A questão é o lucro. A engrenagem funciona para gerar lucro, e isso a qualquer custo. E todos, inclusive os que estão defendendo uma causa em particular, estão movendo alguma engrenagem do sistema, logo, contribuindo com todos os erros, acertos e desastres.
Os avanços modernos transformam constantemente a sociedade permitindo a produção em massa e consequentemente o aumento da utilização de recursos naturais tornando-os cada vez mais escassos, comprometendo direta e indiretamente a Biodiversidade. Temos em vista a necessidade de se adaptar às novas demandas de mercado e a preocupação com a sustentabilidade a longo prazo. Isto é; o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.
Em decorrência das crises existentes entre homem e a natureza surgem os princípios éticos que demonstram a importância do respeito aos natureza, uma vez que a mesma precede à espécie humana. Tem-se então o entendimento que os seres vivos em seus ecossistemas devem ser dotados de valores que lhes dão o direito à preservação e respeito.
Temos a maior riqueza do planeta e precisamos dar valor. O Brasil se orgulha de ter a maior biodiversidade do planeta. Somadas as riquezas biológicas da Amazônia, cerrado, mata atlântica, Pantanal e caatinga, o país abriga mais espécies de plantas, animais, fungos e bactérias do que qualquer outro. Acesse Ranking da biodiservidade.
Informações recentes, por exemplo, dão conta de que em 1 ano foi desmatada uma área equivalente a 13 vezes o tamanho de Belo Horizonte.
Por mais que vários estudos mostrem que a retirada da vegetação da região amazônica afetará, de forma dramática, todas as formas de vida no Cone Sul, parte do Caribe e até mesmo do Planeta, existe aquele segmento da sociedade que não acredita nas mudanças climáticas, contribuindo e até estimulando essa ação predatória em outros lugares. Tal segmento encontra, ainda, fragilidade na fiscalização contra o desmatamento, motivo pelo qual age de forma contínua e na certeza de que não serão afetados ou impedidos de agir.
A floresta amazônica está sob um sistema extremamente frágil, pois seus solos são pouco férteis e predominantemente arenosos; a floresta se mantem a partir da ciclagem de nutrientes, provenientes da decomposição das próprias folhas das árvores que caem e assim formam uma camada superficial rica em matéria orgânica. Nessas condições, uma vez desmatada a floresta, não ocorre sua regeneração, dando origem assim a uma vegetação típica de solos pobres.
Com a ausência da vegetação de floresta, as massas de ar provenientes do Oceano Atlântico, não serão mais condensadas e exportadas, como ocorre atualmente, seguindo a orientação norte-sul da Cordilheira dos Andes como anteparo até chegar aos estados da região centro-sul. Será então o fim dos chamados “Rios Voadores”. Como resultado, não haverá mais um regime regular de chuvas e o país ficará à mercê de mudanças abruptas de temperatura, aliadas a chuvas escassas intercaladas com temporais, quebrando assim a regularidade que existe atualmente. Ter-se-á então um regime climático implacável, semelhante às regiões desérticas.
Referência
https://www.ecodebate.com.br/
http://blogcienciasbio.blogspot.com
http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/
imagens: árvore, ser tecnológico
quanto vale uma floresta? depende de sua interpretação.
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