chuvas de convecção ou convectivas
são também chamadas de chuvas de verão na região Sudeste do Brasil e são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais). O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro, na Floresta Amazônica e no Centro Oeste. Na região Sudeste, particularmente sobre a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) também ocorrem tempestades convectivas associadas a entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves consequências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas
- Características
Típica chuva de verão, com grande intensidade e curta duração (é menos comum no inverno). Pode produzir ventos locais e muitos raios. Ocorre pela formação de "corredores" verticais de ar, provocados pela elevação de massas de ar quente.
- Como se forma
- Quando o sol aquece a terra, formam-se células convectivas. Estas células são imensas massas de ar aquecido na superfície da terra, que iniciam uma subida em algum local.
- Esta subida tende a puxar para cima mais ar aquecido da superfície da terra. O ar aquecido que está subindo empurra para cima e para os lados o ar que está acima dele. Acelera-se o processo como numa ampla e gigantesca chaminé.
- Por isto, estas nuvens tem um formato típico de cogumelo. São muito grandes, podendo ter dezenas de quilômetros de diâmetro, e vários quilômetros de altura.
- Podem ocorrer isoladas (com céu azul em volta), o que é facilmente observado por pessoa que não esteja sob a imensa nuvem.
- Quando o processo produz nuvens muito altas e de grande energia cinética, criam ambiente ideal para formação de granizo.
- Apresentam grande atividade elétrica interna, com infinidades de raios e violentos ventos verticais e turbulências diversas. São um enorme perigo para aeronaves.
- Podem produzir grandes diferenças de potencial elétrico com a terra, possibilitando intensa ocorrência de raios.
- É uma nuvem muito sonora e relampagueante. popularmente como pancadas de chuva, aguaceiros ou torós.
3 - Chuvas orográficas (ou Estacional)
São também chamadas de chuvas de serra, ou ainda, chuvas de relevo e ocorrem quando os ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar. São comuns nos litorais paranaense, catarinense e paulista e em todo o litoral brasileiro na Serra do Mar. Esse tipo de precipitação pode estar associada a presença do efeito Föhn, que condiciona a existência de áreas mais secas a sotavento dessas barreiras.
- Características
Ocorre quando uma nuvem encontra um alto obstáculo em seu caminho, como uma grande elevação do terreno, cadeia de morros, serra, etc.
- Como se forma
- Para a massa de ar transpor o obstáculo, é forçada a subir. Aí ocorre aquela velha história: ar que sobe é ar que se expande pela menor pressão atmosférica, e ar que se expande é ar que "dilui" calor. Massa de ar que perde calor, perde junto a capacidade de conter umidade, o que gera nuvens e em segmento, chuva. Daí a grande incidência de nebulosidade e chuvas, muitas vezes torrenciais, nas altas encostas dos morros.
- Estas nuvens podem provocar tempestades elétricas perigosas, pela proximidade da terra com as nuvens, sobretudo quando ocorre juntamente com outro tipo de chuva (frontal, convectiva).
As maiores precipitações registradas na região sudeste ocorreram em fevereiro de 1966 quando durante um tórrido verão se juntaram uma frente fria com as precipitações convectivas e na Serra do Mar as chuvas orográficas, ocasionando grandes desastres sobretudo no eixo Rio-São Paulo. Esta chuva excepcional de período de retorno ou recorrência calculado como cerca de 100 anos está registrada no livro "Enchentes no Rio de Janeiro" publicado pela SEMADS-GTZ.
Índice Pluviométrico
Para poder acompanhar a quantidade de chuvas numa determinada região, os pesquisadores climáticos criaram o índice pluviométrico (medido em milímetros). Este é calculado da seguinte forma: as estações meteorológicas marcam um espaço no terreno de uma determinada região. Medem e acompanham a quantidade de chuva que cai ali durante o ano. Este índice é uma boa referência para se conhecer o clima de uma região.
Temporais
Muitas vezes as chuvas ocorrem em forma de temporais. Estas se caracterizam pelos ventos fortes, trovoadas e relâmpagos. Os relâmpagos são descargas elétricas provocadas pelo choque entre nuvens carregadas com muita água e energia. Já o trovão, é o som provocado por este choque.
Muitas vezes as chuvas ocorrem em forma de temporais. Estas se caracterizam pelos ventos fortes, trovoadas e relâmpagos. Os relâmpagos são descargas elétricas provocadas pelo choque entre nuvens carregadas com muita água e energia. Já o trovão, é o som provocado por este choque.
Previsão de Chuvas
As estações meteorológicas conseguem prever as chuvas, pois observam as imagens de satélites que mostram a posição e o deslocamento das massas de ar. Com dados de outros fatores (umidade, ventos, temperaturas) conseguem prever, com elevado índice de precisão, o horário e quantidade de chuvas.
Chuva Ácida
Típica dos grandes centros urbanos, onde a poluição do ar é comum, é um tipo de chuva que possui grande quantidade de poluentes.Causa danos à agricultura, às árvores e até mesmo aos monumentos históricos e arquitetônicos.
Chuva de granizo
- COMO SE FORMA O GRANIZO?
Granizo é uma das formas de precipitação atmosférica, um fenômeno meteorológico, e esta, em particular, acontece na forma sólida de gelo.
O tamanho das pedras de granizo pode surpreender o passante por sua variabilidade, desde meros 5mm de diâmetro ao tamanho de uma bola de tênis. Mas é bom registrar que as maiores pedras de granizo já registradas tinham cerca de 5 kg e caíram em Bangladesh causando quase 800 óbitos e muitos mais feridos.
O que muitas pessoas não sabem é que a formação de granizo é comum nas nuvens de tempestade, o incomum é que o granizo atinja a superfície.
- E como ele se forma?
A formação do granizo ocorre nas nuvens do tipo cumulonimbus (as de tempestade), . No interior delas existem correntes de ar ascendentes e descendentes que ficam levando o vapor d'água condensado acima do que chamamos de linha Isotérmica, que é de 0ºC e depois o "arrastam" abaixo desta linha. Acima, desta linha as gotículas de água se congelam e depois "caem", seja por peso ou por uma corrente descendente. Neste vai-e-vem o granizo derrete e depois recongela num processo contínuo de aquecimento e resfriamento que absorve cada vez mais umidade e cria camadas e mais camadas de gelo até que as bolas de granizo alcançam um peso que impede sua sustentação, e então ele cai. Entre a parte mais baixa das nuvens e o solo as pedras de granizo são expostas à temperatura do ar e podem ser aquecidas. Esse aquecimento pode ou não liquefazer o granizo.
Olá Professor Omar, Sou uma alunoda de Pedagogia e estou estudando ensino de ciências e essa sua postagem caiu direitinho o que eu queria para a minha apresentação. Muito interessante esse assunto. Parabéns e Muito Obrigada!!
ResponderExcluirPriscilla