quarta-feira, 8 de agosto de 2018

SOCORRO!!! MINHAS PLANTAS ESTÃO INFESTADAS DE ALIENÍGENAS..

As plantas atacadas por pulgões sofrem engruvinhamento das folhas, provocado pela sucção que ocorre na face debaixo da mesma. Essa lesão nas folhas acaba por reduzir o crescimento da planta e sua produtividade, afeta flores e frutos. Por todas essas razões, você deve tentar controlar a infestação de pulgões no seu jardim, horta ou vaso. 


Pulgões
Existe cerca de 1,5 mil espécie de pulgões que atacam as mais diversas espécies de plantas cultivadas. Os pulgões são pequenos insetos sugadores de seiva elaborada e que prejudicam as culturas não apenas pela sucção de seiva, mas pela inoculação de toxinas e transmissão de viroses, esta última sendo o dano mais sério. Causam declínio rápido da planta, seca dos galhos a partir das extremidades e folhas amareladas. As radicelas apodrecem, folhas e frutos ficam menores e surgem sintomas de deficiência nutricional. A extensão dos prejuízos causados pelo pulgão às plantas depende da densidade populacional e do estágio de desenvolvimento, vigor e suprimento de água das plantas. O inseto infesta a face inferior das folhas, mas também podem ser observadas manchas necrosadas na face superior. Devido à intensa sucção de seiva, eles produzem um volume significativo de excrementos que cobrem as folhas inferiores, deixando-as pegajosas ou cobertas com fumagina. 
É bastante conhecida a relação de mutualismo que os pulgões estabelecem com formigas (foto acima): enquanto os primeiros fornecem substâncias açucaradas que secretam às formigas, estas os defendem contra a aproximação de seus inimigos naturais e os carregam para colonizarem novas plantas. 
Os pulgões são capazes de desenvolver resistência contra pesticidas químicos, valeria a pena realizarem-se esforços para substituir o controle químico pelo biológico. Existem mais de 5 mil espécies de coccinelídeos (insetos da família dos coleópteros) que são predadores de pulgões e são encontrados em quase todas as partes do mundo. Larvas jovens de pulgões são mais vulneráveis ao ataque de coccinelídeos. A joaninha é voraz e um dos seus principais predadores.  Os neurópteros das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são encontrados também em quase todas as partes do mundo. Suas larvas são predadores ativos de pulgões. 

Cochonilha
A cochonilha está entre as pragas de jardim que mais estragos fazem ao lado dos pulgões e caramujos. Existe uma vasta variedade deste pequeno inseto, tem 3 a 5 milímetros de comprimento, e que se alimenta parasitando a seiva de plantas. Este inseto não gosta de chuva, mas adora calor. Então, no tempo seco e quente é quase certo que você vai encontrar cochonilhas em suas plantas. Você saberá que sua planta está infetada por cochonilhas quando encontrar, nos caules, brotos, ramos ou folhas, no veio, uns amontoadinhos esbranquiçados parecendo bolinhas de algodão. 
A ocorrência de cochonilha nas plantas faz com que essas apresentem as folhas lustrosas, enceradas, resultado de um óleo que o inseto expele, e que as torna especialmente suscetíveis do ataque de fungos diversos. Observe então, suas plantas, com lupa, se preciso for e, se tiver cochonilha, atue rápido antes que a infestação prolifere matando sua planta. 


SOLUÇÕES ORGÂNICAS/NATURAIS
  • O extrato de alho e cebola -  é um inseticida natural indicado para o combate dos pulgões. Ingredientes: 350g Cebola Picada, 20g Alho Picado, 10L de Água. Adicione 5L de água em um balde; Acrescente a cebola e o alho já picados; Utilize as mãos para espremer os ingredientes dentro d’água para que as substâncias sejam liberadas, criando assim uma solução mais nutritiva. Com a ajuda de um pano ou uma peneira, coe a solução de alho e cebola e coloque a água em um segundo recipiente; Dilua essa solução nos 5L restantes de água; Mexa bem e coloque no pulverizador. Realize a pulverização das plantas em períodos com baixa incidência do sol, como por exemplo no início da manhã ou ao final da tarde, assim o extrato poderá ser absorvido lentamente pelas plantas antes de evaporar. 
  • Calda de fumo - Um pedaço de fumo de rolo, ralado e macerado em um litro de água é um remédio muito antigo e que apresenta bons resultados. O fumo é antifúngico e bactericida. Mas, para que a água de fumo permaneça sobre os insetos, junte um pouco da calda de sabão. Outro jeito é juntar ao macerado de fumo um tanto de óleo mineral. O óleo mineral, assim como o sabão diluído têm por objetivo criar uma película sobre o corpo do inseto, levando-o à morte. O fumo tem como efeito sanar a planta de qualquer “infecção secundária” e ajudar na cicatrização das feridas causadas pelos insetos sugadores. 
Por se tratar de uma solução orgânica e natural, deve-se aplicar o extrato no mesmo dia em que o mesmo for produzido, para que a solução não perca os nutrientes essenciais ali presentes. 
  • calda bordalesa - Uma das formas mais antigas de prevenir o ataque de fungos e bactérias nas plantas.  Se quiser prepará-la em casa, pegue uma vasilha plástica ou de vidro (não pode ser de metal!) e dilua nela 25 gramas de cal virgem em 1,2 litro de água. Mexa bem por uns 20 minutos, até que toda a cal tenha se dissolvido e reserve. Num pano de prato, embrulhe 25 gramas de sulfato de cobre e faça uma trouxinha. Mergulhe a trouxinha bem fechada em outra vasilha plástica ou de vidro com 1,2 litro de água morna. Espere até que todo o pó azul tenha se dissolvido, o que leva uns 20 minutos. Pegue o mesmo pano que você usou para diluir o sulfato de cobre e estenda-o cobrindo toda a vasilha de cal virgem. Ele vai funcionar como uma peneira, segurando os grãos que não tiverem diluído (eles entopem o borrifador). Despeje a calda de sulfato de cobre por cima da "peneira" de tecido, misturando bem com a calda de cal. Pronto! Antes de usar, faça um teste: pingue uma gota de calda bordalesa numa superfície de metal. Se enferrujar, a calda está ácida e precisa de mais cal. Faça a correção adicionando cal aos pouquinhos, sempre testando no metal antes de usar. Essa receita rende 2,5 litros de calda bordalesa – se não usar tudo de uma vez, evite guardar por mais de três dias porque ela oxida e perde o efeito. Borrife todas as partes das plantas – menos as flores –, uma vez por semana, sempre nos horários de sol fraquinho, de manhã cedo ou no final do dia. Isso diminui o ataque de fungos e bactérias e ainda evita novas contaminações. 
  • Poda de plantas infestadas - Pode as partes danificadas pela cochonilha e remova tudo do seu jardim - não deixe para trás nem folha, nem frutos, nem ramos. O ideal será queimar esses resíduos mas, se não for possível, picote ao máximo e junte uma porção de cal. Ponha num saco plástico e mande para o lixo, sem medo de aumentar a infestação, em sua casa ou em outro lugar. 
  • Cerco de alho - Plantar alho em volta dos canteiros, nos vasos, em todo lado, é um excelente método para controlar biologicamente as pragas de jardim já que, este é repelente contra insetos. Pegue uma cabeça de alho e plante, dente a dente, em volta das plantas mais suscetíveis. Você também pode fazer uma decoção de alho (ferva 1 litro de água com 3 dentes grandes de alho até dissolvê-los, bata essa mistura, junte mais 1 litro de água e, quando estiver fria, pulverize na planta doente lavando-lhe as folhas e ramos). O alho é bactericida, antibiótico e inseticida. 
Recomendações 
  • Sempre que pulverizar sua planta infetada, prefira fazê-lo ao anoitecer para evitar que o sol interaja com o remédio aplicado podendo causar queimaduras nas folhas. 
  • A terra em volta das plantas infetadas deve ser revisada, revolvida, limpa de pulgões ou então, regada abundantemente com um dos remédios caseiros indicados acima. 
Aproveite e observe a saúde das folhas


Referências Bibliográficas 
https://www.greenme.com.br/
https://revistagloborural.globo.com/
https://www.grupocultivar.com.br/ 
http://www.fundecitrus.com.br/
http://ciclovivo.com.br/v
http://minhasplantas.com.br/


2 comentários:

  1. Materia muito bem explicado , tenho muitas plantas e tenho sempre problemas com pulgoes💚

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  2. Muito obrigada pela matéria. Parabéns!

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